Independente do tipo de governo que as igrejas tenham, é inegável a necessidade de líderes. Sempre foi assim desde o início da igreja : O NT mostra que havia líderes na Judeia (At 11.29,30), Paulo instituiu líderes na Galácia (At 14.23), os líderes da igreja se reuniram em Jerusalém (At 15) e havia presbíteros e diáconos nas igrejas (At 20.17; e Fp 1.1).
TIPOS DE LÍDER
Apesar de o NT mencionar presbíteros e diáconos na liderança das igrejas, nem todas as denominações adotam essa divisão. Textos bíblicos que falam muito sobre o assunto são Tito 1 e 1 Timóteo 3. Esses dois textos demonstram que as palavras "presbítero" e "bispos" (supervisores) são termos intercambiáveis e se referem à mesma pessoa. Outras evidências dessa realidade são:
Paulo usa os dois termos se referindo às mesmas pessoas no mesmo parágrafo (Tt 1.5-7);
Paulo chama os presbíteros de Éfeso de "bispos" (At 20.17,28);
Em 1 Tm 3.1-13 e Fp 1.1, Paulo cita apenas bispos e diáconos, sem se referir a presbíteros, embora 1 Tm 5.17 os identifique na igreja.
MINISTÉRIO DOS PRESBÍTEROS
Os deveres dos presbíteros são:
a) Governar -
O presbítero deve liderar (1 Tm 5.17; Hb 13.17), não como dominador, mas sem perder a autoridade (1 Pe 5.3; Hb 13.7);
b) Guardar a verdade -
Proclamar e explicar as doutrinas reveladas nas Escrituras (Tt 1.9), buscando ser capacitado para tanto (1 Tm 3.2);
c) Ter um bom caráter -
As qualificações necessárias ao caráter do presbítero, conforme 1Tm 3.1-7 e Tt 1.5-9, são:
Irrepreensível; Marido de uma esposa; Temperante; Sóbrio;
Modesto; Hospitaleiro; Apto para ensinar; Não dado ao vinho; Não violento; Amável; Inimigo de contendas; Não ganancioso; Não irascível; Governar bem o lar; Não orgulhoso; Não inexperiente; De bom testemunho.
Os presbíteros eram escolhidos e investidos nessa função, nos dias do NT, quando eram fundadas novas igrejas (At 14.23; Tt 1.5). Os apóstolos, os presbíteros e a congregação participavam desse processo.
Exemplos disso:
Paulo e Barnabé tiveram a imposição de mãos da igreja e foram enviados (At 13.3);
Os presbíteros impuseram as mãos sobre Timóteo (1 Tm 4.14);
Tito nomeou presbíteros em Creta (Tt 1.5);
Paulo alertou sobre a imposição precipitada de mãos (1 Tm 5.22).
MINISTÉRIO DOS DIÁCONOS
A palavra diácono quer dizer ministro ou servo. A diaconia (serviço) é um ministério geral que pode ser oficial ou não. Entretanto, a Bíblia especifica as qualificações de homens que assumiam um cargo oficial na igreja com o nome de diácono (Fp 1.1). Tais qualificações são semelhantes e paralelas às do presbítero (1 Tm 3.8-13).
A imposição de mãos, nesse caso, tem o significado de reconhecimento, aprovação e apoio ao ministério de quem é feito presbítero.
As Ordenanças da Igreja
Ordenanças são ordens dadas por Cristo à Igreja com a intenção de lembrar e simbolizar verdades fundamentais. Diferente do conceito de "sacramento", as ordenanças não têm a intenção de serem veículos de graça. Apesar das diferenças entre diversas denominações no que tange à intenção e número das ordenanças, cremos que são identificadas como ordenanças o batismo e a ceia.
O BATISMO
A palavra batismo vem do grego baptisma e baptizo, que significa imergir, submergir. Assim, ele deve ser feito pela imersão total do crente na água (Mt 3.16; Jo 3.23; At 8.36-39). O batismo deve ser ministrado somente a adultos ou, eventualmente, a crianças que já entenderam e aceitaram o evangelho. O batismo por imersão atinge os quatro objetivos do batismo:
A profissão pública de fé; objetivo principal (1 Pd 3.21);
A identificação do batizando com os demais discípulos de Jesus (Mt 28.19);
A representação da lavagem espiritual (At 22.16 cf. 1 Co 6.11);
A representação da morte do crente para o mundo e de sua ressurreição para uma nova vida (Rm 6.4; Cl 2.12).
O batismo tem seu significado associado às ideias de:
Perdão (At 2.38; 22.16);
União com Cristo (Rm 6.1-10);
Fazer discípulos (Mt 28.19);
Arrependimento (At 2.38).
