HOMILÉTICA III

HOMILÉTICA - OBJETIVIDADE DO SERMÃO, TÍTULO, TEXTO, INTRODUÇÃO, TEMA E SENTENÇAS

Uma boa mensagem é objetiva desde o começo até o fim, ou seja, um bom sermão obedece a um tema desde a introdução até a conclusão. Podemos esboçar esta objetividade com a seguinte ilustração: Certa senhora possui um passarinho de estimação e um gato travesso está preste a pegá-lo. Seu filho vê a cena lhe transmite o fato com as seguintes palavras: “Mamãe, um gato pulou em cima da janela e vai pegar o passarinho na gaiola!” Vejamos a eficiência da expressão do menino:

1. Atraiu a atenção da mãe para aquilo que estava falando.

2. Levou a mãe a tomar uma atitude (No caso, em defesa do pássaro).

3. Falou pouco, mas falou objetivamente.

Ser objetivo, atrair a atenção dos ouvintes e levá-los a tomar uma posição com relação ao propósito da mensagem, é essencial a todo bom pregador. Um sermão objetivo, bem dividido e bem preparado, ajuda tanto ao pregador quanto ao público. As melhores mensagens nunca são esquecidas. Tem pessoas que lembram de mensagens que foram pregadas há vários anos atrás. Estas mensagens de alguma forma ou de outra, lhes atraíram a atenção.

Todo pregador que se preza não sobe no púlpito sem um pedaço de papel com suas anotações para serem lembradas no momento certo. Neste papel deve constar toda a divisão do sermão, ao qual chamamos de esboço. Geralmente, um esboço de mensagem consta do seguinte:

TÍTULO

(Texto)

PROPOSIÇÃO

Sentença Interrogativa

Sentença De Transição

I. PRIMEIRO SUBTÍTULO

1. Primeira subdivisão

2. Segunda subdivisão

Sentença De Transição

II. SEGUNDO SUBTÍTULO

1. Primeira subdivisão

2. Segunda subdivisão

Sentença De Transição

III. TERCEIRO SUBTÍTULO

1. Primeira subdivisão

2. Segunda subdivisão

CONCLUSÃO

OBS: A quantidade de SUBTÍTULOS vai depender exclusivamente da mensagem do pregador, pois uma mensagem pode ter tanto um subtítulo, quanto vários (dois, três, quatro, etc).

TÍTULO

O pregador não deve se preocupar com o título no início do preparo de seu sermão, pois geralmente o título, assim como a introdução, é um dos últimos itens a ser preparado.

CARACTERÍSTICAS DO TÍTULO

1. O título deve ser interessante e atraente a fim de despertar a atenção dos ouvintes. Para ser interessante ele deve relacionar-se as situações específicas e às necessidades das pessoas que ouvem o sermão.

2. O título deve ter relação com o tema do sermão o u com o texto bíblico.

3. O título deve ser decente e digno. Devem ser evitados títulos rudes que ofendem e causam apatia.

4. O título deve ser preferencialmente breve.

5. O título pode ser uma citação breve de um texto bíblico.

Uma vez com o texto na mão, é evidente que se terá de falar sobre um determinado assunto, e, se já sabemos sobre o quê vamos falar, então é necessário que se dê um título ao assunto proposto. O público precisa saber sobre o quê vai ouvir. O fato de se dar um título a mensagem, ajuda ao pregador a não se perder na pregação, pois, vira e volta, ele pode citar o título e voltar ao assunto que começou, mantendo as sim também os ouvintes com o pensamento fixo em sobre o quê está voltada à mensagem. O título faz o público obedecer logo de início a linha de pensamento do pregador, e facilita a compreensão para se entender aonde o pregador quer chegar.

