ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA III

 

1.0 DEFINIÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO

1.1 Administração não é algo aleatório

Administração não é algo que se faz de maneira aleatória. Ela exige que haja uma estrutura formal e bem estabelecida, na qual sobressaem a um só tempo quatro palavras-chaves: objetivo, organização, planejamento e comando. Sem essas premissas não se chega a lugar algum.

Qualquer empreendimento, para cumprir suas finalidades, terá de ter, portanto, objetivos bem definidos, organização com seqüências lógicas, simples e precisas, planejamento que preveja todas as etapas do processo e comando capaz de gerir a administração.

1.2 Administração é trazer funcionalidade

Assim, administrar, em linhas gerais, é fazer com que as coisas funcionem. É tirá-las da inércia e torná-las eficientes e eficazes. É, portanto, exercer uma boa liderança à luz dos princípios há pouco discutidos para que os propósitos da organização sejam alcançados, cumprindo assim a finalidade de sua existência.

1.3 O que é administração eclesiástica

A administração eclesiástica, portanto, se insere na mesma definição. Só que sua concepção é divina para atuar na esfera humana. De um lado é um organismo vivo, que atua como agente do Reino de Deus, e de outro é uma organização que precisa dispor de todas as ferramentas humanas para a realização de seus objetivos.

Mas há uma diferença: como a Igreja tem propósitos não só para esta vida, mas também para a eternidade, exige, por isso mesmo, dedicação que muitas vezes foge aos parâmetros humanos.

A título de exemplo, numa organização secular quem negligencia suas tarefas e deixa de ser produtivo corre o risco de ser demitido na primeira oportunidade. Na igreja é diferente: toda a sua estrutura precisa estar voltada para restaurar o indivíduo e fazer com que ele retorne à mesma fé.

É óbvio que não se excluem medidas disciplinares, quando necessárias, mas mesmo neste caso o objetivo é sempre restaurar, nunca lançar no inferno. A igreja jamais pode dar motivo para que alguém, no juízo, alegue ter perdido a salvação por ter sido abandonado à beira da estrada.

Isto implica em afirmar que a finalidade básica da igreja, qualquer que seja o modelo administrativo, é aperfeiçoar os santos para a obra do ministério e levá-los à medida da estatura completa de Cristo.

2.0 MODELOS DE GOVERNO ECLESIÁSTICO

Segundo o livro Administração Eclesiástica (CPAD), corroborado por outros autores de igual jaez, há pelo menos três modelos de governo eclesiástico: episcopal ou prelático, presbiteriano ou oligárquico e congregacional ou independente.

2.1 Episcopal ou prelático

No sistema episcopal o poder pertence aos bispos diocesanos e ao clero mais alto, como acontece nas igrejas romana, grega, anglicana e na maior parte das igrejas orientais.

2.2 Presbiteriano ou oligárquico

Aqui o poder emana das assembléias, sínodos, presbitérios e sessões, como acontece na igreja escocesa, luterana e nas igrejas presbiterianas.

2.3 Congregacional ou independente

Neste modelo sobressai o autogoverno, ou seja, cada igreja se administra mediante a voz da maioria de seus membros, como sucede entre os batistas, os congregacionais e alguns outros grupos evangélicos.

3.0 OS MODELOS DE GOVERNO E O PADRÃO PRIMITIVO

Neste ponto surge uma pergunta: que modelo se adequa aos princípios bíblicos para a Igreja? Comecemos por eliminação. O modelo episcopal é o que mais se distancia do padrão primitivo, pois exclui a participação da Assembléia nas decisões e põe todo o peso no colegiado de bispos ou no próprio Papa, em se tratando do romanismo, que possui o infalível e exclusivo poder de comandar a igreja.

O livro de Atos e as epístolas mostram, ao contrário, uma igreja participativa com ênfase para o governo local conduzido pelo pastor, bispo ou presbítero (são termos sinônimos), com o apoio da junta diaconal para as atividades temporais da igreja e tendo a Assembléia como o poder máximo de decisão.

Os principais historiadores são unânimes em reconhecer que esse era o modelo da igreja primitiva. Moshiem, citado em Administração Eclesiástica, afirma que “a voz principal pertencia ao povo, ou seja, a todo o grupo de cristãos”. Os líderes locais reuniam-se para o estudo prévio dos assuntos (At 15.6), mas qualquer decisão era tomada pela igreja (At 15.22).