O Novo Testamento apresenta o batismo rendendo-lhe uma posição importante que pode ser notada nos seguintes textos:
O batismo de Jesus (Mt 3.16);
A orientação de Cristo para o batismo dos seus discípulos (Jo 4.1-3);
A ordem de Cristo para que a igreja batizasse os futuros discípulos (Mt 28.19);
Lugar de destaque na vida da igreja primitiva (At 2.38,41; 8.12,13,36; 9.18; 10.47,48; 16.15,33; 18.8; 19.5);
O NT usa para retratar ou simbolizar verdades teológicas importantes (Rm 6.1-10; Gl 3.27; 1Pe 3.21).
2 - A CEIA DO SENHOR
A Ceia do Senhor é uma ordenança dada pelo Senhor Jesus Cristo cuja validade dura até seu retorno para os seus. Trata-se de um "memorial" em que, de modo algum, o corpo e sangue de Cristo estão presentes nos elementos da ceia, nem tampouco é esse um momento revestido de qualquer misticismo.
As principais visões sobre a Ceia do Senhor são:
a) Transubstanciação (católicos romanos)? Pão e vinho, literalmente, transformam-se em corpo e sangue de Cristo. Os que os recebem participam de Cristo, que é sacrificado para reconciliação de pecados;
b) Consubstanciação (luteranos)? Pão e vinho contêm o corpo e o sangue de Cristo. Não há uma transformação literal, mas a presença de Cristo se dá em sentido real. Cristo está presente "em, com e sob" os elementos. Os participantes recebem perdão de pecados e confirmação da sua fé por meio da participação nos elementos. Mesmo os descrentes são beneficiados por ela;
c) Presença espiritual (presbiterianos)? Cristo não está literalmente presente nos elementos, mas há uma presença espiritual. Os participantes recebem graça pela participação, porém, não pelos elementos e sim por meio da fé. Sem benefícios para incrédulos;
d) Memorial (batistas)? Os elementos são pão e vinho somente. Cristo não está especialmente presente, nem física, nem espiritualmente. Sua presença é a mesma experimentada costumeiramente pela sua igreja. É um memorial realizado pelos participantes. Simboliza Cristo e sua morte, não seu corpo literal. Nenhuma graça é transmitida.
Por que cremos que a Ceia do Senhor é um "MEMORIAL"?
a) Porque a expressão "isto é meu corpo" (Mt 26.26; 1 Co 11.24) é uma figura de linguagem (metáfora) que na verdade quer dizer "isto simboliza meu corpo". Esse é o mesmo modo de interpretar expressões como "eu sou o pão da vida" ou "eu sou o pão vivo que desceu dos céus" (Jo 6.48,51), "eu sou a luz do mundo" (Jo 8.12), "eu sou a porta das ovelhas" (Jo 10.7,9) e "eu sou a videira verdadeira" (Jo 15.1).
Tomar literalmente "isto é meu corpo" trará também grandes dificuldades para interpretarmos frases como "porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão" (1 Co 10.17);
b) Quando Jesus disse "isto é meu corpo", a Bíblia diz que ele "tomou um pão" (Mt 26.26; Mc 14.22; Lc 22.19). Nessa ocasião, o corpo real de Jesus segurava o pão em vez de integrá-lo;
c) Porque, apesar da onipresença divina, o corpo de Cristo foi elevado aos céus (At 1.9,11; 7.55, 56) e haverá uma presença corporal de Jesus na Terra apenas na sua segunda vinda (At 1.11; Lc 21.27; e 1Ts 1.10) de modo que seu corpo não está presente na terra no momento da ceia;
d) O texto de 1 Co 10.16, usado para defender uma suposta presença especial de Cristo na ceia, não tem por intenção tratar a forma da Ceia do Senhor (Paulo trata disso no capítulo seguinte), mas pretende apresentar a participação da ceia como integração no culto do Senhor, assim como os israelitas participaram do culto de Baal-Peor pelo contato com as mulheres midianitas e como os crentes de Corinto teriam parte em um culto idólatra se participassem de refeições em templos pagãos (1 Co 10.1-22).
O que é a Ceia do Senhor na "visão memorial"?
a) É uma recordação da morte de Cristo (1 Co 11.24,25); O pão simboliza seu corpo oferecido em sacrifício (1 Pe 2.24) e o cálice simboliza seu sangue derramado para o perdão dos pecados (Ef 1.7) na cruz do Calvário;
b) É uma proclamação da morte de Cristo enquanto se espera sua vinda (1 Co 11.26); Volta os olhos dos participantes para o retorno futuro de Cristo (Mt 26.29);
c) É uma comunhão entre os crentes (1 Co 10.17); É uma refeição que concentra a fé comum dos participantes em Cristo.