O título pode ser extraído das próprias palavras d o texto ou simplesmente ser inspirado nele. Exemplo: em João 11:15 há um título sugestivo nas próprias palavras do texto: “PARA QUE POSSAIS CRER”. A mensagem aqui poderia ser abordada com os seguintes tópicos:

TÍTULO: PARA QUE POSSAIS CRER (Jo 11:15)

I) Devido o testemunho de Jesus

II) Devido o testemunho do cumprimento das Escrituras

III) Devido o testemunho da igreja em todos os tempos

Em Mt 28:7 encontramos a expressão “IDE, POIS DEPRESSA”, que sugere um ótimo tema. A mensagem aqui poderia apresentar o aspecto de que devemos anunciar o Evangelho porque o mundo, para ser salvo, depende de ouvir a verdade, e enquanto não ouve, vai sucumbindo em pecados, não estando preparado para o dia do juízo. Observamos então que o tema pode ser tirado das próprias palavras do texto , porém, podemos também criar um tema para o texto com as nossas próprias palavras e criatividade.

Exemplo: Na passagem de Mateus 27:20-26, lemos que o povo tinha que se decidir pela libertação de Jesus Cristo ou Barrabás, e acabou optando pela libertação do criminoso. Em vez de extrairmos o tema das palavras contidas no texto, poderíamos criar o seguinte título para um sermão bem interessante: “A ESCOLHA DAS TRE VAS”. Traríamos ao público uma profunda mensagem sobre a escolha errada que muitos ainda estão fazendo.

TEXTO

É normal vermos pregadores lerem um texto com uma infinidade de versículos (um texto deste tamanho), e pregar sobre tantos assuntos diferentes, que após variar tanto o rumo do assunto em que começou a mensagem, que nem ele e nem o público sabem, no final das contas, aonde se quis chegar com o texto e com a pregação. Uma pregação cheia de variações de assuntos não deixa o público captar uma linha de pensamento dentro da mensagem. O erro acima é o de querer um texto grande com suas variedades de assuntos. Outro tipo de erro comum é aquele cometido por certo pregador que leu os trinta e seis versículos do capítulo três do Evangelho de João, e em seguida disse: “Agora, meus irmãos, vamos falar sobre João 3:16". O quê ocasionou tal pregador? Simplesmente gastou ou perdeu tempo. Cansou o público e não aproveitou quase nada do que leu. O quê seria correto fazer? Ora, se o quê ele iria pregar estava contido em João 3:16, então deve ria ter ignorado os outros trinta e cinco versículos. Naturalmente, existem mensagens que estão contidas em textos com vários versículos, tais como as parábolas ou outras passagens semelhantes. O pregador deve então ler somente o necessário aonde irá basear sua mensagem, obviamente, conhecendo o contexto da passagem (as partes antes e depois dos versículos que escolheu para pregar).

INTRODUÇÃO

A introdução, também chamada de exórdio, deve também ser elaborada por último, como acontece com o título. Deve ficar claro que a introdução não é o mesmo que as preliminares que os pregadores costumam proclamar. As preliminares consistem de observações gerais que não se relacionam com o sermão. Geralmente é uma apresentação do pregador ou um testemunho para que este seja conhecido do povo.

A introdução é o processo pelo qual o pregador procura conduzir a mente dos ouvintes para o tema de sua mensagem. Na introdução o pregador procura prender a atenção dos ouvintes acerca do tema que pretende proclamar.

CARACTERÍSTICAS DA INTRODUÇÃO

1. Deve despertar o interesse dos ouvintes.

2. Deve Ser Breve.

Esta parte é bem simples, mas também exige arte e técnica por parte do pregador. A introdução se resume em falar em poucas palavras sobre o que irá tratar a mensagem. O pregador precisa logo de início ganhar a atenção do público, e para isso, nada melhor do que começar a mensagem com uma boa introdução. A introdução poderá ser feita de duas maneiras básicas:

a) Pode-se começar um sermão com uma ilustração extraída da história, da ciência, da experiência pessoal do pregador ou de qualquer outra fonte.

b) Pode-se começar um sermão com um resumo dos tópicos, quando não se tem uma ilustração apropriada como introdução.