As cartas do Apocalipse reforçam a tese. Perceba que elas não se destinam a um colegiado de bispos ou a um Sumo Pontífice, mas ao líder de cada igreja, o qual é severamente cobrado pelo Senhor quanto a sua árdua responsabilidade. Em nenhum momento há a suposição de um colegiado universal para decidir os rumos da Igreja sem a participação dos crentes.

Assim, o modelo bíblico privilegia a igreja local. Embora possa estar ligada a uma estrutura denominacional, à luz do Novo Testamento ela é soberana em sua constituição, ação e em seus atos disciplinares. É ela quem indica seus candidatos ao ministério e os submete aos critérios convencionais para a ordenação, e não o contrário.

Ou seja, o modelo que mais se aproxima do padrão primitivo é o que conjuga os principais aspectos do modelo congregacional com alguns aspectos do modelo presbiteriano.

4.0 A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UMA IGREJA

4.1 Os atos constitutivos

Uma igreja, para constituir-se, precisa basicamente de três documentos:

1) Ata da Assembléia constitutiva;

2) Estatuto, onde se determinam a natureza, os fins, as responsabilidades, a organização, a forma de governo, a competência, a administração e questões afins, e

3) Regimento Interno, onde se particularizam as normas da instituição, que não podem jamais conflitar com o Estatuto.

Uma coisa precisa ficar bastante clara nos atos constitutivos: como e porque a igreja foi constituída, bem como a denominação a que pertence, para que haja o seu reconhecimento segundo os critérios da convenção que abriga a denominação.

Só de posse desses documentos a igreja adquirirá personalidade jurídica e poderá cumprir perante a lei não só suas funções espirituais, mas suas atividades jurídicas e sociais, como, por exemplo, a aquisição e alienação de bens.

4.2 O organograma

O organograma é o ordenamento funcional da estrutura eclesiástica. Há pequenas diferenças de uma para outra, dependendo das peculiaridades locais, mas basicamente as igrejas adotam o seguinte modelo estrutural:

4.2.1 Assembléia

Compõe-se dos membros regulares e se constitui no poder máximo de discussão e decisão, cabendo aos órgãos da igreja cumprir o que for aprovado em Assembléia sob pena de prevaricação.

Há dois tipos de Assembléia: Ordinária e Extraordinária. A primeira trata dos assuntos do dia-a-dia. A segunda, dos assuntos que se constituem exceção, como: admissão ou exoneração do pastor, aquisição ou alienação de bens, aprovação ou reforma de Estatuto e aprovação ou reforma de Regimento Interno.

Em ambos os casos o Estatuto prevê o quorum necessário para que suas decisões sejam legitimas.

4.2.2 Diretoria

Compõe-se normalmente de presidente, dois vice-presidentes, dois secretários e dois tesoureiros e tem a responsabilidade de conduzir a administração. O mandato costuma ser bienal (tanto para os coordenadores de departamentos), a exceção do presidente, que, por ser simultaneamente o pastor, na tradição assembleiana, permanece à frente da igreja enquanto bem servir ou até quando deixar o pastorado por transferência, jubilação ou em virtude de alguma decisão disciplinar. O "bem servir", aqui, às vezes é letra morta, mas levado em conta o seu verdadeiro sentido significa o direito de a Igreja decidir pela exoneração de seu pastor nos casos exaustivamente comprovados em que ele não mais esteja "bem servindo" à Igreja.

Ao presidente cabe:

a) Convocar e dirigir todas as Assembléias, bem como as reuniões da Diretoria e do Corpo Ministerial;

b) Representar a igreja judicial e extrajudicialmente;

c) Assinar, com o 1º secretário e o 1º tesoureiro, escrituras de compra e venda, de hipoteca e de alienação de bens imóveis, sempre mediante autorização prévia e nos termos do Estatuto;

d) Assinar as atas das Assembléias da igreja, depois de aprovadas;

e) Assinar, com o 1º tesoureiro, cheques e outros documentos de crédito em conta conjunta;

f) Autorizar, com o 1º tesoureiro, todas as contas e gastos, assinando os recibos e demais documentos da tesouraria, de acordo com as decisões administrativas;

g) Velar pelo bom desempenho da igreja, observar e fazer cumprir o Estatuto, o Regimento Interno e as resoluções da Assembléia;

h) Representar, de fato, a igreja perante suas coirmãs e convenções. Na qualidade de pastor é também de sua responsabilidade a direção dos atos de cultos e das reuniões solenes, bem como a orientação espiritual e doutrinária dos membros.

4.2.3 Corpo ministerial

Compõe-se dos pastores que servem à igreja, seja na sede, seja nas congregações, os quais se reúnem sob convocação do presidente para a discussão prévia dos assuntos que serão levados à ordem do dia para a apreciação da Assembléia. Alguém poderá perguntar: onde entram os presbiteros? Faço coro com o saudoso pastor Alcebíades Pereira de Vasconcelos, que não concordava com a existência desse grupo "intermediário" em nossa tradição assembleiana, posto que "presbítero" é sinônimo de pastor com sentido de supervisão, superintendência.

4.2.4 Conselho Fiscal

Compõe-se normalmente de três membros, com a responsabilidade de auditar as contas da igreja e emitir parecer sobre o balancete a ser apreciado em Assembléia.

4.2.5 Departamento de Administração

Como o próprio nome indica, esse departamento cuida das questões administrativas e responde pelas seguintes áreas: Serviços Gerais, Diaconia, Obras, Compras e Almoxarifado, Patrimônio, Transportes, Segurança e Finanças.

4.2.6 Departamento de Evangelização e Missões

Estas são basicamente as suas áreas de atuação: Cruzadas Evangelísticas, Evangelismo Explosivo, Hospitais e Presídios, Casas de Recuperação, Grupos Alternativos, Missões Nacionais e Missões Transculturais.

4.2.7 Departamento de Educação Cristã

Estão sob sua responsabilidade as seguintes áreas: Escola Bíblica Dominical, Integração e Discipulado, Cursos Teológicos e Seminários de Formação e Reciclagem.

4.2.8 Departamento de Assistência Social

Compreende basicamente as seguintes tarefas: Atendimento Ambulatorial, Farmácia, Caixa Funerária, Cestas Básicas e Campanhas Sociais.

4.2.9 Departamento de Apoio Espiritual

O Departamento de Apoio Espiritual é de vital importância para a vida da igreja. Estão sob sua coordenação as seguintes áreas: Movimento de Oração, Visitação Doméstica, Apoio Pastoral e Aconselhamento.

4.2.10 Departamento de Música

Cuida dos Grupos Musicais, Equipe de Louvor e Formação de Músicos e Adoradores.

4.2.11 Departamento de Núcleos de Crescimento

Esta é outra área importante de sustentação do crescimento da igreja. Aqui estão os núcleos (ou grupos familiares), que dispõem de uma estrutura própria para o seu desenvolvimento assim estabelecido: coordenador geral, supervisores de áreas, dirigentes, vice-dirigentes e secretários de núcleos.

5.0 O RECEBIMENTO DE NOVOS MEMBROS

O crescimento da igreja é um alvo a ser constantemente buscado. Ele se dá em três direções: 1) crescimento vertical (para com Deus); 2) crescimento horizontal (uns para com os outros), e 3) crescimento quantitativo (a inclusão de novos membros). Os dois primeiros podem ser denominados de crescimento qualitativo. Eles representam os três primeiros objetivos da Declaração de Propósitos de Rick Warren: Celebrar a Deus, ministrar ao próximo e ensinar a obediência. O crescimento quantitativo corresponde aos dois últimos objetivos da mesma declaração: batizar e fazer discípulos. Uma igreja que cresce em qualidade o resultado será o crescimento quantitativo. Uma coisa chama a outra. Assim, há três maneiras de se receberem novos membros na igreja:

5.1 Pelo batismo

Os que se convertem devem ser preparados e levados ao batismo depois de assinarem a Declaração de Propósitos da igreja, tomando assim conhecimento de seus deveres e privilégios como membros do Corpo de Cristo.

5.2 Por carta de transferência

Aqui se refere àqueles que vêm com carta de transferência de outras igrejas. É conveniente que essas pessoas não sejam logo recebidas, mas passem por um "tempo sabático", conheçam primeiro a igreja para a qual estão se transferindo, leiam e assinem a Declaração de Propósitos para então se tornarem membros.

5.3 Recebimento de desviados

Neste caso, há duas considerações a fazer: se ele foi membro da mesma igreja e agora está de retorno, precisa renovar seus compromissos para ser recebido e dar claro testemunho de sua decisão. Mas se sua origem é diferente, é recomendável informar a sua nova condição à igreja de onde se desviou para que então possa ser livremente recebido após assinar a Declaração de Propósitos.

6.0 CONCLUSÃO

A Igreja, em sua concepção divina, rege-se pelos princípios maiores das Escrituras Sagradas. Em sua caminhada terrena, como comunidade local, submete-se às leis para que o seu funcionamento seja legitimamente reconhecido. Todavia, sempre que houver colisão entre as leis humanas e as leis de Deus estas continuarão sendo o nosso padrão absoluto de referência para o nosso viver eclesiástico.

 

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

CONCEITUAÇÕES

I. CONCEITO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

O termo "administração" vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência), designa o desempenho de tarefas de direção dos assuntos de um grupo. O conceito de Administração é bastante amplo, mas em todas as definições existem duas palavras-chave: gerenciamento e organização. Isso pode ser comprovado nas palavras dos estudiosos Stoner e Feeman, os quais ensinam que Administração é o ''processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar os objetivos definidos"

A administração é uma ciência social que está relacionada a todas as atividades que envolvem planejamento, organização, direção e controle. [...] a tarefa da administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transformálos em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira mais adequada à situação.

A administração já foi chamada de "a arte de fazer as coisas através de pessoas". Esta definição foi dada por Mary Parker Follet.

A administração é essencial em toda a cooperação organizada (e a igreja se enquadra), é a ação de dirigir o bom andamento dos propósitos estabelecidos. Em nosso caso, como igreja. O pastor, presbítero, tem que acompanhar os objetivos propostos pela igreja e transformá-los em ação através de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis a fim de atingir tais objetivos.

1.1 ORIGEM

Desde o início dos primeiros grupos sociais, a fim de conduzir bem os trabalhos, criouse a necessidade de estabelecer uma escala de comando cuja função seria dirigir e gerir esses trabalhos coletivos. Diga-se de passagem, que a Igreja é um agrupamento humano com um objetivo a ser alcançado, um propósito a ser atingido, um alvo para cumprir.

A administração é necessária pois desde muito cedo verificou-se que é impossível ao homem realizar a maioria das atividades que a própria sobrevivência lhe exigia, sem o auxílio de outras pessoas. Mas esse auxílio só poderia ser eficaz em determinadas circunstâncias, que pouco a pouco passou a conhecer. Como resultado imediato, surgiu um conjunto de atividades e de atitudes que tomaria o nome de administração e que, com o decorrer do tempo, se transformou num campo definido de conhecimentos científicos.

Muitos autores têm negado que a administração constitua uma ciência na exata expressão da palavra. Na verdade, toda ciência se caracteriza pelo conhecimento metodizado da verdade em relação a um conjunto definido de fenômenos ou fatos. Se bem que, como todas as ciências sociais, a administração apresente uma grande complexidade, devido aos inúmeros fatores integrantes de seus fenômenos.

A administração apareceu como ciência independente no fim do século XIX. "Todo homem procura obter o máximo com o mínimo de esforço". Este princípio determinou a procura do rendimento máximo para qualquer atividade humana e, conseqüentemente, o estudo de como obter esse rendimento. Frederick W. Taylor nos estados Unidos já no século XVIII comprovou que a baixa produção em qualquer atividade se deve à falta de uma metodologia da produção.

A realização de um objetivo, porém, se faz por meio de um processo divisível em partes ou etapas que, na sua continuação, levam ao resultado final. Essas etapas podem ser definidas e caracterizadas por funções específicas, marcadas por um grau maior ou menor de dificuldades que exigirão um grau maior ou menor de especialização. Assim o processo de realização de um objetivo pode ser estudado como uma série de funções especializadas; funções que devem ser reunidas para se obter, da forma mais eficiente, o resultado almejado.

A ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

Embora possamos adotar alguns princípios da administração secular, não obstante, a Igreja precisa ser norteada por outros princípios. Em virtude de sua natureza, a Igreja não se confunde com nenhuma sociedade ou grupos éticos. A sua corporalidade, organicidade, fraternidade, unicidade e consensualidade nascem, estruturam-se e se perpetuam na regeneração em Cristo Jesus, o criador da comunhão dos santos.

A missão da igreja é ser serva de Jesus Cristo pelo culto permanente e exclusivo à Trindade; pelo amor interno, que confraterniza seus membros; pela fidelidade às Escrituras; pela igualdade de seus componentes; pela missão evangelizadora entre todos os povos; pelo incansável testemunho cristão.

1) O Termo Bíblico para Administração

A palavra "administração de uma casa". NO VT as ocorrências deste termo são poucas e centram ao redor do ofício do mordomo de uma casa; um administrador de palácio (Cf. Is 22: 19,21). O Testamento Novo contém só vinte ocorrências totais de todas as formas que Notavelmente, acontece em Lc 16:1-17 na Parábola do Mordomo Injusto. Lucas usa o palavra intercabiavelmente em outro lugar o significado é mais provável a alguém que administra uma casa.

A significação teológica e pastoral vem quando Paulo usa a palavra em referência para a tarefa apostólica dele (I Co 4:2; Tt 1:7; I Pe 4:1 O). A conexão para (casa) é de importância óbvia. As pessoas de Deus, a comunidade de Deus, são a casa dele que ele constrói pelo trabalho desses que ele chamou à tarefa, a quem ele confia o cargo de despenseiro da casa. Eles não são chamados para olhar seus próprios negócios domésticos mas eles são os mordomos dos bens a eles confiados para dar contas de sua administração. (I Co 9:17, Ef 3:9) Nestas duas passagens a ênfase de Paulo é que o pastor é alguém que cuida das coisas da casa de Deus.

2) Funções privativas.

a) Administrar os sacramentos.

b) Invocar a Benção Apostólica sobre o povo de Deus.

c) Celebrar casamento religioso com efeito civil.

d) Orientar e supervisionar a liturgia na Igreja de que é pastor.

3) Atribuições.

a) Orar com o rebanho e por ele.

b) Apascentá-lo na doutrina Cristã.

c) Exercer as suas funções com zelo.

d) Orientar e superintender as atividades da Igreja, a fim de tomar eficiente a vida espiritual do povo de Deus.

e) Prestar assistência pastoral.

f) Instruir os neófitos, dedicar atenção à infância, à adolescência, à mocidade, bem como aos necessitados, aflitos, enfermos e desviados.

g) Exercer, juntamente com outros presbíteros, o poder coletivo de governo.

IV. FUNÇÕES PRECÍPUAS DA ADMINISTRAÇÃO

Como já afirmamos anteriormente, Stoner e Feeman, ensinam que Administração é o "processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar os objetivos definidos"

Veremos agora, quatro aspectos do processo da administração secular e que são também importantes na vida da igreja:

1) Planejar:

Significa estabelecer os objetivos da igreja, especificando a forma como eles serão alcançados. Parte de uma sondagem do presente, passado e futuro, desenvolvendo um plano de ações para atingir os objetivos traçados. É a primeira das funções, já que servirá de base diretora à operacionalização das outras funções. Ao fazer o planejamento perguntamos: o que queremos, quais são os nossos objetivos, qual nossa missão; que recursos dispomos e quais deveremos buscar; quem nos irá ajudar nesta tarefa, etc.

2) Organizar:

É a forma de coordenar todos os recursos da igreja, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento estabelecido.

3) Dirigir ou liderar:

Contrate e forme líderes que administrem a igreja. Guardada as devidas proporções, é como um jogo de futebol, que em cada jogo (obstáculo) tenha que ser vencido para que se ganhe o campeonato (planejamento). Motivar e incentivar a equipe.

Delegue autoridade e responsabilidade e cobre resultados. Elogie, premie, e comemore. Lidere a equipe motivada e satisfeita para que o time alcance os objetivos. O trabalho em equipe é que leva a igreja a ter sucesso pois acabou a era do "eu sozinho". Não acredito na administração democrática, mas sim na participativa, onde as equipes envolvidas nos processos eleitos para se atingir os objetivos do planejamento buscam juntas as soluções.

4) Controle ou Coordenação:

O que não é medido é difícil de ser avaliado. O que não é cobrado não é feito. Esta atividade é que nos permite dirigir e corrigir os trabalhos que não estão sendo feitos dentro do nosso planejamento. Com o controle o líder pode premiar as equipes que atingem os objetivos.

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