MOBILIZAÇÃO MISSIONÁRIA - ESCATOLOGIA DA MISSÃO
Dentro dos ensinos de Jesus nota-se a
ênfase no Reino dos céus, Seu reino, estabelecido por Deus com os santos.
Há ainda a afirmação da condenação
eterna do inimigo de nossas almas – o diabo e dos incrédulos e pecadores - os
que não se arrependerem de seus pecados. Podemos notar alguns aspectos sobre o
Reino:
Há Dois Aspectos Temporais:
- O presente, já instaurado por Jesus
(Lc. 11.20; Mt. 12.28).
- E o que virá, pois ainda não se
completou toda profecia e está relacionado com a volta de Jesus (Mt. 13.40-43).
Semelhança com a missão:
- Esse Reino é universal, pois estarão
nele pessoas de toda raça, tribo, língua, e nação.
- Os gentios também estarão nele, não
apenas os judeus como nação eleita, fato pelo qual Deus comissionou Paulo aos
gentios.
- A volta de Jesus é sinal de missão
cumprida – Mt. 24.4-12.
- A ênfase é dada ao anúncio de sinais
dos últimos tempos, mas o maior sinal será obediência na pregação do evangelho
a todos os povos – At 1.6-8; Mt. 24.4-12.
- É registrado que a manifestação da
obediência será demonstrada em glória e louvor a Deus por todos os povos da
terra – Ap. 7.9-10; Ap. 5.9-10; Ap. 11.15b.
Assim, como Deus criou o mundo formando
um cenário universal - os céus e a terra, também, o termina da mesma forma,
sinalizando nova visão deles - novo céu e nova terra (Ap. 21).
Finalmente, nos compete com esse
embasamento bíblico continuar a obediência no cumprimento da missão Divina, com
fidelidade e dignidade do Reino de Deus. Pudemos contemplar fundamentos da
missão no decorrer de todo texto bíblico, clareando-nos alguns pontos, dos quais,
podemos deixar destacados:
- O lugar e alvo da missão:
O mundo (universo) todo criado por Deus.
- O Alvo e Agente da Missão:
O homem criado por Deus.
- O Senhor e Impulsionador da
Missão: Deus criador de todas as coisas.
- Método da Missão: Deus
revelado no decorrer da História;
- Deus atuando no decorrer da História;
- Deus estabelecendo parceria com o
homem na Sua missão;
- Deus capacitando para a missão.
- Resultado da Missão:
Todos os povos, raças, línguas e nações adorando e glorificando a Deus diante
de Seu trono.
Contemplados esses pontos essenciais à
Missão, concluímos que não só é necessário, mas também primordial, que
dediquemos, capacitemos e mobilizemos tudo o que temos em prol do Reino de Deus
e sua Missio Dei.
Uma vez compreendidos o propósito e a
ação divina para a Missão, vamos agora verificar alguns pontos específicos e
implícitos nesse embasamento, que nos ajudarão a assumir e cumprir melhor nosso
papel e lugar de atuação na missão.
QUEM É QUEM?
A missão é de Deus: Missio Dei.
Somos participantes de Sua missão,
comissionados a sermos testemunhas e a fazermos discípulos onde quer que
estejamos.
Somos capacitados por Deus a cumprir
Sua missão. E o fazemos por amor e fé.
QUEM FAZ O QUÊ?
Todos os que fomos convertidos a Cristo
somos e devemos testemunhar e proclamar a Deus, Seu amor e Seu propósito
redentor, onde estamos e em nosso dia-adia. Estes e também os que têm
ministério específico de evangelização são denominados “Evangelistas”. Assim
como toda ação na localidade da igreja é identificada como Evangelização.
Alguns Aspectos Importantes:
- Cada um tem dons dados por Deus como
lhe aprouve – Efésios 4.11.
- Cada um deve cumprir Sua ordenança
onde Deus o coloca.
Aqueles que são comissionados especificamente para lugares mais distantes são denominados pela Missiologia como “missionários”. O que difere é que especificamente vão além da Igreja local e há o Rompimento de barreiras culturais, geográficas, etc.
MOBILIZAÇÃO MISSIONÁRIA - IGREJA LOCAL E MISSÕES
A igreja é composta de pessoas
(pecadoras) salvas em Jesus, que professam fé nEle e em Sua Palavra. As ações
da igreja são complementares entre si, em adoração, cuidado (serviço),
crescimento mútuo e proclamação.
