MISSIOLOGIA
/ PANORAMA MISSIONÁRIO EM ATOS DOS APÓSTOLOS
Estudaremos, agora, a ação missionária
desenvolvida pela Igreja primitiva e pelos apóstolos, no início do
cristianismo.
Atos 01 - Antes da ascensão, Jesus traça o perfil geográfico da obra missionária, começando por Jerusalém, Samaria, Judeia e até os confins da terra (Atos 1. 8).
Atos 02 - No dia de Pentecostes, o Espírito Santo desce sobre os primeiros 120 membros da Igreja local, fundada por Cristo. Neste dia, houve a conversão de quase três mil almas. As 14 nações que estavam reunidas, em Jerusalém, ouviram o discurso de Pedro, que estava "inflamado" pelo Espírito Santo de Deus.
Atos 03 - A Igreja primitiva já se encontrava com mais de 3.000 membros. Era um exército de gente, cheio do Espírito Santo, disseminando a semente por todas as regiões.
Atos 04 - O resultado dessa disseminação, referida no capítulo três já é notado neste capítulo, pois a Igreja de Cristo já ultrapassa a marca de 5.000 membros. Este crescimento começa assustar as autoridades, a ponto de Pedro e João comparecerem no Sinédrio e serem proibidos de falar o Nome de Jesus.
Atos 05 - A Igreja primitiva cumpre a primeira parte missionária que Jesus havia determinado, pois toda a Judéia já havia sido evangelizada.
Atos 06 - São consagrados sete diáconos para servir a Igreja, o relato do versículo 7 desse capítulo, mostra o avanço extraordinário da Igreja de Cristo. Até mesmo, muitos dos sacerdotes que perseguiram o Senhor Jesus, se convertiam a Deus. A Igreja crescia de forma tal, que as autoridades, mesmo com as astúcias do inimigo, não podiam mais controlar nem frear seu desenvolvimento. A obra missionária tinha força de gigante, e o povo cumpria com alegria os ensinamentos do Mestre Jesus Cristo.
Atos 07 - Após uma exposição poderosa das Escrituras e debaixo de muita unção, o diácono Estevão foi expulso da cidade e apedrejado, mas, mesmo diante de tanta intempérie do adversário, seguiu o exemplo de Cristo e perdoou os seus executores (Atos 7. 60). Tornou-se o 1° mártir do cristianismo. Parece ter sido a sementeira que o evangelho precisava para crescer ainda mais.
Atos 08 - A Igreja primitiva cumpre a segunda parte do perfil missionário geográfico ensinado por Jesus, e toda a Samaria é evangelizada pelo poder da pregação do diácono Felipe (Atos 8. 6).
Atos 09 - Acontece a conversão do homem considerado como o maior missionário da História, o apóstolo Paulo. Esse Missionário traria muitos benefícios ao cristianismo.
Atos 10 - O apóstolo Pedro recebe uma visão divina de missões transculturais, e em obediência àquela visão, leva o evangelho de Cristo aos gentios, na casa de Cornélio.
Atos 11 - O evangelho cresce entre os gentios, toma os rumos de Antioquia, a terceira cidade mais importante do Império Romano, com cerca de 500.000 habitantes. Os discípulos são chamados, pela primeira vez de cristãos, pois se pareciam com Cristo.
Atos 12 - O crescimento evangélico incomoda as autoridades. Herodes Agripa I, neto de Herodes, o Grande, manda matar Tiago, o primeiro dos Apóstolos a ser morto, e lança na prisão a Pedro, mas esse é liberto milagrosamente da prisão. Herodes Agripa I morre comido de bicho, por não dar glória a Deus.
Atos 13 - A Igreja de Antioquia torna-se a primeira Igreja Gentílica, com a visão de missões transculturais, e envia os seus dois primeiros missionários: Paulo e Barnabé.
Atos 14 - É grande o resultado obtido por Paulo e Barnabé na primeira viagem missionária, fundando Igrejas fortes na província da Galácía. Em qualquer lugar que passassem, deixavam igrejas formadas.
Atos 15 - Primeiro Concílio realizado em Jerusalém pelos apóstolos, dando incentivo ao impulso da obra missionária aos gentios.