Um começo bem interessante na mensagem faz o prega dor ser eficaz logo de início. Porém, o que chamamos, de interessante na introdução do sermão, é uma ilustração que tenha estreita relação com o tema. Quando se usa uma ilustração para começar uma mensagem, esta ilustração terá que enfatizar o tema sobre o qual irá girar a mensagem.

Exemplos De Introdução Com Ilustrações:

1) Certo pregador começou assim sua mensagem : “O Imperador Teodósio, por ocasião de uma anistia política, determinou que muitos presos fossem libertados. Tendo assim, aberto os cárceres, disse: ‘E agora, provera Deus que eu pudesse abrir todos os túmulos e dar vida aos mortos’. Irmãos, aquilo que era impossível para o Imperador Teodósio não o é, para Jesus, que disse que a terra e o mar dariam seus mortos no último dia. Todos pelo Seu poder serão ressuscitados, uns para condenação eterna, e outros para a vida eterna. Este é nosso tema hoje: A ressurreição em Cristo Jesus.

2) Um pregador fez esta introdução à sua mensagem: “Certo homem era encarregado de todas as noites acender determinado farol para que os navegantes que por ali passassem pudessem ver os grandes recifes, e assim se desviar deles. Uma bela noite encontrava-se embriagado e dormiu se esquecendo da importância que era manter aquele farol aceso durante as noites. O resultado trágico foi visto pela manhã: Os vários corpos que boiavam mortos devido ao choque entre o pequeno navio que por ali passava na noite anterior e os grandes recifes existentes ali. Este fato ocorrera devido a luz do farol não ter brilhado naquela noite. Um poeta cristão, sobrevivente daquele naufrágio, escreveu as linhas do conhecido hino: “Resplandeçam vossas luzes através do escuro mar” – Irmãos, somos encarregados de brilhar para o mundo, pois nas trevas do pecado muitas almas estão perecendo. Jesus disse: “Vós sois a luz do mundo”, e este é o nosso tema hoje.”

PROPOSIÇÃO OU TEMA

Proposição é uma declaração positiva do assunto a ser proclamado. É a afirmação de uma verdade bíblica, eterna que tem aplicação universal.

A proposição também é chamada de “tese”, “tema”, “ideia homilética”.

Deve-se atentar para o fato de que assunto e tema não são a mesma coisa. O assunto é algo mais genérico, enquanto que o tema é mais específico. Um assunto, por exemplo, poderia ser a “Esperança”, e vários temas poderiam ser derivados deste assunto: “A Esperança do Crente”, “A Esperança do Mundo”, etc...

Uma proposição, para ser completa deve possuir um “sujeito” e um “complemento”.

Para descobrir o sujeito e o complemento da passagem bíblica, convém aplicar as Interrogativas “quem”, “o que”, “por que”, “como”, “quando” e “onde”.

O texto de Gálatas 3:13 nos servirá de exemplo: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”. Fazendo a pergunta “sobre o que fala este texto?”, descobriremos o sujeito da sentença, ou seja, “a maldição da Lei”. O complemento é tudo aquilo que a passagem relata acerca da maldição da Lei, isto é, que ela foi realizada quando Cristo a tomou sobre si, sendo pendurado no madeiro. Uma vez tendo descoberto o sujeito e o complemento, podemos formular a ideia exegética do texto: “Nossa redenção da maldição da Lei foi realizada por Cristo, o qual recebeu a maldição por nós”.

A proposição deve preferencialmente estar na afirmativa. A frase “Devemos honrar a Cristo obedecendo aos Seus mandamentos” é melhor do que “Não devemos desonrar a Cristo desobedecendo aos seus mandamentos”.

A proposição difere da ideia exegética. A ideia exegética é a afirmativa de uma única sentença; é a verdade principal da passagem, enquanto que a proposição é a verdade espiritual ou princípio eterno, transmitido por toda a passagem

Tomemos como exemplo a passagem de Marcos 16:1-4: “Ora, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro muito cedo, ao levantar do sol. E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro? Mas, levantando os olhos, notaram que a pedra, que era muito grande, já estava revolvida”. A ideia exegética desta passagem é: “...as mulheres, a caminho do túmulo para ungir a Jesus, preocupavam se com um problema grande demais para elas, porém já resolvido antes e delas terem de enfrentá-lo”. Esta ideia exegética nos leva à seguinte tese: “Deus é maior do que qualquer problema que tenhamos de enfrentar”.