MEIOS DE GRAÇA NA IGREJA
Todas as bênçãos que recebemos nesta vida são em última análise imerecidas; todas elas nos vêm pela graça. De fato, para Pedro, toda a vida cristã se vive pela graça (1 Pe 5.12).
Mas será que Deus usa meios especiais para nos dispensar mais graça? Especificamente na comunhão da igreja, será que há determinados meios, ou seja, determinadas atividades, cerimônias ou funções que Deus usa para nos dispensar mais graça? Outra maneira de formular essa pergunta é: será que o Espírito Santo se utiliza de certos meios para distribuir as bênçãos aos salvos?
B. ANÁLISE DOS MEIOS
1. O ensino da Palavra.
Mesmo antes de as pessoas se tornarem cristãs, o ensino e a pregação da Palavra lhes dispensam a graça de Deus, pois esse é o instrumento que Deus usa para lhes conceder a vida espiritual e levá-las à salvação. Diz Paulo que o evangelho é o "poder de Deus para a salvação" (Rm 1.16) e que a pregação de Cristo é "poder de Deus e sabedoria de Deus" (1 Co 1.24). Deus nos fez nascer de novo ou "nos gerou pela palavra da verdade" (Tg 1.18), e Pedro diz : "Fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente" (1 Pe 1.23). A Palavra escrita de Deus, a Bíblia, pode "tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus" (2 Tm 3.15).
2. A oração.
Que tanto a oração coletiva na igreja reunida quanto a oração dos cristãos uns pelos outros são meios poderosos que o Espírito Santo usa cotidianamente para distribuir bênçãos aos salvos. Certamente devemos orar juntos e também individualmente, seguindo o exemplo da igreja primitiva. Quando os primeiros cristãos ouviram as ameaças dos líderes dos judeus, "unânimes, levantaram a voz a Deus" em oração (At 4.24-30), e "tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus" (At 4.31; cf. 2.42). Quando Pedro foi lançado na prisão, "havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele" (At 12.5).
3. A adoração.
A adoração genuína é a adoração "em espírito" (Jo 4.23-24; Fp 3.3), que provavelmente significa adoração que se dá na esfera espiritual (não meramente o ato físico de participar do culto, ou de cantar hinos). Quando penetramos na esfera espiritual e ministramos ao Senhor em oração, Deus também ministra a nós. Assim, por exemplo, na igreja de Antioquia, enquanto estavam "servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo : Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At 13.2).
4. A disciplina da igreja.
Como a disciplina da igreja é um meio pelo qual se fomenta a pureza da igreja e se estimula a santidade de vida, sem dúvida devemos contá-la também como "meio de graça". Porém, a bênção não é concedida automaticamente : quando a igreja disciplina, aquele que está em pecado não recebe nenhum bem espiritual a menos que o Espírito Santo o convença do seu pecado e provoque uma "tristeza segundo Deus" que "produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar" (2 Co 7.10); e a igreja também não recebe nenhum bem espiritual a menos que o Espírito Santo esteja atuante nos outros membros quando eles tomarem consciência desse processo. É por isso que a igreja deve executar a disciplina sabendo que ela se faz na presença do Senhor (1 Co 5.4; cf. 4.19-20) e com a certeza de que ela traz em si a sanção celeste (Mt 16.19; 18-18.20).
5. A oferta.
As ofertas são normalmente feitas por intermédio da igreja : ela as recebe e distribui aos vários ministérios e necessidades que atende. Aqui, novamente, não há dispensação automática ou mecânica de benefícios aos que contribuem. Simão, o mágico, foi veementemente repreendido por pensar que podia "adquirir, por meio dele [do dinheiro], o dom de Deus" (At 8.20). Mas se a oferta é feita com fé, pela devoção a Cristo e por amor ao seu povo, então certamente haverá grandes bênçãos nela. Deus mais se agrada quando as ofertas em dinheiro vêm acompanhadas de uma intensificação da devoção do doador a Deus, como foi o caso dos macedônios, que "deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus" (2 Co 8.5), e mais tarde ainda fizeram doações aos cristãos pobres de Jerusalém. Quando a contribuição se faz com alegria, "não com tristeza ou por necessidade", vem com ela a grande recompensa do favor de Deus, "porque Deus ama a quem dá com alegria" (2 Co 9.7).
6. Os dons espirituais.
Pedro considera os dons espirituais veículos pelos quais a graça de Deus vem à igreja. Diz ele: "Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1 Pe 4.10). Quando os dons são usados em benefício uns dos outros na igreja, a graça de Deus é assim dispensada àqueles a quem Deus pretende concedê-la. Excelentes bênçãos virão à igreja com o uso correto dos dons espirituais, desde que a igreja siga a exortação de Paulo de usar os dons para procurar "progredir, para a edificação da igreja" (1 Co 14.12; cf. Ef 4.11-16).