Atos 16 - A Igreja atinge a terceira meta do perfil missionário geográfico ensinado por Jesus, e toda a Judéia e Ásia já haviam sido evangelizadas. A visão transcultural de Paulo é ampliada em Trôade, e o evangelho chega à Europa. Lídia é a primeira convertida, na viagem de Paulo à Europa.
Atos 17 - Paulo e Silas fundam duas Igrejas fortes: uma em Tessalônica e a outra em Bereia. Depois partem para Atenas, capital mundial da filosofia, e evangelizam os filósofos Epicureus e Estóicos no Areópago de Atenas, capital da Grécia.
Atos 18 - O Apóstolo Paulo funda uma Igreja forte em Corinto, cidade comercial da Grécia, e conclui a segunda viagem missionária, iniciando logo após essa, sua terceira viagem missionária.
Atos 19 - Paulo chega a Éfeso, cidade comercial da Ásia Menor e ali permanece dois anos, dando aula na escola de Tirano. Funda, nesta cidade, uma Igreja bem sólida e teologicamente bem preparada.
Atos 20 - Paulo passa novamente a Macedônia e Grécia, fortalecendo as Igrejas fundadas por ele nas suas primeiras viagens missionárias.
Atos 21 - Paulo é avisado pelo profeta Ágabo, que se fosse a Jerusalém seria preso, mas decidido, foi à Jerusalém. Lá chegando reuniu-se com seus anciãos e fez um relato do que Deus havia feito através da sua vida aos gentios. No dia seguinte, entra no templo e cumprindo-se a profecia, é preso.
Atos 22 - Após sua prisão no templo, faz um grande discurso em sua defesa e dá testemunho de sua conversão no caminho de Damasco, e afirma seu chamado por Deus para pregar aos gentios (v. 21).
Atos 23 - O perseguidor é perseguido, Paulo que, quando membro do Sinédrio, consentiu na morte de Estevão, agora é julgado perante o Sinédrio por causa do evangelho.
Atos 24 - O apóstolo prega com autoridade e poder perante o Governador Félix, e este fica atemorizado.
Atos 25 - Deus cumpre na vida de Paulo o que disse através da vida de Ananias, no ato de sua conversão: "Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar meu nome perante aos gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel" (Atos 9. 15).
Atos 26 - Perante as autoridades, Paulo evangeliza o Governador Festo, sucessor de Félix. Por pouco sua mensagem não converte o rei Agripa e sua mulher Berenice.
Atos 27 - O Apóstolo Paulo faz uma viagem forçada e, após o naufrágio, ganha 276 vidas que estavam com ele, no navio. Ao chegar à ilha de Malta, ganha muitos indígenas para Cristo, e o evangelho chega até os confins da terra.
Atos 28 - Este é o capítulo final do livro de Atos
dos Apóstolos. Paulo chega a Roma, capital do Império, e testifica do evangelho
perante a autoridade Suprema do Império Romano. Dali por diante, o cristianismo
alcança todo Império e até os confins da terra, cumprindo a quarta meta do
plano missionário traçado por Jesus Cristo, em Atos 1. 8.
MISSIOLOGIA / PAULO E SUAS VIAGENS MISSIONÁRIAS
Paulo - o maior missionário do Cristianismo.
O Apóstolo Paulo é, indiscutivelmente, o maior missionário que o cristianismo já teve. Quando ele se converteu no caminho de Damasco, Deus disse para Ananias: "Este é para mim um vaso escolhido, para levar meu nome perante os gentios e os reis, bem como, perante os filhos de Israel" (Atos 9.15). O chamado de Paulo foi completo. Ele seria missionário perante autoridades religiosas, civis e militares, perante ricos e pobres,perante ignorantes e intelectuais, gentios e israelitas. No livro de Atos dos Apóstolos, encontramos Paulo evangelizando todos esses tipos de pessoas; desde o ignorante Demétrio até os sábios e filósofos epicureus e estóicos; de pessoas pobres da Judéia até as de alta posição em Beréia, desde o falso profeta Elimas até o proconsul Sérgio Paulo; da plebe do Império até o comandante de tropas Cláudio Lísia, desde o fariseu até o presidente do Sinédrio.
Deus percebeu que os doze apóstolos não estavam cumprindo corretamente a grande comissão, pois só queriam ficar em Jerusalém. Foi neste momento que Jesus apareceu a Paulo, no caminho de Damasco, e o chamou para ser o grande apóstolo missionário entre os judeus dispersos e gentios do vasto Império Romano, naquela época.