Note que a ideia exegética é uma verdade fundamental da sentença, mas a tese extraída da ideia exegética é uma verdade eterna e universal, aplicável a tudo e a todos.

A proposição deve ser formulada no tempo presente; não deve incluir referências geográficas ou históricas; não deve fazer uso de nomes próprios, exceto os nomes divinos. Uma tese com algumas dessas características ficariam muito embaraçosas: “Assim como o Senhor chamou a Abrão de Ur dos Caldeus para ir para uma terra que desconhecida, da mesma forma Ele chama alguns de nós para irmos pregar aos estrangeiros”.

SENTENÇA INTERROGATIVA E SENTENÇA DE TRANSIÇÃO

A proposição deve ser ligada ao sermão através de uma pergunta, e esta por sua vez através de uma sentença de transição. Para ligar a proposição ao sermão, usa-se qualquer um dos cinco advérbios interrogativos: “por que”, “com o”, “o que”, “quando” e “onde”. Vejamos alguns exemplos: Na proposição “A Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa” podemos incluir a seguinte interrogativa: “Quais são os motivos que n os levam a considerar que a Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa?” (ou Como se faz da Vida Cristã uma Vida Vitoriosa?). Este tema poderia nos levar a uma resposta baseada em Romanos: “Por que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” ou “Por que em todas essas coisas somos mais do que vencedores”.

A sentença de transição faz a transição entre a interrogativa e o corpo do sermão. A transição para a interrogativa acima, por exemplo, poderia ser: “Vejamos cinco motivos pelos quais podemos afirmar que a Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa”. A palavra “motivo” é a palavra-chave da transição, pois toda transição deve possuir uma palavra-chave que caracterize os pontos principais do sermão. Vários são os motivos que classificam a vida cristã como sendo uma vida vitoriosa, e em cada divisão do sermão deve expressar claramente esses motivos. As sentenças de Transição que ligam as divisões do sermão devem repetir a palavra-chave. Por exemplo: “Vejamos qual é o primeiro motivo pelo qual devemos afirmar que a vida cristã é uma Vida Vitoriosa”. A estrutura homilética seria a seguinte:

PROPOSIÇÃO: A Vida Cristã É Uma Vida Vitoriosa

INTERROGATIVA: Quais são os motivos que nos levam a considerar que a Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa?

TRANSIÇÃO: O texto nos apresenta cinco motivos pelo qual devemos afirmar que a vida cristã é uma Vida Vitoriosa. Vejamos o primeiro motivo:

I. PRIMEIRA DIVISÃO: “Por que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus...”

TRANSIÇÃO: Vejamos o segundo motivo...

II. SEGUNDA DIVISÃO: “Por que em todas essas coisas somos mais do que vencedores”.

LISTA DE PALAVRAS-CHAVES

Alvos, argumentos, aspectos, atitudes, causas, efeitos, evidências, fatores, fatos, fontes, lições, manifestações, marcas, meios, métodos, motivos, necessidades, objetivos, ocasiões, passos, provas, verdades, virtudes, etc. (note que as palavras-chaves estão no plural).

HOMILÉTICA - CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DO SERMÃO

1. DISCUSSÃO

A discussão é o desenvolvimento das ideias contidas nas divisões do sermão. A fonte principal para a discussão deve ser a Bíblia, mas não é errado o pregador recorrer a outras fontes, desde que sejam confiáveis. Essas fontes podem ser citações de revistas ou jornais, poesias, letras de hinos ou provérbios da sapiência popular. Fontes históricas também são de grande valia para a discussão, conforme a natureza do sermão.

2. ILUSTRAÇÃO

É o processo de explicar algo desconhecido pelo conhecido. É a exposição de um exemplo que torna claro os ensinamentos do sermão.