7. A comunhão.
Não devemos menosprezar a comunhão cristã comum como valioso meio de graça na igreja. Os membros da igreja primitiva "perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" (At 2.42). E o autor de Hebreus lembra aos cristãos: "Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima" (Hb 10.24-25). Na comunhão dos crentes, crescem a amizade e o afeto naturais uns pelos outros, e assim se cumpre o mandamento de Jesus: "que vos ameis uns aos outros" (Jo 15.12). Além disso, quando os crentes se importam uns com os outros, seguem o conselho de Paulo: "Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo" (Gl 6.2).
8. A evangelização.
Em Atos, há um vínculo frequente entre proclamar o evangelho (mesmo enfrentando oposição) e estar cheio do Espírito Santo (ver At 2.4 com v. 14-36; 4.8, 31; 9.17 com v. 20; 13.9, 52). A evangelização é então um meio de graça não só porque ministra graça salvífica aos que não estão salvos, mas também porque quem evangeliza vivencia mais a presença e a bênção do Espírito Santo. Às vezes a evangelização é realizada individualmente, outras vezes é uma atividade coletiva da igreja (como nas campanhas de evangelização). E mesmo a evangelização individual muitas vezes envolve outros membros da igreja, que acolhem um visitante descrente e atendem as suas necessidades. Portanto a evangelização é com justiça considerada um meio de graça na igreja.
POSIÇÕES DE LIDERANÇA
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
• Escrever o versículo-chave de memória.
• Identificar a posição especial de liderança estabelecida por Deus na Igreja.
• Explicar como estes líderes trabalham juntos no ministério.
• Explicar como os dons espirituais são usados na liderança.
• Identificar outras posições bíblicas de liderança.
VERSÍCULO-CHAVE:
"E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres" (Ef 4.11).
INTRODUÇÃO
A igreja é o instrumento através do qual Deus está trabalhando presentemente para revelar-se ao mundo. Nesta lição você aprenderá sobre os líderes colocados por Deus na igreja. Você também aprenderá sobre outras posições de liderança que tem surgido devido às necessidades práticas na igreja local.
A Bíblia dá qualificações específicas que devem ser alcançadas por aqueles preenchendo as posições de liderança discutidas nesta lição. Você estudará sobre estas qualificações no Capítulo Quatro.
POSIÇÕES ESPECIAIS DE LIDERANÇA
A Bíblia identifica que cinco posições especiais de liderança foram colocadas na igreja por Deus:
"E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres" (Ef 4.11).
Estas posições de liderança foram estabelecidas por Deus na igreja. Elas envolvem um chamado especial de Deus e dons especiais. Você não deve simplesmente servir nestas posições porque você pede ou porque você quer fazer isso. Você deve ser chamado por Deus e capacitado com os dons espirituais apropriados.
SUAS FUNÇÕES:
Aqui está um breve resumo das funções destas cinco posições especiais de liderança:
Apóstolo: Um apóstolo é alguém que tem um a habilidade especial para desenvolver novas igrejas em lugares diferentes e supervisionar várias igrejas como um supervisor. Apóstolo significa "delegado, um enviado com pleno poder e autoridade para atuar em lugar de outro". O apóstolo tem uma autoridade ou habilidade especial para estender o evangelho através do mundo desenvolvendo grupos organizados de crentes. As palavras atuais que são usadas para os apóstolos são: "missionário" e "plantador de igrejas". O apóstolo Paulo é um dos melhores exemplos bíblicos de um apóstolo.
Profeta: Um profeta é alguém que fala sob a inspiração direta de Deus e tem uma posição de autoridade na igreja. Um profeta tem a habilidade para receber e comunicar uma mensagem imediata de Deus a Seu povo através de um pronunciamento divinamente ungido. Ágabo é um bom exemplo de um projeto do Novo Testamento. Veja At 21.11.
Evangelista: Um evangelista tem uma habilidade especial de compartilhar o evangelho de um certo modo com os incrédulos que os homens e mulheres respondem e se tornam membros responsáveis do corpo de Cristo. O significado da palavra "evangelista" é "aquele que traz boas notícias". Filipe é um bom exemplo de um evangelista. Veja At 21.8 e o cap. 8.
Pastor: A palavra "pastor" realmente significa um "pastor de ovelhas". Pastores são líderes que assumem a responsabilidade pessoal em longo prazo pelo bemestar espiritual de um grupo de crentes.