As Viagens Missionárias de Paulo.
O apóstolo Paulo foi o grande trunfo do cristianismo na sua expansão mundial. Segundo o que ele mesmo afirma, em sua carta escrita aos Gálatas (Gálatas 1. 15-18), após sua conversão partiu para Arábia, provavelmente para um preparo com Deus, depois de 3 anos, subiu para Jerusalém, onde esteve com os apóstolos. Essa visita de Paulo à Jerusalém, parece ter sido suficiente para se perceber a falta de interesse daquela Igreja por missões e, pela conversa que teve com o pastor daquela Igreja que era Tiago, Paulo observou o desinteresse em cumprir a ordem de Jesus, quando disse aos seus discípulos: "Ficai em Jerusalém até que do alto sejais revestidos de poder" (Lc. 24. 49).
Ouve uma interpretação errônea por parte dos discípulos, por que Jesus disse: "...até que..." , isto é, até o derramamento do Espírito Santo, e depois deveriam partir para os confins da terra. Porém os apóstolos queriam permanecer somente em Jerusalém. Em Marcos 16.15, o Imperativo dado por Jesus Cristo: "Ide...", é traduzido para palavra grega "Poreuthentes", que quer dizer: partir, deixar, atravessar fronteiras. Paulo, sabendo disso, foi congregar na Igreja de Antioquia.
A Primeira Viagem Missionária de Paulo.
A Igreja de Antioquia se tornou a primeira a fazer missões transculturais. Durante uma consagração de jejum e oração, disse o Espírito Santo: "Separai-me agora, a Barnabé e a Paulo para a obra que eu os tenho chamado" (Atos 13. 2). Em sua primeira viagem, Paulo passou por várias províncias da Ásia Menor, tais como: Salamina e Pafos, na ilha de Chipre, Antioquia e Icônio, em Listra e Derbe, na Licônia. Sendo essa a primeira viagem missionária, feita antes do Concílio de Jerusalém, no ano 50 d.C..
A Segunda Viagem Missionária de Paulo.
Após o Concílio de Jerusalém, Paulo empreendeu sua segunda viagem missionária, visitando as Igrejas dos Continentes, as quais foram estabelecidas na primeira viagem. Foi até as costas do Mar Egeu, Trôade, antiga cidade de Tróia, viajou para Europa, estabelecendo Igrejas em Felipos, Tessalônica e Beréia, na província da Macedônia. Foi a Atenas , a cidade culta da Grécia, e estabeleceu uma viagem bastante forte em Corinto. Por fim encerrou essa segunda viagem com uma breve visita a Éfeso, na Ásia Menor.
Terceira Viagem Missionária de Paulo.
Esta terceira viagem do apóstolo foi muito longa, partindo de Antioquia, Galácia e Frígia, permaneceu dois anos em Éfeso, passando novamente pela Macedônia. Na Grécia prega um sermão em Trôade, onde na unção de Deus, ressuscita um jovem que havia caído do terceiro andar. Despede-se dos Anciãos em Éfeso, passa por Tiro, Cesaréia e chega à Jerusalém. Após ser salvo de um complô armado pelos judeus, é resgatado para Cesárea, onde apresenta sua defesa perante os governadores Félix, Festo e o rei Agripa, quando então, apela para César, e é enviado para Roma.
Na viagem para Roma, seguiu em um navio com 276 pessoas, e sofre um naufrágio, porém todos chegam salvos, numa ilha chamada Malta, por ali permanece três meses, evangelizando aquele povo e os ganhando para Cristo, inclusive o chefe da ilha. Após sua partida, chega à Roma, onde dali escreve seis Epístolas, que são: Efésios, Filipenses, Colossenses, Gálatas, Romanos e Filemom.
Quarta Viagem Missionária de Paulo.
Em Roma, Paulo esteve preso por cerca de dois anos, e durante três ou quatro anos em que esteve em liberdade, empreendeu sua quarta e última viagem missionária. Esteve em Nicápoles, no mar Adriático, onde a tradição afirma que Paulo foi preso e levado de volta para Roma, sendo ali martirizado no ano de 68 d.C.. Entretanto, o apóstolo teve 33 anos de ministério. A obra missionária era tão forte na vida de Paulo, que ele considerava como uma obrigação (I Co. 9. 16). Paulo apesar de morto, deixou-nos sua teologia imortal, o maior legado que a Igreja pode ter. Foi o autor de um dos maiores tratados de missões transculturais: "Como ouvirão, senão há quem pregue?E como pregarão, se não forem enviados?" (Romanos 10. 14-15). "Pois sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes, por isto, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós, em Roma" (Romanos 1. 14-15).
