TEOLOGIA MINISTERIAL II

 

A Liderança da Igreja

Independente do tipo de governo que as igrejas tenham, é inegável a necessidade de líderes. Sempre foi assim desde o início da igreja : O NT mostra que havia líderes na Judeia (At 11.29,30), Paulo instituiu líderes na Galácia (At 14.23), os líderes da igreja se reuniram em Jerusalém (At 15) e havia presbíteros e diáconos nas igrejas (At 20.17; e Fp 1.1).

TIPOS DE LÍDER

Apesar de o NT mencionar presbíteros e diáconos na liderança das igrejas, nem todas as denominações adotam essa divisão. Textos bíblicos que falam muito sobre o assunto são Tito 1 e 1 Timóteo 3. Esses dois textos demonstram que as palavras "presbítero" e "bispos" (supervisores) são termos intercambiáveis e se referem à mesma pessoa. Outras evidências dessa realidade são:

Paulo usa os dois termos se referindo às mesmas pessoas no mesmo parágrafo (Tt 1.5-7);

Paulo chama os presbíteros de Éfeso de "bispos" (At 20.17,28);

Em 1 Tm 3.1-13 e Fp 1.1, Paulo cita apenas bispos e diáconos, sem se referir a presbíteros, embora 1 Tm 5.17 os identifique na igreja.

MINISTÉRIO DOS PRESBÍTEROS

Os deveres dos presbíteros são:

a) Governar -

O presbítero deve liderar (1 Tm 5.17; Hb 13.17), não como dominador, mas sem perder a autoridade (1 Pe 5.3; Hb 13.7);

b) Guardar a verdade -

Proclamar e explicar as doutrinas reveladas nas Escrituras (Tt 1.9), buscando ser capacitado para tanto (1 Tm 3.2);

c) Ter um bom caráter -

As qualificações necessárias ao caráter do presbítero, conforme 1Tm 3.1-7 e Tt 1.5-9, são:

Irrepreensível; Marido de uma esposa;  Temperante;  Sóbrio;

Modesto; Hospitaleiro; Apto para ensinar; Não dado ao vinho; Não violento; Amável; Inimigo de contendas; Não ganancioso; Não irascível; Governar bem o lar; Não orgulhoso; Não inexperiente; De bom testemunho.

Os presbíteros eram escolhidos e investidos nessa função, nos dias do NT, quando eram fundadas novas igrejas (At 14.23; Tt 1.5). Os apóstolos, os presbíteros e a congregação participavam desse processo.

Exemplos disso:

Paulo e Barnabé tiveram a imposição de mãos da igreja e foram enviados (At 13.3);

Os presbíteros impuseram as mãos sobre Timóteo (1 Tm 4.14);

Tito nomeou presbíteros em Creta (Tt 1.5);

Paulo alertou sobre a imposição precipitada de mãos (1 Tm 5.22).

MINISTÉRIO DOS DIÁCONOS

A palavra diácono quer dizer ministro ou servo. A diaconia (serviço) é um ministério geral que pode ser oficial ou não. Entretanto, a Bíblia especifica as qualificações de homens que assumiam um cargo oficial na igreja com o nome de diácono (Fp 1.1). Tais qualificações são semelhantes e paralelas às do presbítero (1 Tm 3.8-13).

A imposição de mãos, nesse caso, tem o significado de reconhecimento, aprovação e apoio ao ministério de quem é feito presbítero.

As Ordenanças da Igreja

Ordenanças são ordens dadas por Cristo à Igreja com a intenção de lembrar e simbolizar verdades fundamentais. Diferente do conceito de "sacramento", as ordenanças não têm a intenção de serem veículos de graça. Apesar das diferenças entre diversas denominações no que tange à intenção e número das ordenanças, cremos que são identificadas como ordenanças o batismo e a ceia.

O BATISMO

A palavra batismo vem do grego baptisma e baptizo, que significa imergir, submergir. Assim, ele deve ser feito pela imersão total do crente na água (Mt 3.16; Jo 3.23; At 8.36-39). O batismo deve ser ministrado somente a adultos ou, eventualmente, a crianças que já entenderam e aceitaram o evangelho. O batismo por imersão atinge os quatro objetivos do batismo:

A profissão pública de fé; objetivo principal (1 Pd 3.21);

A identificação do batizando com os demais discípulos de Jesus (Mt 28.19);

A representação da lavagem espiritual (At 22.16 cf. 1 Co 6.11);

A representação da morte do crente para o mundo e de sua ressurreição para uma nova vida (Rm 6.4; Cl 2.12).

