quarta-feira, 22 de abril de 2020

LEVÍTICO E NÚMEROS


LIVRO DE LEVÍTICO.

I. AUTORIA - Moisés – comprovado por Jesus (Mt 8.4; Mc 1.44).

O Livro de Levítico é o terceiro livro das Escrituras Hebraicas do AT atribuídos a Moisés. Em 1.1, o texto se refere à palavra do Senhor, que foi proferida a Moisés do Tabernáculo da assembleia. Cerca de 56 vezes no livro afirma-se que o Senhor falou tais palavras a Moisés, que anotou-as pessoalmente, ou as fez serem registradas.

II. DATA DA ESCRITA - 1440 a.C.

Conforme seu conteúdo, tudo indica que foi escrito durante o período em que o povo estava no deserto. No versículo 34 de Lv 27 diz o seguinte: “são esses os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés, para os filhos de Israel no monte Sinai”.

III. CONTEXTO HISTÓRICO.

1. Construção do tabernáculo.

2. Povo acampado ao redor do monte Sinai.

IV. CONTEÚDO.

Após caminharem três meses pelo deserto do Sinai, o povo de Israel chega ao pé do Monte Sinai. Permanecem parados durante algum tempo recebendo as leis e orientações de Deus. Desde Êxodo 19 e por todo o livro de Levítico, encontramos Deus comunicando-se com eles, através de Moisés. O livro de Êxodo terminou com o levantamento do Tabernáculo, construído segundo os padrões que Deus dera a Moisés. Mas como Israel iria utilizar o Tabernáculo?

As instruções encontradas em Levítico são a resposta dada a esta pergunta e foram dadas pelo Senhor a Moisés no intervalo de 50 dias entre a inauguração do Tabernáculo (Êx 40.17) e a partida do povo do Sinai (Nm 10.11). O livro de Levítico é um livro sobre a santidade de Deus e as exigências para a comunhão com Ele. Em Levítico conhecemos o Deus Santificador, o Deus que deseja conduzir-nos ao que há de melhor e mais aceitável no culto, na saúde, no relacionamento interpessoal

VOCÊ SABIA?

- Deus decretou vários feriados para o povo de Israel: três feriados anuais, um ano inteiro de férias a cada sete, e uma vez na vida o ano de jubileu!

- Deus antecipou a ciência/ medicina em muitos pontos da lei. Ex: circuncisão, alimentação

A. Tema. A necessidade da purificação e da santidade para aproximar-se de Deus (ELLISEN).

B. Propósito.

1. Prover ao povo um manual de instrução teológica de com deveriam adorar a Deus no santuário e na vida cotidiana.

2. Promover um sistema de culto que contivesse profundas verdades teológicas e proféticas.

C. Esboço.

1. O caminho para Deus: sacrifício (cap. 1-10).

a. Por meio de ofertas (1-7).

b. Por meio dos sacerdotes (8-10).

2. A caminhada com Deus: Santificação (cap. 11-27).

a. Lei sobre pureza (11-15).

b. Lei sobre o dia da expiação (16).

c. Lei sobre o sacrifício (17).

d. Leis sobre os padrões para o povo (18-20).

e. Leis sobre os padrões para os sacerdotes (21).

f. Leis sobre ofertas (22).

g. Leis sobre festas religiosas (23).

h. Leis sobre o azeite, o pão e a blasfêmia (24).

i. Leis sobre o ano sabático (25.1-7).

j. Leis sobre o ano do jubileu (25.8-55).

k. Leis sobre a obediência (26).

l. Leis sobre os votos e dízimos (27).

D. Exposição.

AS OFERTAS.

1. Queimada.

1.1 Dedicação da vida a Deus.

1.2 Cristo dedicou-se completamente a Deus (Hb 10.5-7).

2. Manjares.

2.1 Consagração da produção a Deus.

2.2 O corpo de Cristo foi apresentado a Deus como uma vida perfeita (Hb 10.5).

3. Pacífica.

3.1 Expressão de agradecimento a Deus.

3.2 A oferta de Cristo promove paz com Deus (Ef 2.14).

4. Pecado.

4.1 Restauração à comunhão com Deus pelo sangue de um substituto.

4.2 A oferta de Cristo provê continua renovação, por meio da confissão (I Jo 1.9).

5. Culpa.

4.1 Restituição pelos danos do pecado contra Deus e o próximo.

4.2 A oferta de Cristo compensa o dano do pecado (II Co 5.19).

CONSAGRAÇÃO SACERDOTAL.