Atividades de Apoio
Faça um resumo das quatro viagens missionárias do
apóstolo Paulo, e descreva qual a lição que você extrai delas.
Atenção: Esta pesquisa deve preencher por completo
o espaço de uma folha de caderno, tamanho grande.
MISSIOLOGIA / EVANGELISMO
"Se puderes, salva os condenados à morte; ajuda os que são levados para o suplício." Provérbios 24: 11.
INTRODUÇÃO
O verdadeiro evangelismo brota espontaneamente de um coração regenerado pelo poder do Espírito Santo. A minha filosofia a este respeito, é a seguinte: “Quem não evangeliza precisa urgentemente ser evangelizado”. Não existe cristão sem missão, assim como não há corpo sem coração.
Como disse João Wesley: “Tua incumbência única sobre a terra é salvar almas”. Mas, no entanto, segundo o que sabemos a grande maioria dos cristãos nunca levaram uma única alma a Cristo. O doutor Bily Gram disse certa vez que um cristão que nunca levou uma alma a Cristo tem uma grande possibilidade de nunca ter nascido de novo.
Segundo o Rev. Lázaro Soares de Assis, em sua apostila sobre evangelismo, o crente não regenerado manifesta os seguintes sintomas:
a) Marasmo espiritual;
b) A indisposição para com a evangelização;
c) E quando se preocupa com evangelizar é com o objetivo de:
- defender seu ponto de vista;
- de disputar;
- cumprir uma obrigação ( sem compromisso sério);
- de exaltar sua denominação;
Como disse o Rev. Alcindo numa de suas mensagens acerca da evangelização: “A teologia da evangelização é esta : O Filho veio para glorificar o Pai, O Espírito veio para glorificar o Filho; de forma que quem está cheio do Espírito fala do filho”
O crente cheio do Espírito sente-se molestado pela consciência de que muitos, estão indo para o castigo eterno, e por isto ele evangeliza.
O que vamos estudar aqui tem haver com a evangelização, numa perspectiva nova e atuante que em nome de Jesus trará resultados.
Instrumentos da evangelização
Ninguém mais tem dúvida quanto ao fato de que se tem que evangelizar, mais muitos ainda não sabem quais os instrumentos que devem ser usados nesta tarefa. E tais, como trabalhadores sem ferramentas, Nunca começam a obra; Vejamos quais são nossas ferramentas:
O PRIMEIRO INSTRUMENTO É A PALAVRA DE DEUS
É inconcebível a idéia de se evangelizar sem se conhecer a Palavra, é obrigação daquele que trabalha na obra manejá-la bem (2 Tm 2.15), pois o campo é grande e ela é a semente (Lc 8.11). Devemos estar cheios dela (Cl 3.16) para saber dar razão de nossa fé.
Evangelizar sem a Palavra, não é evangelizar e sim ideologizar. A exposição da Palavra do evangelho é o poder de Deus para Salvação.
O SEGUNDO INSTRUMENTO É A ORAÇÃO
A igreja primitiva cresceu tanto, porque sabia orar.