O batismo tem seu significado associado às ideias de:

Perdão (At 2.38; 22.16);

União com Cristo (Rm 6.1-10);

Fazer discípulos (Mt 28.19);

Arrependimento (At 2.38).

O Novo Testamento apresenta o batismo rendendo-lhe uma posição importante que pode ser notada nos seguintes textos:

O batismo de Jesus (Mt 3.16);

A orientação de Cristo para o batismo dos seus discípulos (Jo 4.1-3);

A ordem de Cristo para que a igreja batizasse os futuros discípulos (Mt 28.19);

Lugar de destaque na vida da igreja primitiva (At 2.38,41; 8.12,13,36; 9.18; 10.47,48; 16.15,33; 18.8; 19.5);

O NT usa para retratar ou simbolizar verdades teológicas importantes (Rm 6.1-10; Gl 3.27; 1Pe 3.21).

2 - A CEIA DO SENHOR

A Ceia do Senhor é uma ordenança dada pelo Senhor Jesus Cristo cuja validade dura até seu retorno para os seus. Trata-se de um "memorial" em que, de modo algum, o corpo e sangue de Cristo estão presentes nos elementos da ceia, nem tampouco é esse um momento revestido de qualquer misticismo.

As principais visões sobre a Ceia do Senhor são:

a) Transubstanciação (católicos romanos)? Pão e vinho, literalmente, transformam-se em corpo e sangue de Cristo. Os que os recebem participam de Cristo, que é sacrificado para reconciliação de pecados;

b) Consubstanciação (luteranos)? Pão e vinho contêm o corpo e o sangue de Cristo. Não há uma transformação literal, mas a presença de Cristo se dá em sentido real. Cristo está presente "em, com e sob" os elementos. Os participantes recebem perdão de pecados e confirmação da sua fé por meio da participação nos elementos. Mesmo os descrentes são beneficiados por ela;

c) Presença espiritual (presbiterianos)? Cristo não está literalmente presente nos elementos, mas há uma presença espiritual. Os participantes recebem graça pela participação, porém, não pelos elementos e sim por meio da fé. Sem benefícios para incrédulos;

d) Memorial (batistas)? Os elementos são pão e vinho somente. Cristo não está especialmente presente, nem física, nem espiritualmente. Sua presença é a mesma experimentada costumeiramente pela sua igreja. É um memorial realizado pelos participantes. Simboliza Cristo e sua morte, não seu corpo literal. Nenhuma graça é transmitida.

Por que cremos que a Ceia do Senhor é um "MEMORIAL"?

a) Porque a expressão "isto é meu corpo" (Mt 26.26; 1 Co 11.24) é uma figura de linguagem (metáfora) que na verdade quer dizer "isto simboliza meu corpo". Esse é o mesmo modo de interpretar expressões como "eu sou o pão da vida" ou "eu sou o pão vivo que desceu dos céus" (Jo 6.48,51), "eu sou a luz do mundo" (Jo 8.12), "eu sou a porta das ovelhas" (Jo 10.7,9) e "eu sou a videira verdadeira" (Jo 15.1).

Tomar literalmente "isto é meu corpo" trará também grandes dificuldades para interpretarmos frases como "porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão" (1 Co 10.17);

b) Quando Jesus disse "isto é meu corpo", a Bíblia diz que ele "tomou um pão" (Mt 26.26; Mc 14.22; Lc 22.19). Nessa ocasião, o corpo real de Jesus segurava o pão em vez de integrá-lo;

c) Porque, apesar da onipresença divina, o corpo de Cristo foi elevado aos céus (At 1.9,11; 7.55, 56) e haverá uma presença corporal de Jesus na Terra apenas na sua segunda vinda (At 1.11; Lc 21.27; e 1Ts 1.10) de modo que seu corpo não está presente na terra no momento da ceia;

d) O texto de 1 Co 10.16, usado para defender uma suposta presença especial de Cristo na ceia, não tem por intenção tratar a forma da Ceia do Senhor (Paulo trata disso no capítulo seguinte), mas pretende apresentar a participação da ceia como integração no culto do Senhor, assim como os israelitas participaram do culto de Baal-Peor pelo contato com as mulheres midianitas e como os crentes de Corinto teriam parte em um culto idólatra se participassem de refeições em templos pagãos (1 Co 10.1-22).