Mestre: Mestres são crentes que possuem uma habilidade especial de comunicar a Palavra de Deus eficazmente de tal maneira que outros aprendem e aplicam o que é ensinado.
SEU PROPÓSITO:
Estas posições especiais foram estabelecidas para alcançar os seguintes propósitos:
"Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo" (Ef 4.12-15).
O seguinte diagrama na página seguinte ilustra estes propósitos:
DEUS DÁ:
APÓSTOLOS / PROFETAS / EVANGELISTAS / PASTORES / MESTRES -
PARA CAPACITAR - EQUIPAR AOS SANTOS QUE -
MINISTRAM / EDIFICAM -
RESULTANDO EM UNIDADE / CONHECIMENTO / APERFEIÇOAMENTO
PARA QUE O CORPO DE CRISTO POSSA SER
NÃO MAIS COMO CRIANÇAS / CRESCER NELE
(doutrina falsa) (verdade)
RESULTADO FINAL:
EFICAZ FUNCIONAMENTO DE TODAS AS PARTES DO CORPO EM AMOR
COMO ELES TRABALHAM JUNTOS :
As cinco posições especiais de liderança trabalham juntas no ministério da igreja.
O Apóstolo estende o evangelho às novas regiões para levantar novas igrejas.
O Evangelista comunica o evangelho de tal maneira que os incrédulos respondem e são adicionados à igreja.
O Profeta dá mensagens especiais de Deus à Igreja pela inspiração do Espírito Santo.
Os Mestres proporcionam instrução que vai além da apresentação do Evangelho feita pelo evangelista. Eles levam os novos convertidos à maturidade espiritual e treinam pessoas fiéis que são capazes de ensinar a outros.
Os Pastores assumem a direção em longo prazo e cuidam da igreja.
OS DONS ESPIRITUAIS NA LIDERANÇA
Os cinco dons especiais de liderança não são as únicas posições de liderança na igreja. Cada crente tem uma função na igreja:
“Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve" (1 Co 12.18).
Cada crente tem pelo menos um dom espiritual. Seu dom espiritual o equipa a cumprir sua função no corpo:
“ Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-- as, como lhe apraz, a cada um, individualmente" (1 Co 12.11).
Nós já temos mencionado os dons espirituais de liderança do apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre. Aqui está uma lista dos outros dons que o Espírito Santo dá aos crentes:
Dons de Falar: Profecia, ensino, exortação, palavra de sabedoria, e palavra de conhecimento.
Dons de Servir: Ministério, auxílio, presidir (liderança), administração, contribuição, misericórdia, discernimento de espíritos, fé e hospitalidade.
Dons de Sinais: Línguas, interpretação de línguas, milagres e curas.
As referências da Bíblia que identificam estes dons são:
•Rm 12.1-8 •1 Co 12.1-31 •Ef 4.1-16 •1 Pe 4.7-11
DONS IMPORTANTES PARA ADMINISTRADORES
Dois destes dons espirituais, liderança (presidir) e administração (governos) são especialmente importantes aos administradores. O dom de liderança é identificado em Rm 12.8 como alguém que "preside" ou lidera. Uma pessoa com o dom de liderança tem a habilidade de estabelecer planos em harmonia com o propósito de Deus e comunicar estas metas a outros. Ele motiva outros para alcançar estas metas para a glória de Deus.
Em algumas versões bíblicas de 1 Co 12.28, o dom de administração se chama "governos". Uma pessoa que tem este dom tem a habilidade de dar direção, organizar, e tomar decisões no nome de outros. O significado da palavra "governos" ou "administração" é semelhante aquela de um piloto dirigindo uma nave. Uma pessoa que tem este dom é responsável pela direção e decisões. Como o piloto de um barco, ele pode não ser o dono do barco, porém a ele foi confiada a responsabilidade de dirigi-la em sua viagem.
Tito é um exemplo bíblico de uma pessoa com o dom de administração. O apóstolo Paulo começou uma igreja em Creta. Tito foi quem organizou e dirigiu a igreja para ele:
"Por esta causa, te deixei em ereta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi" (Tt 1.5).
Os dons de liderança e a função de administração estão bem juntos. Uma pessoa que tem o dom de administração tem a habilidade de dirigir, organizar e tomar as decisões. A pessoa que tem o dom de liderança tem a habilidade para motivar e trabalhar com as pessoas para alcançar estas metas.
TODOS PODEMOS SERVIR
A liderança não se limita aos crentes com estes dons ou às cinco posições especiais de liderança. Os crentes com outros dons espirituais podem ser solicitados pelos líderes da igreja para servirem em várias posições de liderança. Por exemplo, uma pessoa que tem o dom de contribuir pode ser solicitada para liderar um comitê sobre as finanças da igreja. Uma pessoa que tem dons de curar por liderar um crente de crentes ministrando aos enfermos nos hospitais locais. A obra do ministério para a qual os dons espirituais foram dados envolve muitas oportunidades para a liderança. Ainda quando um crente não tem um dos dons de liderança ele tem o potencial de tornar-se um líder através do desenvolvimento apropriado de seu próprio dom espiritual.