1. Sangue na orelha, dedão da mão e dedão do pé (8.23, 24): tudo o que fizer (o que vê, o que pega e por onde anda) deve ser santo, diante de Deus.

2. Unção com azeite: necessidade do Espírito Santo no ministério.

3. Nadabe e Abiú (cap. 10): o erro deles mostra o quanto é sério servir a Deus.

SANTIDADE

SEPARAÇÃO PARA O SENHOR

A santidade descreve o caráter de Deus e o código de conduta do cristão. As Escrituras revelam a santidade de Deus e expressam o seu desejo de que seus filhos desenvolvam santidade semelhante (Êx 19.6; Lv 11.44-45; 19.2; 1 Pe 1.15).

A palavra "santidade" tem diferentes significados. Em termos de relacionamento individual com Deus, significa "ser separado". Deus é o "ente santo" ou Aquele que é totalmente diferente, distinto de qualquer outro. Santidade também descreve um modo de vida. Os cristãos são chamados a viver dentro de uma série distinta de princípios e de padrões diferentes da sociedade ímpia, para levarem uma vida pura de acordo com esse chamamento divino, com seus mandamentos e suas consequências. Esta é uma vida "separada", justa diante de Deus e para Deus (l Co 1.2; 3.16-17). A vida santa é uma vida que sempre escolhe fazer o que Deus deseja.

Os cristãos são instruídos a não mais se conformarem com os antigos desejos, padrões de comportamento e modos de pensar (l Pe 1.13-16). A conformação com a vida de santidade, no entanto, requer mais do que a vontade da pessoa "de mudar". É um trabalho do Espírito Santo que torna isso possível mediante a morte de Cristo na cruz.

A verdadeira santidade é exemplificada apenas em Deus, mesmo que o Espírito Santo capacite os filhos de Deus na busca da santidade (1 Ts 4.7-8). A boa notícia é que, ao buscarmos a santidade e convidarmos o Santo Espírito para fazer seu trabalho em nós, o Senhor responde purificando-nos, guiando-nos em seus caminhos de justiça e de santidade e fortalecendo-nos contra as tentações de voltar à nossa antiga forma ímpia de viver.

Não podemos nos tornar santos a nós mesmos; mas, se desejarmos ser santos e se colocarmos nossa vontade direcionada ao propósito de fazer o que Deus deseja, ele nos fará santos. O Senhor nunca nos pede que façamos algo para o que não nos capacite (Rm 4.21).

DISTINÇÃO ENTRE O PURO E O IMUNDO (11-22)

1. Preventivamente: fazer com que o povo não absorvesse as práticas imorais e imundas das nações cananeias.

2. Didaticamente: ensinar ao povo que Deus é santo e que eles deveriam ser santos em todas as áreas da vida.

AS FESTAS.

1. Sábado: descanso semanal.

2. Páscoa: dia quatorze do primeiro mês – relembra a saída do povo do Egito.

3. Pães asmos: dia quinze do primeiro mês

3.1 O povo comia pães sem fermento.

3.2 Simbolizava o novo tipo de vida dos santos.

4. Primícias: dia seguinte aos pães asmos.

4.1 Ofereciam as primeiras espigas da colheita a Deus.

4.2 Essa festa aponta para a ressurreição de Cristo (primícias) e a garantia da ressurreição dos crentes (I Co 15.22, 23).

5. Pentecostes: cinquenta dias após as primícias. Foi o dia em que o Espírito Santo foi enviado para formar a Igreja de Cristo (At 2.1-4; 15).

6. Trombetas (23.23-25): primeiro dia do sétimo mês. Era considerada como um tipo do reajuntamento de Israel para a segunda vinda do Senhor (Mt 24.20-31).

7. Dia da expiação (23. 26-32; caps. 16, 17): décimo dia do sétimo mês.

7.1 O sumo-sacerdote fazia expiação pelos pecados de toda nação de Israel.

7.2 Dois bodes eram usados: o que era enviado ao deserto, e o que era imolado. Ambos prefiguravam Cristo, que levou sobre Si nossos pecados (Jo 1.29) e também morreu para pagar por eles (I Pe 2.24).

8. Tabernáculos (23.33-43): desde o dia quinze do sétimo mês até completarem oito dias.

8.1 O povo fazia tendas e moravam nelas durante as festividades, para lembrar-se do tempo que acampavam no deserto.

8.2 Essa festa prefigurava o descanso do povo durante o milênio (Is 65.18-25).

LEI DA TERRA.