O que é a Ceia do Senhor na "visão memorial"?

a) É uma recordação da morte de Cristo (1 Co 11.24,25); O pão simboliza seu corpo oferecido em sacrifício (1 Pe 2.24) e o cálice simboliza seu sangue derramado para o perdão dos pecados (Ef 1.7) na cruz do Calvário;

b) É uma proclamação da morte de Cristo enquanto se espera sua vinda (1 Co 11.26); Volta os olhos dos participantes para o retorno futuro de Cristo (Mt 26.29);

c) É uma comunhão entre os crentes (1 Co 10.17); É uma refeição que concentra a fé comum dos participantes em Cristo.

MEIOS DE GRAÇA NA IGREJA

Todas as bênçãos que recebemos nesta vida são em última análise imerecidas; todas elas nos vêm pela graça. De fato, para Pedro, toda a vida cristã se vive pela graça (1 Pe 5.12).

Mas será que Deus usa meios especiais para nos dispensar mais graça? Especificamente na comunhão da igreja, será que há determinados meios, ou seja, determinadas atividades, cerimônias ou funções que Deus usa para nos dispensar mais graça? Outra maneira de formular essa pergunta é: será que o Espírito Santo se utiliza de certos meios para distribuir as bênçãos aos salvos?

B. ANÁLISE DOS MEIOS

1. O ensino da Palavra.

Mesmo antes de as pessoas se tornarem cristãs, o ensino e a pregação da Palavra lhes dispensam a graça de Deus, pois esse é o instrumento que Deus usa para lhes conceder a vida espiritual e levá-las à salvação. Diz Paulo que o evangelho é o "poder de Deus para a salvação" (Rm 1.16) e que a pregação de Cristo é "poder de Deus e sabedoria de Deus" (1 Co 1.24). Deus nos fez nascer de novo ou "nos gerou pela palavra da verdade" (Tg 1.18), e Pedro diz : "Fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente" (1 Pe 1.23). A Palavra escrita de Deus, a Bíblia, pode "tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus" (2 Tm 3.15).

2. A oração.

que tanto a oração coletiva na igreja reunida quanto a oração dos cristãos uns pelos outros são meios poderosos que o Espírito Santo usa cotidianamente para distribuir bênçãos aos salvos. Certamente devemos orar juntos e também individualmente, seguindo o exemplo da igreja primitiva. Quando os primeiros cristãos ouviram as ameaças dos líderes dos judeus, "unânimes, levantaram a voz a Deus" em oração (At 4.24-30), e "tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus" (At 4.31; cf. 2.42). Quando Pedro foi lançado na prisão, "havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele" (At 12.5).

3. A adoração.

A adoração genuína é a adoração "em espírito" (Jo 4.23-24; Fp 3.3), que provavelmente significa adoração que se dá na esfera espiritual (não meramente o ato físico de participar do culto, ou de cantar hinos). Quando penetramos na esfera espiritual e ministramos ao Senhor em oração, Deus também ministra a nós. Assim, por exemplo, na igreja de Antioquia, enquanto estavam "servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo : Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At 13.2).

4. A disciplina da igreja.

Como a disciplina da igreja é um meio pelo qual se fomenta a pureza da igreja e se estimula a santidade de vida, sem dúvida devemos contá-la também como "meio de graça". Porém, a bênção não é concedida automaticamente: quando a igreja disciplina, aquele que está em pecado não recebe nenhum bem espiritual a menos que o Espírito Santo o convença do seu pecado e provoque uma "tristeza segundo Deus" que "produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar" (2 Co 7.10); e a igreja também não recebe nenhum bem espiritual a menos que o Espírito Santo esteja atuante nos outros membros quando eles tomarem consciência desse processo. É por isso que a igreja deve executar a disciplina sabendo que ela se faz na presença do Senhor (1 Co 5.4; cf. 4.19-20) e com a certeza de que ela traz em si a sanção celeste (Mt 16.19; 18-18.20).