A ilustração pode ser uma parábola, uma alegoria, um testemunho ou uma história (ou uma estória). Deve ser enfatizado que a ilustração não é a parte mais importante do sermão, mas sim a explanação do texto. A parte mais importante é a interpretação do texto, pois o alvo do sermão é torná-lo conhecido do público, e a ilustração se presta a essa tarefa.

3. APLICAÇÃO

A aplicação é o processo mediante o qual o pregador aplica a verdade espiritual do sermão à vida dos seus ouvintes, a fim de persuadi-los a uma reação favorável à mensagem. Em outras palavras a aplicação é e persuasão das palavras do pregador; é a palavra dirigida ao coração. Na pregação o pregador fala a mente das pessoas, a fim de que meditem nas palavras que estão ouvindo, mas na aplicação o pregador fala ao coração, a fim de que pratiquem as palavras ouvidas. A aplicação é a meditação posta e m prática.

4. APELO

O apelo é o processo de requerer do auditório uma resposta positiva acerca do que foi explanado. O apelo é uma invocação feita aos ouvintes para que recebam os ensinamentos expostos na pregação.

Deve ser enfatizado que a própria pregação já em si um apelo. O verdadeiro apelo é feito pelo Espírito Santo. Ele chama e invoca os homens para que ouçam a Sua Palavra, e quando estes se voltam para Ela, demonstram sua fé nas palavras que ouviram. As Escrituras afirmam que a fé vem pelo ouvir da Palavra de Deus, portanto a exposição da Palavra é o apelo que o Espírito Santo dirige aos homens para que ouçam, creiam e a recebam a Palavra em seu coração. Isto não impede, entretanto que se façam a pelos à plateia de forma visual, por meio de um levantar de braço ou solicitando ao ouvinte que vá à frente da congregação. Deve-se, no entanto, entender que esses fatos não se constituem na concretização do apelo, e, portanto, deve este tipo de apelo, ser usado com moderação.

IMPORTANTE: O sermão expositivo é considerado, pelos pregadores mais proeminentes, o melhor tipo de sermão. Ele possui uma série de vantagens sobre os outros tipos. Uma dessas vantagens é que, justamente por se basear em uma porção extensa das Escrituras, é possível obter diversas aplicações de um mesmo texto.

Vejamos como exemplo o texto de Mateus 14:14-21

EXEMPLO 1

Este exemplo enfoca “os atributos de Jesus”

TÍTULO: NOSSO SENHOR SINGULAR

I. A COMPAIXÃO DE JESUS

a) Demonstrada em seu interesse pela multidão (V. 1 4); b) Demonstrada em seu serviço à multidão (V. 14).

II. A TERNURA DE JESUS

a) Demonstrada em sua resposta graciosa aos discípulos (Vs. 15, 16); b) Demonstrada em seu trato paciente com os discípulos (Vs. 17, 18).

III. O PODER DE JESUS

a) Manifesto na alimentação da multidão (Vs. 19-21); b) Exercido mediante o serviço dos discípulos (Vs. 14-21);

EXEMPLO 2

Este exemplo enfoca a mesma passagem tendo “Cristo como o Supridor de nossas necessidades”

TÍTULO: VEJA DEUS OPERAR

I. CRISTO SE INTERESSA POR NOSSAS NECESSIDADES

a) Tem compaixão de nós em nossas necessidades (Vs. 14-16); b) Ele nos considera em nossas necessidades quando outros não se importam conosco (Vs. 15, 16).

II. CRISTO, AO SUPRIR NOSSAS NECESSIDADES, NÃO SER ESTRINGE PELAS CIRCUNSTÂNCIAS

a) Ele não se restringe por nossa falta de recursos (Vs. 17, 18); b) Ele não se restringe por qualquer outra falta (V . 19).

III. CRISTO SUPRE NOSSAS NECESSIDADES

a) Supre nossas necessidades com abundância (V. 20);

b) Provê muito mais do que o suficiente (Vs. 20, 21).