PORQUE A IGREJA DEVE EVANGELIZAR
Entre tantas outras razões, o crente deve evangelizar devido:
1- Ao grande propósito da vida do Senhor Jesus (Jo 3:16)
2 - À importância do trabalho a nós confiado (II Co 5:18-20)
1- Um mandamento que o Senhor nos deu (Mt 28:19,20; Mc 16:15-18)
2- Uma obrigação de todo salvo (I Co 9:16)
3- Um dever de todo cristão (II Tm 7:1,2)
4- Um privilégio de cada salvo (Mt 10:32)
5- Uma responsabilidade de cada crente (I Tm 2:4)
6- Um desafio para o ganhador de almas (Sl 126:5,6; At 13:8,12; 17:32-34)
7- Uma prova de que temos a natureza de Deus (I Jo 4:8; Jo 4:34; 10:15,16)
8- Uma dívida de todo cristão (Rm 1:14,15; 13:8)
9- Um sinal de que somos salvos (Jo 4:39; Lc 19:8,9; Jo 1:39-43)
10- Uma necessidade do batismo com o Espírito Santo (At 1:8; 2;1-4)
11- A confiança fora o crescimento da Igreja (Rm 10:14,17s; Ez 37:1-11)
3. Ao fato de que somente o Evangelho de Cristo tem poder para a salvação do mundo (Rm 1:16; I Co 2:2; Hb 4:12; II Tm 1:10; Ef 1:13; I Rs 15:1,2)
4- À situação espiritual dos perdidos (At 16:9; I Jo 5:19; II Co 4:4; Jo 14:30; 16:11; II Tm 2:26; Ef 2:2,3; Rm 1:24,26,28-31)
Observação:
A situação do pecador é tão crítica, que, biblicamente, podemos apresentá-los das seguintes maneiras :
a) Com a Bíblia na mão, sem entendê-la, e esperando que alguém ensine (At 8:31; I Jo 2:20,21).
b) Com fome, sem Ter o que comer, esperando de alguém o pão espiritual (Mc 6:35-37; Jo 6:35).
c) Caído na estrada, como morto, esperando que alguém o ajude (Rm 3:23; Lc 10:30-35).
d) No charco de lodo, sem poder sair, esperando que alguém o retire (Sl 40:2; II Tm 2:26; Jo 8:34; Sl 40:2; Cl 1:13; I Pe 2:9).
e) Levado pela matança, sem poder sair, esperando que alguém o livre (Pv 24:11,12).
f) Sem refúgio esperando alguém cuidar da sua alma (Sl 142:4).
5- Ao fato de que o mundo é uma seara madura para a colheita (Jo 4:35; Mt 9:37; Jl 3:13).
6- Ao fato de que a salvação é um banquete para
todos os homens (Êx 5:1; Sl 23:5; Lc 14:21,22; 15: 24,25).
7- À situação crítica mundial (Tm 3:13)
a) Crises (diversas)
b) Doenças
8- À liberdade total para pregar o evangelho (At 28:31)
Analisando estas razões concluímos que, termos de pregar o evangelho significa:
- Arrancar almas do fogo da condenação (Jd 23);
- Arrancar as almas da boca do leão (Salomão – Am 3:12);
- Jogar o salva-vidas divino para o náufrago no mar da perdição (Cl 1:13);
- Despertar os que estão prestes a cair no abismo da condenação (Ef 5:14; II Tm 2:23);
- Mostrar a doença, mas apontar o remédio (Nm 21:4-9);
- Mostrar a nudez espiritual do pecador, mas indicar-lhe a que veste a alma (Lc 8:27-35)
COMO EVANGELIZAR
Se observarmos na Bíblia, como começar a tarefa de evangelização, podemos enumerar várias maneiras de alcançar as almas. Porém, sintetizando-as, podemos alcançar as almas da seguinte maneira:
1- Utilizando métodos específicos
a) Método direto (At 8:30-35; Mt 16:13,15; 21:40)
b) Método indireto (At 3:1-26; 17:15-34)
c) Método da literatura
d) Métodos diversos (Jo 3:1-21)
2- Apresentando a mensagem de maneira apropriada
a) Aproximar-se das pessoas no plano que se encontram
b) Ser atencioso (Jo 4:18)
c) Usar o tato (I Co 9:19-22)
d) Falar com convicção (At 27:25; II Tm 1:12; Jo 9:25)
e) Nunca discutir (II Tm 2:24,25)
f) Ser positivo (At 16:31)
g) Usar sabedoria (Pv 11:30; Dn 12:3)
- Devemos usar a sabedoria divina:
- Na aproximação das pessoas (Rm 10:8,9)
- Nas palavras a pronunciar (Mt 10:16)
- Nos métodos a utilizar (Tg 1:5,6)
h) Dar ênfase ao Senhor e nunca à Igreja (At 9:12; Jo 14:6)
i) Ter conhecimento da Palavra de Deus (II Tm 2:15; 3:15)
j) Ter vida vitoriosa (Rm 12:1,2; I Jo 5:4; Gl 2:20)
k) Fazer diagnóstico e aplicar o remédio Mc 10:17-21)
l) Ter perseverança (Ec 11:6; Tg 5:6)
m) Depender totalmente do Espírito Santo (At 1:8)
n) Enfatizar a maior necessidade (Jo 3:1-3,5)
3- Cooperando de diversas maneiras
a) Orando (Ef 6:19; Cl 4:3; II Ts 3:1)
b) Contribuindo (II Co 9:6-11; I Co 9:7-14; Ml 3:10)
c) Propagando este trabalho
d) Incentivando os que já fazem este trabalho (II Tm 4:5)
e) Incentivando os que não fazem a fazerem este trabalho (I Pe 2:9)
f) Elaborando e selecionando literatura apropriada (I Co 7:7; I Pe 4:10)
g) Traduzindo línguas e dialetos (Mc 13:10; Mt 9:35; Mc 16:15).