5. A oferta.

As ofertas são normalmente feitas por intermédio da igreja : ela as recebe e distribui aos vários ministérios e necessidades que atende. Aqui, novamente, não há dispensação automática ou mecânica de benefícios aos que contribuem. Simão, o mágico, foi veementemente repreendido por pensar que podia "adquirir, por meio dele [do dinheiro], o dom de Deus" (At 8.20). Mas se a oferta é feita com fé, pela devoção a Cristo e por amor ao seu povo, então certamente haverá grandes bênçãos nela. Deus mais se agrada quando as ofertas em dinheiro vêm acompanhadas de uma intensificação da devoção do doador a Deus, como foi o caso dos macedônios, que "deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus" (2 Co 8.5), e mais tarde ainda fizeram doações aos cristãos pobres de Jerusalém. Quando a contribuição se faz com alegria, "não com tristeza ou por necessidade", vem com ela a grande recompensa do favor de Deus, "porque Deus ama a quem dá com alegria" (2 Co 9.7).

6. Os dons espirituais.

Pedro considera os dons espirituais veículos pelos quais a graça de Deus vem à igreja. Diz ele : "Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1 Pe 4.10). Quando os dons são usados em benefício uns dos outros na igreja, a graça de Deus é assim dispensada àqueles a quem Deus pretende concedê-la. Excelentes bênçãos virão à igreja com o uso correto dos dons espirituais, desde que a igreja siga a exortação de Paulo de usar os dons para procurar "progredir, para a edificação da igreja" (1 Co 14.12; cf. Ef 4.11-16).

7. A comunhão.

Não devemos menosprezar a comunhão cristã comum como valioso meio de graça na igreja. Os membros da igreja primitiva "perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" (At 2.42). E o autor de Hebreus lembra aos cristãos: "Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima" (Hb 10.24-25). Na comunhão dos crentes, crescem a amizade e o afeto naturais uns pelos outros, e assim se cumpre o mandamento de Jesus : "que vos ameis uns aos outros" (Jo 15.12). Além disso, quando os crentes se importam uns com os outros, seguem o conselho de Paulo: "Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo" (Gl 6.2).

8. A evangelização.

Em Atos, há um vínculo frequente entre proclamar o evangelho (mesmo enfrentando oposição) e estar cheio do Espírito Santo (ver At 2.4 com v. 14-36; 4.8, 31; 9.17 com v. 20; 13.9, 52). A evangelização é então um meio de graça não só porque ministra graça salvífica aos que não estão salvos, mas também porque quem evangeliza vivencia mais a presença e a bênção do Espírito Santo. Às vezes a evangelização é realizada individualmente, outras vezes é uma atividade coletiva da igreja (como nas campanhas de evangelização). E mesmo a evangelização individual muitas vezes envolve outros membros da igreja, que acolhem um visitante descrente e atendem as suas necessidades. Portanto a evangelização é com justiça considerada um meio de graça na igreja.


Ética Cristã

Ética em geral priorizando o aspecto ministerial do cristão.

Introdução

A Ética Cristã se relaciona com o homem desde o início de sua vida até a morte. Ou seja, na escola, vida profissional, familiar, atividades na igreja e até mesmo em nosso comportamento em nossas refeições. Por conta disso, o obreiro precisa entender que ela faz parte também de suas atividades ministeriais.

"Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar, E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, E todos comeram de uma mesma comida espiritual, E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era CRISTO. Mas DEUS não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto. E essas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar. E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram e caíram num dia vinte e três mil. E não tentemos a CRISTO, como alguns deles também tentaram e pereceram pelas serpentes. E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor. Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos. Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia. Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é DEUS, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar." I Coríntio 10:1-13

I CONCEITOS GERAIS:

- Origem da palavra ética: vem do grego ethos, que significa costume, disposição, hábito.

- Definição: A teoria da natureza do bem e como ele pode ser alcançado. Mostra o que é bom ou mau; certo ou errado; o que deve ou não deve ser feito. Em resumo: A Ética é a conduta ideal do indivíduo.

- Ética Cristã: podemos dizer que é conjunto de regras de conduta aceita pelos cristãos tendo por fundamento a Palavra de Deus.

- Ética Pastoral ou Teologia do Obreiro: é a parte da ética cristã aplicada a conduta do Ministro Evangélico. Pode ser entendida também como Ética Ministerial.

I.1 A Ética é a ciência que nos ensina:

- O que somos obrigados a fazer.

- O que somos permitidos a fazer.

- O que somos proibidos a fazer.

I.2 É também a ciência que trata dos nossos deveres:

- Para com Deus.

- Para com o nosso próximo.

- Para conosco mesmo.