1. Descanso da terra.

2. Ano do jubileu – todas as terras deveriam ser devolvidas aos donos originais.

Conclusão

O livro de Levítico, sem dúvida, é um dos mais negligenciados do AT exatamente porque os cristãos de hoje não conseguem ver sua importância para a vida atual. Quando, porém, se percebe que seus principais temas ou ideais — a santidade de Deus, sua aliança com seu povo e as consequentes exigências de um viver santo — são eternos e irrevogáveis, torna-se imediatamente clara a pertinência do livro. Deus escolheu Israel para ser seu povo e servo, e representante de si mesmo e de seus propósitos salvadores sobre a terra. Esse mesmo Deus redime hoje. Em Jesus Cristo, um povo para servir em função equivalente. Os sacrifícios, rituais, cerimônias e dias: santificados podem ter perdido sua condição legal para a igreja, mas os princípios de santidade por eles incorporados e demonstrados são princípios que devem caracterizar o povo do Senhor de todas as gerações, caso queira servir a ele de maneira efetiva como sal e luz.

V. APLICAÇÕES PRÁTICAS.

1. Precisamos andar em santidade para que sejamos aceitáveis ao Senhor.

2. Precisamos sempre orar e cuidar de nossos pastores, pois tem grandes responsabilidades diante do Senhor.

3. Devemos abominar tudo aquilo que é contrário ao caráter de Deus em nosso meio, assim como Israel foi mandado separar-se das nações cananeias e abominar suas práticas.

OS SACRIFÍCIOS DO ANTIGO TESTAMENTO

Holocausto Lv 1; 6.8-13; 8.18-21;16.24

- Novilho, carneiro ou ave (rolinhas ou pombinhos no caso dos pobres); totalmente consumidos; sem defeito.

Ato voluntário de adoração; expiação por pecados sem intenção em geral; expressão de dedicação, devoção e total entrega a Deus.

Oferta de cereal Lv 2; 6.14-23

- Grãos, a melhor farinha, azeite, incenso, pães assados (bolos ou pães finos), sal; nenhum fermento nem mel. Acompanha o holocausto ou a oferta de comunhão (junto com a oferta derramada).

Ato voluntário de adoração; reconhecimento da bondade e providência divina; devoção a Deus.

Oferta de comunhão Lv 3; 7.11-34

- Qualquer animal sem defeito dentre as manadas e os rebanhos; vários pães.

Ato voluntário de adoração; ações de graças e comunhão (incluía uma refeição comunitária).

Oferta pelo pecado Lv 4.1 — 5.13; 6.24-30; 8.14-17; 16.3-22

1. Novilho: para o sumo sacerdote e a congregação.

2. Bode: para o líder.

3. Ovelha ou cordeiro: para as pessoas em geral.

4. Rolinha ou pombinho: para os pobres.

5. Jarro da melhor farinha: para os muito pobres.

Expiação obrigatória para pecado específico sem intenção; confissão do pecado; perdão do pecado; purificação da contaminação.

Oferta pela culpa Lv 5.14 — 6.7; 7.1-6

- Carneiro ou cordeiro

Expiação obrigatória pelo pecado sem intenção que requer restituição; purificação da contaminação; fazer restituição; pagar multa de 20%

Quando mais de um tipo de oferta era apresentado (como em Nm 7.16,17), o procedimento era em geral o seguinte:

1) Oferta pelo pecado ou oferta pela culpa.

2) Holocausto;

3) Oferta de comunhão e oferta de grãos (junto com uma oferta derramada).

Essa sequência fornece parte do significado espiritual do sistema sacrificial.

Primeiro: era necessário lidar com o pecado (oferta pelo pecado ou oferta culpa).

Segundo: o adorador dedicava-se completamente a Deus (holocausto e oferta de cereal).

Terceiro: era estabelecida a comunhão entre o Senhor, o sacerdote (Oferta de comunhão).

Colocando em outra linguagem: havia sacrifícios de expiação (ofertas pelo pecado e ofertas pela culpa), de consagração (holocaustos e ofertas de cereal) e de comunhão (ofertas de comunhão que incluíam ofertas do cumprimento de votos, ofertas de gratidão e ofertas voluntárias).

AS FESTAS DE ISRAEL

Páscoa

nisã (mar./abr.): 1 4 - 21 Ex 12.2-20; Lv 23.5

Comemora a libertação que Deus concedeu a Israel, tirando-o do Egito.

Festa dos Pães Asmos

Nisã (mar./abr.): 15 - 21 Lv 23.6-8

Comemora a libertação que Deus concedeu a Israel, tirando-o do Egito. Inclui um Dia das

Primícias pela colheita de cevada.