4- Cuidados que precisamos ter quando estivermos evangelizando:
a) Hospitais
- Não der palpite médico ou passe remédio para o enfermo;
- Ainda que você ore e o enfermo seja curado, não der alta ao doente, deixe isso para o médico;
- Não faça discursos prolongados e com alta voz. O hospital é um ambiente que necessita de muito silêncio.
- Peça permissão à direção do hospital para que você tenha liberdade de fazer suas visitas.
- Não extrapole o horário da visita. Os parentes e amigos querem visitar o doente.
b) Presídio
- Não acuse o preso, pois não é este o seu papel;
- Não o jogue contra as autoridades policiais e vice-versa;
c) Lares
- Bata palmas para que a pessoa venha lhe atender;
- Não entre sem permissão;
- Não tome o tempo todo da pessoa, pois ela tem atividades para cumprir;
d) Rua
- Não fique brincando;
- Evite discussões;
- Esteja orando em espírito;
- Tenha sempre um sorriso;
- Evite comer, tomar sorvete, distrair-se com algo ou tomar qualquer uma atitude que indique displicência.
DICAS PARA O EVANGELISMO PESSOAL
1. Ore e peça que Deus lhe dê as palavras certas (Colossenses 4: 2-4)
2. Mostre amor, quando falar (1 Corintios 13:1)
3. Seja sensível e autêntico (1 Tessalonicenses 2:8)
4. Memorize alguns versículos principais (2 Timóteo 2:15).
5. Faça uma apresentação simples (2 Coríntios 11:3).
6. Lembre-se de que Deus vai usar suas palavras (1 Tessalonicenses 1: 5 a ).
7. Aproveite todas as oportunidades para falar de Jesus. (Colossenses 4:5).
8. Fale com convicção e de forma agradável (Provérbios 16:21).
ONDE EVANGELIZAR
Disse Jesus "...ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra" (At 1:8).
Com base neste texto bíblico, podemos identificar e situar o campo do ganhador de almas nos seguintes lugares:
1- Para o crente em particular – "Jerusalém"
a) A casa onde reside Evangelização de familiares
b) A rua onde mora Evangelização de vizinhos
c) O transporte que utiliza Evangelização de passageiros
d) O local onde trabalha Evangelização de companheiros
e) A escola onde estuda Evangelização de colegas
f) O local onde faz suas compras Evangelização de conhecidos
g) As visitas que faz Evangelização de parentes, colegas...
2- Para a Igreja local- "Jerusalém, Judéia e Samaria"
a) O bairro onde se localiza
b) A cidade onde se situa
c) Os locais circunvizinhos
d) Os locais de aglomeração
e) Os estabelecimentos de ensino
f) As casas de saúde
g) Os locais de diversão
h) Presídios e casas de detenção
i) Religiões e seitas
j) Grupos étnicos diversos
k) Os desviados
l) Os grupos abastados
m) Áreas carentes de nossa pátria
3- Para a Igreja universal – "Confins da terra"
a) Todo o mundo (Mc 16:15)
b) Todas as nações (Mt 28:19)
c) Toda a criatura (Mc 16:15)
d) Todas as gentes e raças (Mc 13:10)
e) Todas as aldeias (Mt 9:35)
f) Em todo o lugar (At 17:30)
g) Confins da terra (At 1:8)
4- Resumindo, o crente pode ganhar almas
a) Em sua casa (I Tm 5:8)
b) Entre familiares (Lc 8:39)
c) Entre colegas (Jo 1:41-45)
d) Nas conduções (At 8:27,31)
e) Nas praças (At 17:17)
f) De casa em casa (At 20:20)
g) Em todo lugar (At 17:30)
h) O campo do ganhador de almas é o mundo (Jo 4:35; Lc 8:4-15).