OUTRAS POSIÇÕES BÍBLICAS
Há outras posições de liderança mencionadas na Bíblia que não são dons espirituais. Eles são "ofícios" estabelecidos devido às necessidades práticas da igreja.
No Novo Testamento se mencionam os ofícios de diácono, ancião ou presbítero ou bispo. (Algumas pessoas consideram que um bispo é semelhante a um pastor. Outros o consideram um ofício separado").
O registro da igreja primitiva foi preservado por Deus como um exemplo para nós seguirmos sobre a estrutura da igreja. Estes ofícios também devem funcionar na igreja hoje.
O propósito destes ofícios é ajudar aqueles que tem dons espirituais de liderança como os apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, mestres, e aqueles com os dons de liderança e administração.
Use o seguinte esboço para estudar estas posições:
Título - Bispo ou presbítero ou pastor.
Referências - At 20.17, 28-32; 14.23; 15; 16.4; 11.30; I Tm 3.1-7; 5.17; Fp 1.1; Tt 1.5-9; Tg 5.14; I Pe 5.1-3.
Deveres - Estes versículos parecem indicar que ele deve ter um cuidado em longo prazo sobre um grupo local de crentes. Também proporcionam a direção nas decisões da igreja, ministram às necessidades dos crentes e ajudam no desenvolvimento e cuidado dos grupos locais de cristãos.
Título - Diácono, Diaconisa.
Referências - I Tm 3.8-13; Fp 1.1; At 6.1-7; Rm 16.1-2.
Deveres - Estes versículos indicam que os diáconos têm um ministério de serviço e ajuda. A Bíblia não usa o termo "diaconisa", mas alguns estudiosos têm usado esta designação para as esposas dos diáconos ou outras mulheres que ministram em serviços gerais e ajuda.
Nota: O vocábulo "ancião" é usado pela primeira vez na Bíblia em Êx 3.16 em referência aos líderes de Israel.
Há muitas referências aos anciãos de Israel por toda a Bíblia. Estes anciãos são diferentes da posição de liderança conhecida como um ancião na igreja primitiva. Todos os versículos que nós temos listado aqui se referem aos anciãos na igreja em lugar dos anciãos de Israel.
Os presbíteros e diáconos não devem liderar a igreja independentemente dos líderes especiais (profetas, apóstolos, evangelistas, pastores e mestres). O homem seleciona os presbíteros e diáconos, porém aqueles que tem dons especiais de liderança são estabelecidos na igreja por Deus.
POSIÇÕES PRÁTICAS DE LIDERANÇA
No decorrer dos anos surgiram muitas outras posições de liderança para satisfazer as necessidades práticas e orgânicas na igreja. Estas posições não são mencionadas na Bíblia, porém elas são importantes no ministério da comunidade da igreja local. Na seção, "Para Estudo Adicional" desta lição, algumas destas posições são listadas.
NA ESTRUTURA DA IGREJA
O seguinte diagrama mostra como os dons de liderança que você estudou se encaixam na estrutura da igreja:
(A IGREJA) -
(Dons Especiais de Liderança) -
(Apóstolos - Profetas - Evangelistas - Pastores - Mestres (Ef 2: 20 -22) -
(ajudados pelos ofícios especiais de presbíteros, diáconos e cada membro no lugar estabelecido por Deus) -
(O Fundamento colocado pelos apóstolos e profetas (Ef 2.20) -
(CONSTRUÍDA SOBRE ROCHA JESUS CRISTO (Mt 16.18; 1 Co 3.11; Ef 2.20).
CALCULANDO O CUSTO DA LIDERANÇA
OBJETIVOS:
Ao concluir este capítulo você será capaz de:
• Escrever o versículo-chave de memória.
• Resumir três aspectos do custo da liderança.
• Identificar a verdadeira prova da liderança espiritual.
VERSÍCULO-CHAVE:
"Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me" (Mt 16.24).
INTRODUÇÃO
Neste curso, você tem aprendido sobre a administração de recursos espirituais através da liderança apropriada. Você tem aprendido como ser um bom mordomo e a liderar com o um servo e pastor.
Você aprendeu das qualificações e tarefas dos líderes, a importância da unção e como tomar decisões e resolver problemas. Você estudou princípios de êxito e foi advertido de coisas que produzem o fracasso. Você também aprendeu a treinar líderes e discípulos.