Festa das Semanas ou Colheita (Pentecostes)

Sivã (mai./jun.): 6 (sete semanas após a Páscoa) Êx 23. 16; 34.22; Lv 23. 15-21

Comemora a entrega da lei no monte Sinai. Inclui um dia das Primícias pela colheita de trigo.

Festa das Trombetas (Rosh Hashanah)

Tisri (set./out.): 1 Lv 23.23-25; Nm 29.1-6

Dia em que se tocavam trombetas para assinalar o início do ano civil.

Dia da Expiação (Yom Kippur)

Tisri (set./out.): 10 Lv 23.26-33; Êx 30.10

Nesse dia, o sumo sacerdote faz expiação pelo pecado da nação. Também um dia de jejum.

Festa das Cabanas ou dos Tabernáculos (Sukkot)

Tisri (set./out.): 15 - 21 Lv 23.33-43; Nm 29.1 2-39; Dt 16.13

Comemora os quarenta anos de peregrinação no deserto.

Festa da Dedicação ou das Luzes (Hanukkah)

Quisleu (nov./dez.): 25 - 30; e tebete (dez./jan.): 1- 2 Jo 10.22

Comemora a purificação do templo promovida por Judas Macabeu em 1 64 a. C.

Festa de Purim ou de Ester

Adar (fev./mar.): 14 Et 9

Comemora o livramento do povo judeu nos dias de Ester.

LIVRO DE NÚMEROS.

I. AUTORIA

Tradicionalmente, a autoria é atribuída a Moisés, a personalidade central do livro. Nm 33.2 faz uma referência especifica a Moisés, registrando pontos sobre a viagem no deserto. Porém, podemos deduzir que alguns trechos foram provavelmente acrescentados por escribas ou revisores que vieram depois de Moisés. Um exemplo é a afirmação de sua humildade (12.3), dificilmente isso veio do próprio escritor.

Comprovado a participação de Moisés nos eventos narrados em Números (Jo 3.14).

II. DATA DA ESCRITA - 1405 a.C.

Assumindo a autoria mosaica, provavelmente o livro tenha sido escrito por volta de 1.400 a.C., pouco antes de sua morte. Os acontecimentos deste livro ocorrem durante cerca de 40 anos.

III. CONTEXTO HISTÓRICO.

O Livro de Números começa no Monte Sinai e termina nas Planícies de Moabe. Sua narrativa começa onde a de Êxodo parou (Êx 40.34-38; Nm 9.15-23) e conecta-se com Deuteronômio “... dalém do Jordão, no deserto” (Dt 1.1).23

1. Números narra um período de trinta e oito anos e nove meses.

2. O povo ainda ao redor do Sinai, mas prepara-se para marchar em direção da terra prometida.

IV. CONTEÚDO.

O livro de Números começa com o povo se preparando para a jornada à terra prometida. O plano de Deus era que em poucas semanas eles chegassem à terra de Canaã. Moisés, por ordem de Deus conta todo o povo (600.000 homens) e os organiza para aquela caminhada. (o número do censo representa homens aptos para uma guerra, 20 anos acima. Isso nos leva a concluir que a nação de Israel, homens mulheres e crianças chegariam a aproximadamente 2.500.000 pessoas).

Espias são enviados à Terra Prometida e depois de 40 dias retornam com o relatório. De acordo com este relatório havia gigantes na terra, que ali proliferaram durante os 400 anos em que Israel permaneceu no Egito. Ao ouvir o relatório o povo de Israel se esqueceu do poder e do cuidado de Deus e por isso não deu ouvido a Josué e Calebe, dando ouvido aos outros 10 espias e murmuram contra Deus.

Como castigo Deus os faz peregrinar em torno de Cades Barnéia, por aproximadamente 38 anos, caminhando sem chegar a lugar nenhum (Nm. 33), até que aquela geração adulta (maiores de 20 anos) incrédula morresse e seus filhos, numa nova geração, entrassem na posse da terra de Canaã. Aí, então, um novo censo é feito. De acordo com este novo censo mantém o número de 600.000 homens na nova geração (Nm. 26.63-66). Números é um livro de peregrinações, mas é também um livro de murmurações e rebeliões.

A. Tema. Preparativos para o serviço na rota do Sinai ao Jordão.

B. Propósito.

Mostrar a misericórdia de Deus e o profundo pecado e incredulidade durante a jornada no deserto (FRANKLIN).

C. Esboço. (ELLISEN).

1. Organização da primeira geração (cap. 1-10).

a. Primeiro censo e deveres (1-4).

b. Leis de pureza e separação (5, 6).

c. Preparativos finais para o inicio da marcha (7-10).