QUEM PODE EVANGELIZAR
1- Anjos não podem (I Pe 1:12; Hb 1:14)
2- Todos os salvos, obreiros ou não, foram chamados para esse trabalho
a) obreiros – I Co 9:19-22; At 10:34,35; 7:1-60; 8:4-13
b) Crentes em geral – At 8:1-4; 11:19-21
3- Fomos chamados para essa tarefa (I Pe 2:9; Jo 15:16; Sl 126:6)
- A tarefa de evangelizar é:
Importante (Pv 24:11)
Sublime (Mt 4:19)
Espiritual (II Co 5:20; At 28:31)
Urgente (Jo 9:4)
4- Somente o cristão poderá fazer esta obra (Mt 10:8; Lc 9:13)
O salvo, tem plena condição de pregar, pois está experimentando diariamente o efeito da salvação da sua alma no tríplice aspecto apresentado pela Bíblia:
- Salvação no passado (Rm 6:23)
- Salvação no presente (Rm 6:14)
- Salvação no futuro (I Co 15:52-54)
5- O amor de Cristo constrange o cristão a ganhar almas (Jo 3:16; I Jo 3:1; Ap 1:5; Rm 5:9; At 5:41; 21:13)
Só a Igreja do Senhor, que é constituída do seu corpo, é quem pode reagir a tarefa da Evangelização. E cada membro desse corpo é responsável pela triste situação do mundo, que desconhece a convicção do senhorio de Cristo como Salvador e Libertador da humanidade, sendo o único mediador entre Deus e o homem.
Que a Igreja, em cada cristão, possa através do poder de Cristo Jesus, assumir sua posição da Grande Comissão, nestes últimos dias, na terra, conscientes da sua responsabilidade e para com o Reino de Deus.
QUALIFICAÇÕES PARA QUEM VAI EVANGELIZAR
Mencionamos algumas das condições necessárias para ser um próspero ganhador de almas:
1. Ser convertido (Lc 22:32; At 16:21)
2- Ter bom testemunho (I Tm 3:7)
3. Ter conhecimento pessoal do Salvador (Jo 3:11; At 22:15)
4- Ter ardente amor pelas almas (I Co 9:21)
O amor no coração de alguns servos de Deus, na história:
* Henrique Martugn – "Agora deixem-me consumir por Deus".
* Whitefield – "Se não queres dar-me almas, retira a minha".
* Hyde – "Pai, dar-me almas ou eu morro".
5- Ter profundo amor a Jesus (At 21:13; 5:41; II Co 5:11-14)
6- Ter conhecimento da palavra de Deus (II Tm 2:15; At 8:35)
7- Ter convicção da salvação (Rm 8:16: Jo 6:69)
8- Ser cheio do Espírito Santo (Zc 4:6)
9- Viver o que prega (Rm 2:21,22)
10- Ser irrepreensível para não ficar reprovado (I Co 9:25-27; Is 52:11)
11- Ser exemplo para ganhar almas sem pregar (I Pe 3:1,2) – Eliseu (II Re 4:9), Abraão (Gn 23:6).
12- Ser um vaso santificado (II Tm 2:21; I Ts 4:4; Sl 51:7,10,13; Is 52:11; Ef 4:1)
13- Ter a palavra de Deus no coração (Mt 12:34; Lc 6:45; Rm 10:8)
14- Ter sabedoria (Rm 11:30; Dn 12:3)
15- Ser crente de oração (Lc 18:1; Mt 26:41)
Quando um crente vive uma vida de acordo com os padrões bíblicos, o seu trabalho tem êxito. Pois, os padrões bíblicos qualificam o crente, fazendo dele um cristão, pronto para atender o apelo da Grande Comissão – que é obedecer a Cristo, na evangelização do mundo.