EXEMPLO 3

Este exemplo enfoca a mesma passagem sob o ponto de vista de “nossos problemas”

TÍTULO: RESOLVENDO NOSSOS PROBLEMAS

I. ÀS VEZES NOS CONFRONTAM OS PROBLEMAS

a) Problemas de grandes proporções (Vs. 14, 15); b) De natureza imediata (V. 15); c) De solução humana impossível (V. 15).

II. CRISTO É ABUNDANTEMENTE CAPAZ DE SOLUCIONAR NOS SOS PROBLEMAS

a) Sob a condição de que lhe entreguemos nossos recursos limitados (Vs. 16-18); b) Sob a condição de que lhe obedeçamos sem questionar (Vs. 19-22).

HOMILÉTICA - A Importância Do Conhecimento

Tanto a preparação quanto a exposição são enriquecidas com o grau de conhecimento do pregador. Os conhecimentos não são a principal razão de um sermão, mas são o esqueleto que lhe dá forma... O pregador não precisa deixar de ser espiritual pelo fato de enriquecer seus sermões com conhecimentos gerais. Se o sermão estiver cheio da graça de Deus, então os conhecimentos nele inseridos resultarão em bençãos. A homilética apresenta as regras técnicas, e ensina como o pregador pode tirar proveito dos conhecimentos, ordenando os pensamentos e dosando-os com a graça divina.

Todo pregador deve adotar um sistema de estudo, para seu maior aproveitamento no ministério da Palavra..."1

"O que se vai dizer é resultado do que sabemos, sentimos, pensamos, cremos e desejamos transmitir...”

Cultura é aquilo que a "gente sabe, resultado de nossa vivência, da sedimentação do que somos, sabemos, das influências que sofremos e de tudo que realmente nos estruturou. Ser um homem culto em nossos dias, isto é, capaz de pensamento original e ter digerido as informações do mundo em que vivemos, é uma equação diferente da que se apresentava no passado. Pouco a pouco a "explicação" do mundo foi, cada vez mais, passando para a área científica..."2 Por isso o importante é manter os "pés no chão".

Para falar de um tema qualquer é preciso dominar o assunto, a ponto de torná-lo de uma simplicidade quase alarmante e dar a impressão ao auditório de que o estamos desvendando juntos, realizando uma agradável excursão intelectual ou humana, participando os dois, nós e o ouvinte, do que vai surgir. O que vale mais é a gente ser a gente mesmo."3

Assim, a primeira e grande obrigação do pregador é a LEITURA, constante, sistemática dos assuntos que ele aborda em suas prédicas e de cultura geral.

O QUE FAZER QUANDO CONVIDADO PARA PREGAR EM:

A) CONGRESSOS E CONFRATERNIZAÇÕES

Neste caso os assuntos são apresentados pelos organizadores do evento. Para o pregador, o desafio está em desenvolvê-lo. Tenha intimidade com Deus para transmitir exatamente o que Ele quer falar.

Quase toda pesquisa serve como base para sermões. Todavia, é verdade incontestável que, quanto mais instrução tem uma pessoa, tanto mais condições terá para preparar e apresentar sermões.

Embora exista um tema, normalmente este é geral, podendo o pregador ser mais específico.

Exemplo : TEMA DO CONGRESSO : “A videira verdadeira” João 15: 1 a 8

Você pode falar sobre : “Como o cristão pode Ter uma vida frutífera”, “Por que o cristão deve Ter uma vida frutífera ?” ou até mesmo, “Os frutos da videira na vida do cristão”, utilizando outros textos e inserindo um subtema.

B) DATAS COMEMORATIVAS/ CULTOS ESPECIAIS

Situações onde o assunto é uma explicação do momento. São cultos realizados em virtude de acontecimentos específicos na igreja local.

Dentre os cultos especiais podemos destacar:

• Casamento; • Natal; • Aniversariantes; • Dízimos; • Batismo; • Consagração; • Aniversário da Igreja; • Posse; • Cultos dos departamentos (Juventude, irmãs, crianças, etc.); • Nascimento e apresentação de bebês; • Funeral; • Doutrinário; • Evangelístico.