2. Anarquia da primeira geração (cap. 11-20).

a. Rebelião de Israel e rejeição de Deus (11-14).

b. Peregrinação de Israel durante trinta e oito anos (15-20).

3. Reorganização da segunda geração (cap. 21-36).

a. Vitórias a caminho do Jordão (21-24).

b. Conflitos com os midianitas e vitória (25-31).

c. Preparativos finais para a entrada em Canaã (32-36).

D. Exposição.

CENSO MILITAR.

1. As tribos foram contadas e organizadas para o serviço militar. O total de homens aptos para a guerra foi de mais de 600.000.

2. Deus ensina o povo a acampar, marchar, alimenta-os com ração (Maná) e promove duras disciplinas, como soldados.

3. Os levitas eram exceção (cap. 3, 4). Os filhos de Arão são separados para o sacerdócio e os demais levitas são encarregados do serviço no tabernáculo (3.1-10).

REBELIÃO DO POVO.

1. Murmuração (11.1-3). Resultado: o Senhor devasta os arredores do acampamento.

2. Murmuração pela falta de carne (11.4-9). Resultado: Deus envia uma praga (11.33).

3. Rebeldia de Miriã contra Moisés (11.35-12.15). Resultado: Deus a torna leprosa.

4. Murmuração do povo pela terra de Canaã: homens gigantes, não poderiam ser vencidos (13. 31-14.2). Resultado: aquela geração foi condenada a vaguear e morrer pelo deserto. Somente a próxima geração entraria na terra prometida.

5. Rebelião liderada por Coré contra Moisés e a liderança instituída por Deus (16.3). Resultado: morte de Coré e suas pessoas (16.32), morte de 250 homens que ofereciam incenso (16.35).

6. Murmuração contra Moisés e Arão (16.41). Resultado: Deus envia uma praga e mata 14.600 (16.49).

7. Murmuração contra o Maná (21.5). Resultado: Deus envia serpentes venenosas e muitos morreram.

A SEGUNDA GERAÇÃO.

1. A nova geração dá seguimento à jornada rumo à terra prometida.

2. Vencem os amorreus e possuem sua terra (21.21-32).

3. Vencem Ogue de Basã (21.33-35).

4. Chega às campinas de Moabe (cap. 22-36).

5. Fazem novo censo após a morte da primeira geração (26)

6. Recebem instruções:

6.1 Herança.

6.2 A escolha de Josué.

6.3 Ofertas principais. (28,29)

6.4 Votos. (30)

6.5 Divisão da transjordânia (32): Ruben, Gade e parte de Manasses.

CIDADES DE REFÚGIO

Entre muitos povos do OMA (Oriente Médio Antigo) havia um antigo costume de destacar certos locais, geralmente de natureza cultual, como refúgios nos quais criminosos poderiam buscar proteção, escapando assim à pena devida aos seus crimes. Em Israel o Tabernáculo não poderia ser utilizado com tais propósitos (cf: Ex 21:14; ver ainda o incidente em que Joabe se agarra ao altar em busca de escape da condenação imposta por Salomão a pedido de Davi, 1 Re 2:28-33).

As cidades de refúgio serviam um duplo propósito: evitar que o homicida não intencional fosse morto pelo vingador de sangue (um parente próximo do morto) e evitar que a terra ficasse poluída pelo derramamento de sangue (que seria agravado caso não houvesse meio de impedir a vingança indiscriminada.

Como era necessária a morte para expiar a morte, o homicida culposo (havia várias instruções para a determinação da ocasional idade ou intencional idade de uma morte), deveria se apresentar ã cidade de refúgio mais próxima, ali ter o seu caso apreciado pelos anciãos. E, caso fosse constatada a natureza involuntária do homicídio, ali permanecer até a morte do sumo-sacer-dote, que seria uma expiação simbólica para a vida do homicida.

O sistema das cidades de refúgio ilustra de maneira interessante a obra de Cristo: em primeiro lugar, a cidade em si ilustra a proteção oferecida contra as conseqüências do pecado; em segundo lugar, a morte do sumo sacerdote aponta para a expiação definitiva obtida através da morte de Cristo.

V. APLICAÇÕES PRÁTICAS.

1. É necessário ter um coração contrito a Deus, tendo em vista o Seu ser, e também a sua graça para conosco.

2. Precisamos andar pela fé, e não pelo que vemos. O povo de Israel, apesar de verem as maravilhas operadas por Deus, era incrédulo.

3. Precisamos encarar o pecado como algo sério e tenebroso. Deus abominou e puniu severamente o pecado na época da lei; que dirá na dispensação da graça, o quão vil é a transgressão aos Seus olhos.

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