QUANDO EVANGELIZAR
A Bíblia diz que "... há tempo para todo o propósito debaixo do céu" (Ec 3:1); mas, quando se trata de ganhar almas o cristão deve testificar:
1- Agora (II Co 6:6)
2- Tempo e fora de tempo (II Tm 4:2)
3- Quer ouçam quer deixem de ouvir (At 7:54,56; 7:57)
4- De madrugada (Mt 20:1)
5- De manhã (hora terceira – 9 horas) (Mt 20:3)
6- Na hora do almoço (hora sexta e nona – 12 e 15 horas) (Mt 20:5)
7- À tarde (hora undécima – 17 horas) (Mt 20:6)
8- À noite (At 16:31,33)
9- Hoje (Hb 3:15; II Co 6:2)
10- Enquanto é dia (Ec 11:4; Jo 9:4)
A Experiência do Espírito Santo e a Evangelização
Texto: João 20.19-23 e Atos 2.1-4
Enviados por Cristo:
Ao lermos o evangelho de João, podemos verificar que, antes de sua ascensão, Jesus visita os seus discípulos, que após os acontecimentos da crucificação, eram homens amedrontados.
Medo é o que os qualifica, fechados dentro da casa, recolhidos em receios e inseguranças. Jesus aparece ressuscitado diante deles e pronuncia a sua saudação: Paz seja convosco! Seguindo esta saudação, Jesus pronuncia o envio: Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. Homens inseguros, medrosos, escondidos, refugiados no receio da morte; Jesus aparece diante deles e lhes diz: Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio.
Após a ressurreição, essa missão, é a única palavra que Jesus dirige aos discípulos; ela nos diz tudo: "eu vos envio"!!!
Fortalecidos pelo Espírito:
Logo adiante os discípulos iriam provar da perseguição e do martírio, porque o mundo reage assim, como reagiu diante de Jesus; do mesmo modo reagiria diante dos seus enviados, porque lhes opõe o testemunho que dão. Se o mundo não os enfrentasse, seriam ainda os continuadores de Jesus Cristo?
A missão deve suscitar essa oposição, porque ela não pode deixar de descobrir a mentira, o homicídio, o ódio que procedem do pai das mentiras e escravizam o mundo. Deixar o mundo na sua escravidão não é cumprir a missão delegada por Jesus Cristo.
Eis o desafio da missão em todos os tempos. A tentação do silêncio é grande. Não faltam motivos e justificativas. A própria preocupação pelo porvir da Igreja seria a tentação mais insidiosa. Para reservar à Igreja suas possibilidades futuras, prefere-se ficar calado no presente. A defesa da institucionalização da palavra de Deus faz com que essa palavra não seja pronunciada. Guardam-na com tantos cuidados e tanta proteção que essa palavra não ressoa no mundo, ou ela é recitada de modo puramente ritual ou formal, de tal sorte que não atinge nada nem a ninguém.
A história nos mostrou isso: enquanto a Igreja estava debaixo da perseguição romana dos primeiros séculos ela avançava corajosamente. Quando em 311 o imperador romano Galério proclama o Édito de Tolerância ao cristianismo e dois anos mais tarde, em 313, o Édito de Milão, pelo imperador Constantino, que havia se convertido ao cristianismo, inicia-se um período que os historiadores chamam de "a institucionalização da Igreja" ou a "constantinização do cristianismo" - agora o cristianismo é a religião oficial do império; aí se iniciou um período de calmaria e a Igreja deixou de avançar no mesmo ritmo missionário.
Vejam bem: Não estou fazendo apologia da perseguição ou do sofrimento, não! Estou tentando demonstrar que, surpreendentemente, no tempo de dor, de medo e perseguição a Igreja dava sinais de maior coragem missionária, impulsionada pelo Espírito, e no tempo de calmaria, dava sinais de acomodação ao status.
O que fez diferença naquele primeiro momento de coragem e ímpeto missionário? Afinal eram homens que estavam trancados em seus medos e frustrações. O que transformou estes homens? O que lhes atribuiu ímpeto?
No Cumprimento da missão Diz-nos a seqüência do texto de João, que, "...havendo dito isto (Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio), soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo" (v 22). Aqui havia uma diferença, Jesus encorajava aqueles homens com a sua própria presença, com o seu sopro de vida e coragem, com a presença do Espírito Santo. Eles não estavam sós!
O Evangelho de Mateus, ao se referir a este último
encontro de Jesus com seus discípulos, atribui a Jesus a seguinte promessa:
"E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século."
(Mt 28.20b) A presença de Jesus e do Espírito Santo, a presença de Deus Pai,
Filho e Espírito Santo, em todas as suas múltiplas expressões, faz a diferença
necessária para o cumprimento da missão.
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