Assim todos somos testemunhas de Jesus.
A tarefa de proclamar o evangelho até a volta de Cristo foi confiada à igreja.
Desta forma, a igreja faz parte desse propósito e, assim, os que ficam congregados
numa comunidade local devem ser incentivadores, apoiadores e colaboradores
daqueles que são comissionados, dentre nós, a irem mais longe.
Não nos compete discutir com Deus, o
porquê ou quem Ele chama para essa ação. Nem ainda, se devemos ou não apoiá-los.
Isso é ponto pacífico e claro na Palavra. Somos parte integrante da missão de
Deus em todos os seus aspectos. Pensar menos que isso é infidelidade e negação
da ação e mandamento de Deus, na verdade negação do próprio Deus, pois Ele está
presente na missão.
Uma vez que a igreja local, ou
congregação de salvos de uma localidade desempenha seu papel, no local onde
está instituída, ela vai compreender, apoiar e dar suporte à vocação de Deus a
um de seus membros, para ir(em) mais adiante.
Um dos meios de fazermos isso e
incentivarmos a igreja local nessa compreensão e investimento, bem como
participação na obra missionária, é a formação e condução do:
DEPARTAMENTO DE MISSÕES
Quando se fala do termo Conselho,
principalmente na Igreja Presbiteriana, surge certo incômodo, devido à
nomenclatura ser a mesma do Conselho da Igreja que é composta pelo Pastor e
Presbíteros, também, pelo entendimento incorreto de que será uma concorrência
ou interferência a esse Conselho Presbiterial.
É preciso, então, desmistificar isso de
forma benéfica, inclusive, incluindo na formação e condução de um Conselho
Missionário a participação de Presbíteros da Igreja.
Também, é preciso conhecer e entender quais
as atuações dessa Área na obra missionária e a ação de cada participante em
parceria no processo de preparo, treinamento, envio e apoio aos missionários e
aos campos.
IGREJA
É enviada e envia. Uma vez que sua
comunidade local cumpre o mandato de evangelização e faz discípulos, quando
Deus vocaciona especificamente alguém de seu meio para ampliar essa ação além
dela, em locais mais distantes e transculturais, é ela quem reconhece a
vocação, promove o treinamento, envia e acompanha, pois o trabalho é da Igreja,
o missionário é apenas o agente enviado por ela.
AGÊNCIA MISSIONÁRIA
É um agente facilitador que agiliza a
missão da Igreja, através de setores de operacionalização, administração, apoio
e integração entre o missionário, campo missionário e a igreja (denominação e
local).
MISSIONÁRIO
É o vocacionado, o Agente de propagação
do evangelho (indivíduo, família ou equipe), preparado e enviado pela local, em
parceria com Agências Missionárias. Sendo responsável pelo evangelismo e
desenvolvimento do trabalho no campo missionário, em parceria coma igreja local
e Agência missionária.
FORMAÇÃO E CONDUÇÃO DE UM DEPARTAMENTO DE MISSÕES
Atualmente, há muitos livros a respeito
de missões e dos desdobramentos da mesma. Alguns em áreas específicas da
ciência como: sociologia, antropologia e psicologia, história. E outros sobre a
mobilização e prática da igreja com o assunto
- Departamento de missões
Algumas dessas literaturas ressaltam
pontos importantes a esse respeito e que valem a pena ser verificados.
- A primeira questão, que a maioria
deles apresenta, é a definição do que vem a ser Departamento de missões.
Em muitas igrejas e/ou denominações,
como já mencionamos anteriormente, esse ministério não é apresentado com esse
nome, mas talvez como GAM (Grupo de Apoio Missionário), JAM (Junta de Apoio
Missionário), Secretaria de Missões, Departamento de Missões. Isso para
diferenciar da nomenclatura oficial do Conselho da igreja que é composto por
Pastor(es) e Presbíteros.
Isso não é de todo ruim, pois cada
igreja adapta a nomenclatura a sua estrutura e entendimento de atuação.
Porém, mais do que dar um nome ou
intitular esse ministério, é preciso haver uma definição clara e exata do que
vem a ser, bem como seus propósitos e atuações, expressando sua natureza e
essência.
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