II ABORDAGENS ÉTICAS:

- ANTINOMISMO: É a falta de normas. Tudo depende das pessoas, das circunstâncias. É a subjetiva: cada um faz o que entende ser melhor sob um ponto de vista. Tudo liberado. (Juízes 17:6; 21:25)

- GENERALISMO: Aceita as normas, mas elas não devem ser universais. Baseia-se no utilitarismo. As normas só tem valor, dependendo do resultado da sua aplicação. Os fins justificam os meios (Nicolau Maquiavel)

- SITUACIONISMO: É um meio termo entre o Antinomismo e o Generalismo. O primeiro não tem regra nenhuma, o segundo tem regra pra tudo, mas não são universais. O situacionismo só tem uma regra: a do amor. Segundo eles, baseiam-se em Cristo, que resumiu a Lei (normas) numa palavra: amar a Deus e ao próximo (Mateus 22:34-40). Mas admitem certas condutas discutíveis à luz da Bíblia. Exemplo: o adultério, para salva a família da fome...

"Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo CRISTO". Colossenses 2:8

"FILOSOFIAS E VÃS SUTILEZAS... NÃO SEGUNDO CRISTO". Paulo nos adverte a vigiar contra todas as filosofias, religiões e tradições que destacam a importância do homem à parte de DEUS e de sua revelação escrita.

Hoje, uma das maiores ameaças teológicas contra o cristianismo bíblico é o "humanismo secular", que se tornou a filosofia de base e a religião aceita em quase toda educação secular e é o ponto de vista aprovado na maior parte dos meios de comunicação e diversão no mundo inteiro

(1) Que ensina a filosofia do humanismo?

(a) Ensina que o homem, o universo e tudo quanto existe é apenas matéria e energia moldadas ao acaso.

(b) Afirma que o homem não foi criado por um DEUS pessoal, mas que resultou de um processo evolutivo.

(c) Rejeita a crença num DEUS pessoal e infinito, e nega ser a Bíblia a revelação inspirada de DEUS à raça humana.

(d) Afirma que não existe conhecimento à parte das descobertas feitas pelo homem, e que a razão humana determina a ética apropriada para a sociedade, fazendo do ser humano a autoridade máxima neste particular.

(e) Procura modificar ou melhorar o comportamento humano mediante educação, redistribuição econômica, psicologia moderna ou sabedoria humana.

(f) Crê que padrões morais não são absolutos, e sim relativos e determinados por aquilo que faz as pessoas sentirem-se felizes, que lhes dá prazer, ou que parece bom para a sociedade, de acordo com os alvos estabelecidos por seus líderes; deste modo, os valores e moralidade bíblicos são rejeitados.

(g) Considera que a auto-realização do homem, sua auto-satisfação e seu prazer são o sumo bem da vida.

(h) Sustenta que as pessoas devem aprender a lidar com a morte e com as dificuldades da vida, sem crer em DEUS ou depender dEle.

(2) A filosofia do humanismo começou com Satanás e é uma expressão da sua mentira de que o homem pode ser igual a DEUS (Gênesis 3.5).

As Escrituras identificam os humanistas como os que "mudaram a verdade de DEUS em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador" (Romanos 1.25).

(3) Todos os dirigentes, pastores e pais cristãos devem envidar seus máximos esforços em proteger seus filhos da doutrinação humanista, desmascarando-lhes os erros e instilando nas mentes deles um desprezo santo pela sua influência destrutiva (Rom. 1.20-32; 2 Cor. 10.4,5; 2 Tim. 3.1-10; Judas 4-20; ver 1 Cor. 1.20 nota; 2 Pedro 2.19 nota).

As diversas visões filosóficas da ética podem confundir. Entretanto, o cristão deve basear-se na Palavra de DEUS para fazer o que é certo e deixar o que é errado.

A BÍBLIA é a nossa regra de fé e prática. É o código de regra do Cristão, especialmente do pastor ou ministro do evangelho.

A ética cristã não depende da situação, dos meios ou dos fins (ler Salmos 119.105).

A ética que brota das Sagradas Escrituras é o fundamento da moral de todo seguidor de JESUS. Por isso ela é cristã.

A Ética Cristã está fundamentada nas Sagradas Escrituras, onde o Decálogo, a Mensagem dos Profetas, os Evangelhos, o Sermão do Monte, as Epístolas Paulinas e Gerais merecem destaques.