Agora só resta uma pergunta: você está preparado para pagar o alto custo de servir como um líder espiritual?
CALCULANDO O CUSTO
Jesus enfatizou a importância de calcular o custo antes que você tome decisões espirituais. Ele usou dois exemplos naturais, aqueles de um homem que edifica uma torre e de um rei que vai à guerra:
"Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz" (Lc 14.28-32).
Por estes exemplos Jesus ilustrou a importância de calcular os custos antes que você faça um compromisso espiritual. Quais são os custos de servir como um líder espiritual?
TRÊS ASPECTOS DA LIDERANÇA
Leia Lc 9.57-62 em sua Bíblia. Nesta passagem três homens que queriam ser discípulos se aproximaram de Jesus. A cada um destes discípulos em potencial, Jesus revela um aspecto diferente dos cursos da liderança espiritual:
CUSTOS CONSIDERADOS: (LC 9.57-58).
O primeiro homem tenta tornar-se um discípulo através do auto-esforço. Ele não espera ser chamado por Jesus. Como o discipulado, a liderança não é uma oferta que um homem faz a Deus. É um chamado de Deus ao homem. Se você tenta liderar pelo auto-esforço, você falhará. Você deve ser chamado e ungido por Deus. Jesus disse a este homem, "Se você quer seguir-me, isso é o que você enfrentará".
Os custos da liderança incluem o sacrifício assim como serviço:
"Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos" (1 .Jo 3.16).
O custo da liderança inclui a solidão. O apóstolo Paulo escreveu:
"Estás ciente de que todos os da Ásia me abandonaram; dentre eles cito Fígelo e Hermógenes" (2 Tm 1.15).
Um líder freqüentemente experimenta a rejeição e a crítica:
"Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1.11).
Um líder também pode experimentar a perseguição. Leia sobre as coisas terríveis que Paulo experimentou em 2 Co 11.23-27.
Um líder tem muitos deveres:
"Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas" (2 Co 11.28).
Um líder deve disciplinar-se:
"Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado" (1 Co 9.27).
Um líder tem uma grande responsabilidade para caminhar de modo digno de seu chamado espiritual:
"Pelo que, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade" (2 Co 4.1-2).
"Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados" (Ef 4.1).
PRIORIDADES APROPRIADAS: (LC 9.59-60)
O segundo homem foi chamado por Jesus "a seguir". Como você já tem aprendido, "seguir" significa ir após de alguém que foi antes, imitar um exemplo. Envolve convicção e obediência.
Quando Jesus chamou a Seus 12 discípulos, Ele lhes disse para vir e seguir. Ele não esboçou um caminho a percorrer. Ele não lhes deu os detalhes do programa. O discípulo tinha que deixar a velha vida exclusivamente devido ao chamado. Quais decisões, separações e sacrifícios isto poderia requerer permanecia desconhecido.
O líder é um seguidor que deve deixar uma vida de segurança para viver uma de insegurança aos olhos do mundo. O compromisso não é com um programa, porém com uma pessoa. Essa pessoa é o Senhor Jesus Cristo. Na passagem de Lucas, a resposta deste homem ao chamado para seguir foi "deixa-me primeiro ... ". Ele quis seguir a Jesus, porém isto não era sua prioridade.
Jesus nunca sugeriria que uma pessoa ignorasse as necessidades de seus pais (veja Jo 19.25-27). O que se enfatiza nesta história é uma questão de prioridade. Este homem disse que ele queria "sepultar a seu pai" primeiro. Nos tempos do Antigo Testamento, quando uma pessoa dizia que estava esperando "sepultar a seu pai", necessariamente não significava que seu pai estava morto. Significava que ela estava esperando até que seu pai morresse para receber a herança que legitimamente pertencia a ela. Assim, quando este homem usou esta desculpa, ele estava colocando sua herança futura antes do chamado do Senhor Jesus Cristo. No momento crítico quando Jesus chama a um homem para segui-lo e tornar-se um líder, nada deve ser colocado antes desse chamado.
Em outra passagem, Jesus explicou em mais detalhe a importância das prioridades apropriadas:
"Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me" (Mt 16.24).
Abnegação deve vir antes que nós possamos levar a cruz. A velha natureza egoísta e pecadora deve ser negada. (Leia Rm 7-8 sobre a luta de Paulo nesta área). Quando o ego está morto, a cruz deve tornar-se sua prioridade. A cruz é simbólica do sacrifício, dor, rejeição, penalidade e insulto envolvido em fazer a vontade de Deu s. A cruz pode significa um chamado inclusive à morte pelo martírio por causa do Evangelho.