Atenção! Conheça e domine os textos bíblicos para explorar estes assuntos mais facilmente.

“Para pregar, o pregador leigo deve combinar ou casar o assunto do sermão com um texto da palavra de Deus”.

Ler os sermões limita o contato dos olhos do pregador com o auditório. Como afirmava Phillips Brooks, “a pregação é a verdade através da personalidade”. Ora, os olhos transmitem a personalidade. Assim, qualquer coisa que interfira com o contato dos olhos do pregador, impede que a personalidade seja bem sucedida, e interfere com a pregação.

A maioria dos homiléticos concorda em que a maneira ideal de pregar um sermão é fazer primeiro um manuscrito, e depois preparar um esboço - quer o pregador use esse esboço no púlpito ou o decore.

Muitos pregadores levam um manuscrito ao púlpito, mas leem apenas partes dele, pregando o restante dele de improviso. Por exemplo, as ilustrações e o apelo não se prestam bem para a elocução manuscrita e provavelmente devam ser pregados de improviso...

Nenhum método isolado serve para todos. E, obviamente, tanto a pregação manuscrita como a improvisada possui vantagens e desvantagens significativas... Descubra o que fica melhor para você...".

ASSUNTO X TEMA

Assunto é o objetivo que você deseja alcançar por inspiração de Deus e o tema é como você vai dizer para o público qual é o seu objetivo.

TEXTO BÍBLICO

O texto bíblico é a passagem bíblica que serve de base para o sermão.

Esse texto deverá fornecer a idéia ou verdade central do sermão. Nunca se deve tomar um texto somente por pretexto, e logo se esquecer dele.

Segundo Jerry Stanley Key, Existem Algumas Vantagens No Uso De Um Texto Bíblico :

1 - O texto dá ao sermão a autoridade da palavra de Deus.

2 - O texto constitui a base e alma do sermão;

3 - Através da pregação por texto o pregador ensina a palavra de Deus;

4 - O uso do texto ajuda os ouvintes a reter a idéia principal do sermão;

5 - O texto limita e unifica o sermão;

6 - Permite uma maior variedade nas mensagens;

7 - O texto é um meio para a atuação do Espírito Santo.

É imprescindível a escolha de um texto que se relacione com o tema do sermão porém adequado. Vejamos o tipo de textos que devemos evitar: Textos longo Cansam os ouvintes. ( Salmo 119 ) Textos obscuro Causam polêmicas no auditório. ( I Cor. 11:10 ) Textos difíceis Os ouvintes não entendem. (Ef. 1:3 Predestinação ) Textos duvidosos " E Deus não ouve pecadores" ( João 9/;31 )

EXEGESE

Exegese é o trabalho de exposição de um texto bíblico.

Visto que a Bíblia é um documento histórico e a igreja, a exegese é importante tanto para compreender a mensagem bíblica como para determinar seu significado na atualidade. Questões de data, significados linguísticos, autoria, antecedentes e circunstâncias são essenciais à tarefa de preparar sermões bíblicos. Quanto mais conhecermos as condições político-religiosas e socio-econômicas sob as quais foi escrito certo documento, tanto melhor poderemos compreender a mensagem do autor e aplicá-la de acordo com isso.

DEZ PASSOS PARA UMA BOA EXEGESE

1 - Leia o texto em voz alta, comparando com versões diferentes para maior compreensão

2 - Reproduza o texto com suas próprias palavras. (Fale sozinho)

3 - Observe o texto imediato e remoto.

4 - Verifique a linguagem do texto ( história, milagre, ensino, parábola, profecia, etc.)

5 - Pesquise o significado exato das principais palavras;

6 - Faça anotações;

7 - Pesquise o contexto ( época, país, costumes, tradição, etc.)

8 - Pergunte sempre onde? Quem? O que? Por que?

9 - Organize o texto em seções principal e secundárias;

10 - Resuma com a seguinte frase: “O assunto mais importante deste texto é...”

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