A Ética Cristã é um chamado para vivermos um estilo de vida segundo as virtudes do Reino de DEUS.

Ética e Moral



A palavra “ética” significa “costumes” ou “hábitos”. A palavra “moral” corresponde ao sentido de “normas” ou “regras”.

Ética Normativa - Ética Moral - Baseia-se em princípios e regras morais fixas.

Exemplo - Ética Profissional e Ética Religiosa: As regras devem ser obedecidas.

Princípios da Ética Cristã.

A Bíblia é a palavra de DEUS!

"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça" 2 Timóteo 3:16

"Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam" João 5:39

"Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho". Salmos 119:105

Os princípios ético-cristãos derivam das Escrituras e são imutáveis e divinos.

Esses princípios têm aplicação adequada para todas as épocas e culturas, pois são universais. Assim, os padrões ético-cristãos não podem ser relativizados :

“o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mateus 24.35).

III – FUNDAMENTOS DA ÉTICA CRISTÃ

[Do gr. etiké] Ciência moral. Estudo sistemático dos deveres e obrigações dó indivíduo, da sociedade e do governo. Seu objetivo: estabelecer o que é certo e o que é errado. Ela tem como fonte a consciência, o direito natural, a tradição e as legislações escritas; mas, acima de tudo, o que Deus estabeleceu em Sua Palavra - a Ética das éticas.

A essência da ética acha-se registrada nos Dez Mandamentos - a única legislação capaz de substituir a todas as legislações humanas. Êxodo 20:1-17

Os profetas - Sao exemplos, pois andaram com DEUS, foram íntegros e honestos.

Os Evangelhos - A Base do Novo Testamento. A herança cultural de Israel foi herdada pelo mundo moderno através do Novo Testamento. A Ética do Novo Testamento faz alusão a diversos artigos que caracterizam a ética de Jesus e de outras personagens importantes do Novo Testamento.

- Não se deve julgar os outros (Mateus 7.1)

- Só devemos fazer aos homens o que queremos que eles nos façam (Mateus 7.12)

- Se o irmão pecar contra nós, devemos perdoar sempre – até 70 x 7 (Mateus 18.22)

- É para dar a César o que é de César e a DEUS o que é de DEUS (Mateus 22.21)

A Ética nos Evangelhos - No Sermão da Montanha, encontramos as REGRAS BÁSICAS do Reino de DEUS, trazidas por JESUS CRISTO. A Ética do Sermão do Monte e das demais partes do evangelho é tão elevada, que nem mesmo a maioria dos cristãos a têm levado à prática. Exemplos:

- A justiça do cristão deve exceder a dos escribas e fariseus (Mateus 5.20)

- Quem somente olhar para uma mulher, pensando em adulterar com ela, já adulterou (Mateus 5.28)

- Só é permitido o divórcio se o cônjuge praticar infidelidade. Outro motivo não tem respaldo nas normas de CRISTO (Mateus 5.32;19.9)

- O falar deve ser sim, sim; não, não. O que disso passa é de procedência maligna (Mateus 5.37)

- O certo é amar os inimigos, bendizer os que nos maldizem, fazer bem aos que nos odeiam e orar pelos que nos maltratam (Mateus 5.44)

- CRISTO manda que sejamos perfeitos como é nosso Pai que está nos céus (Mateus 5.48)

As Epístolas Paulinas e Gerais - Ensinam e exortam sobre nossa Relação Com DEUS (Romanos 12:1,2; Hebreus 13:7-17), Com o Estado (Romanos 13:1-7; I Pedro 2:11-17,Com o próximo (Romanos 13:8-10; 14:1-12; I João 3:11-24), Com a injustiça social ( Tiago 2:1-13; 5:1-6), Com a questão da sexualidade cristã e do casamento (I Coríntios 6:12-20; 7:10-24).