"Levar a cruz" não se refere às cargas da vida. Estas são comuns a todos os homens. Elas são as aflições, provas, desilusões e depressões que vêm a nós por vivermos em um mundo pecador. O crente não se exclui de tais coisas da vida. Ele experimenta enfermidade, acidentes, fogo, e os riscos naturais porque ele vive em um mundo corrompido pelo pecado. Porém, estas cargas não são "levar a cruz". Levar a cruz é um fato voluntário, não algo que é imposto pelas cargas da vida. É uma contínua (diária) decisão de negar os desejos do ego para fazer a vontade de Deus.
Jesus disse, "qualquer que não toma sua própria cruz e vem após mim, não pode ser meu discípulo". Levar a cruz não é agradável à natureza humana porque envolve a auto-rejeição. Deve ser feito voluntariamente por causa de Cristo.
Para levar a cruz, você deve esvaziar suas mãos das coisas do mundo. Se seu coração está fixo no dinheiro e coisas materiais, suas mãos estão muito cheias para levar a cruz. Se seu tempo é consumido pelo prazer e coisas que agradam a carne, suas mãos estão demasiadamente cheias para levar a cruz. Depois de negar o ego e levar a cruz, o próximo passo é seguir. Você deve deixar atrás o velho estilo de vida e as relações pecadoras.
Você nunca se tornará um líder por sentar-se e esperar que isto aconteça. VOCÊ deve tomar os primeiros passos: negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga. Mateus poderia permanecer à mesa dos impostos e Pedro em suas redes. Os dois poderiam seguir com suas ocupações honestamente e eles poderiam ter desfrutado de experiências espirituais. Porém, se eles queriam se tornar líderes espirituais, eles tinham que deixar a velha ocupação e entrar na nova. Mateus saiu das mesas dos impostos e Pedro deixou suas redes.
Isto não significa que todos devemos deixar nossos trabalhos e casas atuais para tornar-se um líder. O que significa é que isto exigirá uma mudança em nosso estilo de vida. Em alguns casos pode significar também deixar casa, trabalho e pessoas amadas por causa do Evangelho. Você deve seguir para onde quer que Jesus o envie.
"Prioridades apropriadas" significam que você deve deixar todo o resto para aceitar este chamado:
"Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo" (Lc 14.33).
Servir a outros deve tornar-se uma prioridade:
"Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt 20.26-28).
O reino de Deus deve tornar-se sua prioridade principal:
"Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? .. Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6.31, 33).
OBJETIVOS ABSOLUTOS: (LC 9.61-62)
O terceiro homem em Lc 9.57-62 quis seguir, porém ele quis fazer isto por suas próprias condições. Oferecer seu adeus aos familiares era uma coisa normal para se fazer, porém Jesus o havia chamado. Qual era seu objetivo real na vida? Ele quis se tornar um líder ou seguir seu próprio plano para a vida? Os objetivos deste homem na vida não estava m estabelecidos. Ele estava detendo-se, dividido entre a velha vida e a nova a qual Jesus chamou. Seu objetivo absoluto na vida não era o chamado de Deus. Seu compromisso com a liderança deve ser completo. Deve tornar-se o chamado absoluto de sua vida.
A VERDADEIRA PROVA DA LIDERANÇA ESPIRITUAL
A verdadeira prova da liderança é o que passa quando você já está presente com seus seguidores. Eles continuam sendo fiéis ao que você os tem ensinado? Eles ensinam a outros aquilo que eles têm aprendido? Eles podem continuar amadurecendo espiritualmente sem sua presença física? Nesse caso, você tem sido aprovado na verdadeira prova da liderança espiritual.
UM DESAFIO FINAL
Sempre se lembre de sua grande responsabilidade como um líder :
"O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre" (Lc 6.40).
Não se desencoraje pelos problemas com os seguidores. Jesus experimentou tais problemas. Em uma ocasião, Pedro, Tiago e João exibiram uma atitude odiosa querendo chamar fogo do céu para destruir um povo não receptivo de Samaritano (Lc 9.51-55). Pedro negou ao Senhor três vezes (Lc 22.54-62). Os três estavam dormindo no Jardim do Getsêmani quando Ele lhes disse que orassem (Lc 22.45- 46). Porém, este punhado de seguidores foi digno do investimento de tempo e ministério de Jesus. Eles demonstraram ser homens féis, apesar de suas faltas e fracassos. Através deles, o Evangelho se estendeu por todas as nações do mundo. Se você está desejoso de pagar os altos custos para servir com o um líder espiritual, é possível que você, também, possa ser usado por Deus para levantar a tais seguidores com prometidos?
Eu ouvi um chamado, "segue-me"... Isso foi tudo. As alegrias da terra se tornaram obscuras; Minha alma o perseguiu. Eu levantei e segui ... Isto foi tudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário