1.0 DEFINIÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO
1.1 Administração não é algo aleatório
Administração não é algo que se faz de
maneira aleatória. Ela exige que haja uma estrutura formal e bem estabelecida,
na qual sobressaem a um só tempo quatro palavras-chaves: objetivo, organização,
planejamento e comando. Sem essas premissas não se chega a lugar algum.
Qualquer empreendimento, para cumprir
suas finalidades, terá de ter, portanto, objetivos bem definidos, organização
com seqüências lógicas, simples e precisas, planejamento que preveja todas as
etapas do processo e comando capaz de gerir a administração.
1.2 Administração é trazer
funcionalidade
Assim, administrar, em linhas gerais, é
fazer com que as coisas funcionem. É tirá-las da inércia e torná-las eficientes
e eficazes. É, portanto, exercer uma boa liderança à luz dos princípios há
pouco discutidos para que os propósitos da organização sejam alcançados,
cumprindo assim a finalidade de sua existência.
1.3 O que é administração eclesiástica
A administração eclesiástica, portanto,
se insere na mesma definição. Só que sua concepção é divina para atuar na
esfera humana. De um lado é um organismo vivo, que atua como agente do Reino de
Deus, e de outro é uma organização que precisa dispor de todas as ferramentas
humanas para a realização de seus objetivos.
Mas há uma diferença: como a Igreja tem
propósitos não só para esta vida, mas também para a eternidade, exige, por isso
mesmo, dedicação que muitas vezes foge aos parâmetros humanos.
A título de exemplo, numa organização
secular quem negligencia suas tarefas e deixa de ser produtivo corre o risco de
ser demitido na primeira oportunidade. Na igreja é diferente: toda a sua estrutura
precisa estar voltada para restaurar o indivíduo e fazer com que ele retorne à
mesma fé.
É óbvio que não se excluem medidas
disciplinares, quando necessárias, mas mesmo neste caso o objetivo é sempre
restaurar, nunca lançar no inferno. A igreja jamais pode dar motivo para que
alguém, no juízo, alegue ter perdido a salvação por ter sido abandonado à beira
da estrada.
Isto implica em afirmar que a
finalidade básica da igreja, qualquer que seja o modelo administrativo, é
aperfeiçoar os santos para a obra do ministério e levá-los à medida da estatura
completa de Cristo.
2.0 MODELOS DE GOVERNO ECLESIÁSTICO
Segundo o livro Administração
Eclesiástica (CPAD), corroborado por outros autores de igual jaez, há pelo
menos três modelos de governo eclesiástico: episcopal ou prelático,
presbiteriano ou oligárquico e congregacional ou independente.
2.1 Episcopal ou prelático
No sistema episcopal o poder pertence
aos bispos diocesanos e ao clero mais alto, como acontece nas igrejas romana,
grega, anglicana e na maior parte das igrejas orientais.
2.2 Presbiteriano ou oligárquico
Aqui o poder emana das assembléias,
sínodos, presbitérios e sessões, como acontece na igreja escocesa, luterana e
nas igrejas presbiterianas.
2.3 Congregacional ou independente
Neste modelo sobressai o autogoverno,
ou seja, cada igreja se administra mediante a voz da maioria de seus membros,
como sucede entre os batistas, os congregacionais e alguns outros grupos
evangélicos.
3.0 OS MODELOS DE GOVERNO E O PADRÃO PRIMITIVO
Neste ponto surge uma pergunta: que
modelo se adequa aos princípios bíblicos para a Igreja? Comecemos por
eliminação. O modelo episcopal é o que mais se distancia do padrão primitivo,
pois exclui a participação da Assembléia nas decisões e põe todo o peso no
colegiado de bispos ou no próprio Papa, em se tratando do romanismo, que possui
o infalível e exclusivo poder de comandar a igreja.
O livro de Atos e as epístolas mostram,
ao contrário, uma igreja participativa com ênfase para o governo local
conduzido pelo pastor, bispo ou presbítero (são termos sinônimos), com o apoio
da junta diaconal para as atividades temporais da igreja e tendo a Assembléia
como o poder máximo de decisão.
Os principais historiadores são
unânimes em reconhecer que esse era o modelo da igreja primitiva. Moshiem,
citado em Administração Eclesiástica, afirma que “a voz principal pertencia ao
povo, ou seja, a todo o grupo de cristãos”. Os líderes locais reuniam-se para o
estudo prévio dos assuntos (At 15.6), mas qualquer decisão era tomada pela
igreja (At 15.22).
As cartas do Apocalipse reforçam a
tese. Perceba que elas não se destinam a um colegiado de bispos ou a um Sumo
Pontífice, mas ao líder de cada igreja, o qual é severamente cobrado pelo
Senhor quanto a sua árdua responsabilidade. Em nenhum momento há a suposição de
um colegiado universal para decidir os rumos da Igreja sem a participação dos
crentes.
Assim, o modelo bíblico privilegia a
igreja local. Embora possa estar ligada a uma estrutura denominacional, à luz
do Novo Testamento ela é soberana em sua constituição, ação e em seus atos
disciplinares. É ela quem indica seus candidatos ao ministério e os submete aos
critérios convencionais para a ordenação, e não o contrário.
Ou seja, o modelo que mais se aproxima
do padrão primitivo é o que conjuga os principais aspectos do modelo
congregacional com alguns aspectos do modelo presbiteriano.
4.0 A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UMA
IGREJA
4.1 Os atos constitutivos
Uma igreja, para constituir-se, precisa
basicamente de três documentos:
1) Ata da Assembléia constitutiva;
2) Estatuto, onde se determinam a
natureza, os fins, as responsabilidades, a organização, a forma de governo, a
competência, a administração e questões afins, e
3) Regimento Interno, onde se
particularizam as normas da instituição, que não podem jamais conflitar com o
Estatuto.
Uma coisa precisa ficar bastante clara
nos atos constitutivos: como e porque a igreja foi constituída, bem como a
denominação a que pertence, para que haja o seu reconhecimento segundo os
critérios da convenção que abriga a denominação.
Só de posse desses documentos a igreja
adquirirá personalidade jurídica e poderá cumprir perante a lei não só suas
funções espirituais, mas suas atividades jurídicas e sociais, como, por
exemplo, a aquisição e alienação de bens.
4.2 O organograma
O organograma é o ordenamento funcional
da estrutura eclesiástica. Há pequenas diferenças de uma para outra, dependendo
das peculiaridades locais, mas basicamente as igrejas adotam o seguinte modelo
estrutural:
4.2.1 Assembléia
Compõe-se dos membros regulares e se
constitui no poder máximo de discussão e decisão, cabendo aos órgãos da igreja
cumprir o que for aprovado em Assembléia sob pena de prevaricação.
Há dois tipos de Assembléia: Ordinária
e Extraordinária. A primeira trata dos assuntos do dia-a-dia. A segunda, dos
assuntos que se constituem exceção, como: admissão ou exoneração do pastor,
aquisição ou alienação de bens, aprovação ou reforma de Estatuto e aprovação ou
reforma de Regimento Interno.
Em ambos os casos o Estatuto prevê o
quorum necessário para que suas decisões sejam legitimas.
4.2.2 Diretoria
Compõe-se normalmente de presidente,
dois vice-presidentes, dois secretários e dois tesoureiros e tem a
responsabilidade de conduzir a administração. O mandato costuma ser bienal
(tanto para os coordenadores de departamentos), a exceção do presidente, que,
por ser simultaneamente o pastor, na tradição assembleiana, permanece à frente
da igreja enquanto bem servir ou até quando deixar o pastorado por
transferência, jubilação ou em virtude de alguma decisão disciplinar. O
"bem servir", aqui, às vezes é letra morta, mas levado em conta o seu
verdadeiro sentido significa o direito de a Igreja decidir pela exoneração de
seu pastor nos casos exaustivamente comprovados em que ele não mais esteja
"bem servindo" à Igreja.
Ao presidente cabe:
a) Convocar e dirigir todas as
Assembléias, bem como as reuniões da Diretoria e do Corpo Ministerial;
b) Representar a igreja judicial e
extrajudicialmente;
c) Assinar, com o 1º secretário e o 1º
tesoureiro, escrituras de compra e venda, de hipoteca e de alienação de bens
imóveis, sempre mediante autorização prévia e nos termos do Estatuto;
d) Assinar as atas das Assembléias da
igreja, depois de aprovadas;
e) Assinar, com o 1º tesoureiro,
cheques e outros documentos de crédito em conta conjunta;
f) Autorizar, com o 1º tesoureiro,
todas as contas e gastos, assinando os recibos e demais documentos da
tesouraria, de acordo com as decisões administrativas;
g) Velar pelo bom desempenho da igreja,
observar e fazer cumprir o Estatuto, o Regimento Interno e as resoluções da
Assembléia;
h) Representar, de fato, a igreja
perante suas coirmãs e convenções. Na qualidade de pastor é também de sua
responsabilidade a direção dos atos de cultos e das reuniões solenes, bem como
a orientação espiritual e doutrinária dos membros.
4.2.3 Corpo ministerial
Compõe-se dos pastores que servem à
igreja, seja na sede, seja nas congregações, os quais se reúnem sob convocação
do presidente para a discussão prévia dos assuntos que serão levados à ordem do
dia para a apreciação da Assembléia. Alguém poderá perguntar: onde entram os
presbiteros? Faço coro com o saudoso pastor Alcebíades Pereira de Vasconcelos,
que não concordava com a existência desse grupo "intermediário" em
nossa tradição assembleiana, posto que "presbítero" é sinônimo de
pastor com sentido de supervisão, superintendência.
4.2.4 Conselho Fiscal
Compõe-se normalmente de três membros,
com a responsabilidade de auditar as contas da igreja e emitir parecer sobre o
balancete a ser apreciado em Assembléia.
4.2.5 Departamento de Administração
Como o próprio nome indica, esse
departamento cuida das questões administrativas e responde pelas seguintes
áreas: Serviços Gerais, Diaconia, Obras, Compras e Almoxarifado, Patrimônio,
Transportes, Segurança e Finanças.
4.2.6 Departamento de Evangelização e
Missões
Estas são basicamente as suas áreas de
atuação: Cruzadas Evangelísticas, Evangelismo Explosivo, Hospitais e Presídios,
Casas de Recuperação, Grupos Alternativos, Missões Nacionais e Missões
Transculturais.
4.2.7 Departamento de Educação Cristã
Estão sob sua responsabilidade as
seguintes áreas: Escola Bíblica Dominical, Integração e Discipulado, Cursos
Teológicos e Seminários de Formação e Reciclagem.
4.2.8 Departamento de Assistência
Social
Compreende basicamente as seguintes
tarefas: Atendimento Ambulatorial, Farmácia, Caixa Funerária, Cestas Básicas e
Campanhas Sociais.
4.2.9 Departamento de Apoio Espiritual
O Departamento de Apoio Espiritual é de
vital importância para a vida da igreja. Estão sob sua coordenação as seguintes
áreas: Movimento de Oração, Visitação Doméstica, Apoio Pastoral e
Aconselhamento.
4.2.10 Departamento de Música
Cuida dos Grupos Musicais, Equipe de
Louvor e Formação de Músicos e Adoradores.
4.2.11 Departamento de Núcleos de
Crescimento
Esta é outra área importante de
sustentação do crescimento da igreja. Aqui estão os núcleos (ou grupos
familiares), que dispõem de uma estrutura própria para o seu desenvolvimento
assim estabelecido: coordenador geral, supervisores de áreas, dirigentes,
vice-dirigentes e secretários de núcleos.
5.0 O RECEBIMENTO DE NOVOS MEMBROS
O crescimento da igreja é um alvo a ser
constantemente buscado. Ele se dá em três direções: 1) crescimento vertical
(para com Deus); 2) crescimento horizontal (uns para com os outros), e 3)
crescimento quantitativo (a inclusão de novos membros). Os dois primeiros podem
ser denominados de crescimento qualitativo. Eles representam os três primeiros
objetivos da Declaração de Propósitos de Rick Warren: Celebrar a Deus,
ministrar ao próximo e ensinar a obediência. O crescimento quantitativo
corresponde aos dois últimos objetivos da mesma declaração: batizar e fazer
discípulos. Uma igreja que cresce em qualidade o resultado será o crescimento
quantitativo. Uma coisa chama a outra. Assim, há três maneiras de se receberem
novos membros na igreja:
5.1 Pelo batismo
Os que se convertem devem ser
preparados e levados ao batismo depois de assinarem a Declaração de Propósitos
da igreja, tomando assim conhecimento de seus deveres e privilégios como
membros do Corpo de Cristo.
5.2 Por carta de transferência
Aqui se refere àqueles que vêm com
carta de transferência de outras igrejas. É conveniente que essas pessoas não
sejam logo recebidas, mas passem por um "tempo sabático", conheçam
primeiro a igreja para a qual estão se transferindo, leiam e assinem a
Declaração de Propósitos para então se tornarem membros.
5.3 Recebimento de desviados
Neste caso, há duas considerações a
fazer: se ele foi membro da mesma igreja e agora está de retorno, precisa
renovar seus compromissos para ser recebido e dar claro testemunho de sua
decisão. Mas se sua origem é diferente, é recomendável informar a sua nova
condição à igreja de onde se desviou para que então possa ser livremente
recebido após assinar a Declaração de Propósitos.
6.0 CONCLUSÃO
A Igreja, em sua concepção divina,
rege-se pelos princípios maiores das Escrituras Sagradas. Em sua caminhada
terrena, como comunidade local, submete-se às leis para que o seu funcionamento
seja legitimamente reconhecido. Todavia, sempre que houver colisão entre as
leis humanas e as leis de Deus estas continuarão sendo o nosso padrão absoluto
de referência para o nosso viver eclesiástico.
ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA
CONCEITUAÇÕES
I. CONCEITO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO
O termo "administração" vem
do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência),
designa o desempenho de tarefas de direção dos assuntos de um grupo. O conceito
de Administração é bastante amplo, mas em todas as definições existem duas
palavras-chave: gerenciamento e organização. Isso pode ser comprovado nas
palavras dos estudiosos Stoner e Feeman, os quais ensinam que Administração é o
''processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros
da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para
alcançar os objetivos definidos"
A administração é uma ciência social
que está relacionada a todas as atividades que envolvem planejamento, organização,
direção e controle. [...] a tarefa da administração é a de interpretar os
objetivos propostos pela organização e transformálos em ação organizacional por
meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços
realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a fim de
alcançar tais objetivos de maneira mais adequada à situação.
A administração já foi chamada de
"a arte de fazer as coisas através de pessoas". Esta definição foi
dada por Mary Parker Follet.
A administração é essencial em toda a
cooperação organizada (e a igreja se enquadra), é a ação de dirigir o bom
andamento dos propósitos estabelecidos. Em nosso caso, como igreja. O pastor,
presbítero, tem que acompanhar os objetivos propostos pela igreja e transformá-los
em ação através de planejamento, organização, direção e controle de todos os
esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis a fim de atingir
tais objetivos.
1.1 ORIGEM
Desde o início dos primeiros grupos
sociais, a fim de conduzir bem os trabalhos, criouse a necessidade de
estabelecer uma escala de comando cuja função seria dirigir e gerir esses
trabalhos coletivos. Diga-se de passagem, que a Igreja é um agrupamento humano
com um objetivo a ser alcançado, um propósito a ser atingido, um alvo para
cumprir.
A administração é necessária pois desde
muito cedo verificou-se que é impossível ao homem realizar a maioria das
atividades que a própria sobrevivência lhe exigia, sem o auxílio de outras
pessoas. Mas esse auxílio só poderia ser eficaz em determinadas circunstâncias,
que pouco a pouco passou a conhecer. Como resultado imediato, surgiu um
conjunto de atividades e de atitudes que tomaria o nome de administração e que,
com o decorrer do tempo, se transformou num campo definido de conhecimentos científicos.
Muitos autores têm negado que a
administração constitua uma ciência na exata expressão da palavra. Na verdade,
toda ciência se caracteriza pelo conhecimento metodizado da verdade em relação
a um conjunto definido de fenômenos ou fatos. Se bem que, como todas as
ciências sociais, a administração apresente uma grande complexidade, devido aos
inúmeros fatores integrantes de seus fenômenos.
A administração apareceu como ciência
independente no fim do século XIX. "Todo homem procura obter o máximo com
o mínimo de esforço". Este princípio determinou a procura do rendimento
máximo para qualquer atividade humana e, conseqüentemente, o estudo de como
obter esse rendimento. Frederick W. Taylor nos estados Unidos já no século
XVIII comprovou que a baixa produção em qualquer atividade se deve à falta de
uma metodologia da produção.
A realização de um objetivo, porém, se
faz por meio de um processo divisível em partes ou etapas que, na sua
continuação, levam ao resultado final. Essas etapas podem ser definidas e
caracterizadas por funções específicas, marcadas por um grau maior ou menor de
dificuldades que exigirão um grau maior ou menor de especialização. Assim o
processo de realização de um objetivo pode ser estudado como uma série de
funções especializadas; funções que devem ser reunidas para se obter, da forma
mais eficiente, o resultado almejado.
A ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA
Embora possamos adotar alguns
princípios da administração secular, não obstante, a Igreja precisa ser
norteada por outros princípios. Em virtude de sua natureza, a Igreja não se
confunde com nenhuma sociedade ou grupos éticos. A sua corporalidade,
organicidade, fraternidade, unicidade e consensualidade nascem, estruturam-se e
se perpetuam na regeneração em Cristo Jesus, o criador da comunhão dos santos.
A missão da igreja é ser serva de Jesus
Cristo pelo culto permanente e exclusivo à Trindade; pelo amor interno, que
confraterniza seus membros; pela fidelidade às Escrituras; pela igualdade de
seus componentes; pela missão evangelizadora entre todos os povos; pelo
incansável testemunho cristão.
1) O Termo Bíblico para Administração
A palavra "administração de uma
casa". NO VT as ocorrências deste termo são poucas e centram ao redor do
ofício do mordomo de uma casa; um administrador de palácio (Cf. Is 22: 19,21).
O Testamento Novo contém só vinte ocorrências totais de todas as formas que
Notavelmente, acontece em Lc 16:1-17 na Parábola do Mordomo Injusto. Lucas usa
o palavra intercabiavelmente em outro lugar o significado é mais provável a alguém
que administra uma casa.
A significação teológica e pastoral vem
quando Paulo usa a palavra em referência para a tarefa apostólica dele (I Co
4:2; Tt 1:7; I Pe 4:1 O). A conexão para (casa) é de importância óbvia. As
pessoas de Deus, a comunidade de Deus, são a casa dele que ele constrói pelo
trabalho desses que ele chamou à tarefa, a quem ele confia o cargo de
despenseiro da casa. Eles não são chamados para olhar seus próprios negócios
domésticos mas eles são os mordomos dos bens a eles confiados para dar contas
de sua administração. (I Co 9:17, Ef 3:9) Nestas duas passagens a ênfase de
Paulo é que o pastor é alguém que cuida das coisas da casa de Deus.
2) Funções privativas.
a) Administrar os sacramentos.
b) Invocar a Benção Apostólica sobre o
povo de Deus.
c) Celebrar casamento religioso com
efeito civil.
d) Orientar e supervisionar a liturgia
na Igreja de que é pastor.
3) Atribuições.
a) Orar com o rebanho e por ele.
b) Apascentá-lo na doutrina Cristã.
c) Exercer as suas funções com zelo.
d) Orientar e superintender as
atividades da Igreja, a fim de tomar eficiente a vida espiritual do povo de
Deus.
e) Prestar assistência pastoral.
f) Instruir os neófitos, dedicar
atenção à infância, à adolescência, à mocidade, bem como aos necessitados, aflitos,
enfermos e desviados.
g) Exercer, juntamente com outros
presbíteros, o poder coletivo de governo.
IV. FUNÇÕES PRECÍPUAS DA ADMINISTRAÇÃO
Como já afirmamos anteriormente, Stoner
e Feeman, ensinam que Administração é o "processo de planejar, organizar,
liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os
recursos disponíveis da organização para alcançar os objetivos definidos"
Veremos agora, quatro aspectos do
processo da administração secular e que são também importantes na vida da
igreja:
1) Planejar:
Significa estabelecer os objetivos da
igreja, especificando a forma como eles serão alcançados. Parte de uma sondagem
do presente, passado e futuro, desenvolvendo um plano de ações para atingir os
objetivos traçados. É a primeira das funções, já que servirá de base diretora à
operacionalização das outras funções. Ao fazer o planejamento perguntamos: o
que queremos, quais são os nossos objetivos, qual nossa missão; que recursos
dispomos e quais deveremos buscar; quem nos irá ajudar nesta tarefa, etc.
2) Organizar:
É a forma de coordenar todos os
recursos da igreja, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor
forma segundo o planejamento estabelecido.
3) Dirigir ou liderar:
Contrate e forme líderes que
administrem a igreja. Guardada as devidas proporções, é como um jogo de
futebol, que em cada jogo (obstáculo) tenha que ser vencido para que se ganhe o
campeonato (planejamento). Motivar e incentivar a equipe.
Delegue autoridade e responsabilidade e
cobre resultados. Elogie, premie, e comemore. Lidere a equipe motivada e
satisfeita para que o time alcance os objetivos. O trabalho em equipe é que
leva a igreja a ter sucesso pois acabou a era do "eu sozinho". Não
acredito na administração democrática, mas sim na participativa, onde as
equipes envolvidas nos processos eleitos para se atingir os objetivos do
planejamento buscam juntas as soluções.
4) Controle ou Coordenação:
O que não é medido é difícil de ser avaliado. O que não é cobrado não é feito. Esta atividade é que nos permite dirigir e corrigir os trabalhos que não estão sendo feitos dentro do nosso planejamento. Com o controle o líder pode premiar as equipes que atingem os objetivos.
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