IV A ÉTICA DO OBREIRO NO PÚLPITO (plataforma):

1. Condições preliminares:

1.1. O púlpito deve ser para o obreiro o que o Monte Sinais foi para Moisés

1.2  O púlpito é o trono do obreiro, se é que assim podemos chama-lo

1.3  O púlpito é a coluna sobre a qual se coloca o atalaia que Deus constituiu vigia sobre a Sua lavoura

1.4  O púlpito é o caminho pelo qual as almas são conduzidas a Deus.

2. Cuidados quanto ao uso do púlpito:

2.1. O obreiro deve ter cuidado para não fazer do púlpito uma espécie de picadeiro de circo, de onde conta anedotas, para fazer a congregação rir

2.2  A dignidade do púlpito firma-se no modo pelo qual o usamos, por isso, devemos usá-lo de modo correto   

2.3  O exemplo quanto a conduta na Casa de Deus durante o culto deve partir dos Pastores e demais Obreiros que ocupam a plataforma

2.4  Observações que não devem ser esquecidas:

- Todo aquele que dirige o culto, torna-se ministro do culto;

- A plataforma é lugar de destaque, não tanto o lugar onde o obreiro assenta, mas:

- Sua postura (não como militar).

- Suas atitudes (não se espreguiçar).

- Seus gestos (não apontar o dedo a ninguém).

3. É reprovável o mau costume de certos obreiros que ficam subindo e descendo da plataforma sem uma razão específica que os justifique.

V - COMO DEVEMOS PROCEDER AO ASSUMIR O PÚLPITO?

a) Ao assumirmos um púlpito devemos ter em mente o soberano dever de manifestar a santidade e a glória de Deus, não só pela maneira como falamos, mas também pela maneira como nos comportamos diante do mesmo.

b) Alguém disse: o púlpito é o lugar mais sagrado do templo.

c) Devemos usar o púlpito de modo correto e com dignidade.

d) Algumas atitudes que devem ser observadas:

- A maneira de sentar.

- Evitar pregar com a mão no bolso.

- Evitar a posição indiscreta com as mãos.

- Evitar apoiar o cotovelo no púlpito.

- Não ficar de costas para o povo.

- Não bater no púlpito com a mão ou com a Bíblia.

- Ter cuidado para não se coçar indiscretamente.

Obs.: Aquele que conversa ou se comporta indevidamente no púlpito é irreverente, intemperante e sem controle.

VI - ÉTICA NA DIREÇÃO DO CULTO (um pouco de liturgia):

1 Recomendações quando estiver no controle do culto:

- Aqui é o céu, vamos a noite toda... O culto tem que ter hora para começar e terminar.

- Aqui quem manda é o Espírito Santo. Esqueça o relógio. Obreiro que procede assim demonstra imaturidade.

- Quando for convidado para ser o pregador da noite, pergunte quantos minutos dispõe. Nunca diga: O Espírito Santo vai dizer quando acabar.

- Falar gritando o tempo todo não significa poder. Para isso existe o microfone... aliás, não grite ao microfone, isso demonstra ignorância.

- Não fazer uma sobre pregação, isto é, após o pregador oficial pregar, dar mais uma pregadinha.

- Não deixar o povo de pé por muito tempo, na hora dos avisos.

- Não apertar a mão de todos ao subir a plataforma. Basta um leve aceno de mão.

2 Hinos da Harpa Cristã:

- Por que cantar sempre os mesmo hinos? Ex.: 243, 115.

- Para cada ocasião ou culto, existe um hino apropriado.

- Os obreiros devem ter a sua harpa e cantar com a igreja.

- Não dar uma pregadinha entre um hino e outro.

3 Vícios de linguagem ou erro de concordância gramatical:

- Uso constante da expressão aleluia e glória a Deus.

- A forma da saudação: nós salda os irmãos ou eu saldo com a paz... O correto é: Eu saúdo com a paz do SENHOR ou simplesmente a Paz do SENHOR.

- Um erro gravíssimo: Saúdo o irmãos com a paz do SENHOR e os ouvinte com uma boa noite de salvação.

- Saudar de novo. Não existe isso. É como estar na casa de alguém e dar boa tarde ou noite duas vezes.

4 Apresentação dos visitantes:

- Proceder por ordem ou hierarquia, ou seja, começando pela pessoa de mais eminência.

- Saudação dos visitantes (para receber): Um homem...és bem vindo. Uma mulher...és bem vinda. Duas pessoas ou mais... sois bem vindos.

Obs.: é recomendado receber os visitantes de pé.

5 A condução do culto divino:

- Pôr a igreja em regime de oração e dirigir o culto com a congregação orando em espírito, com reverência e adoração.

- Levar a igreja não apenas a cantar, mas a louvar. Louvar é cantar de maneira que a letra e a melodia nos firam a alma levando-nos ao quebrantamento.

- Não permitir que nada roube o tempo destinado a Palavra, pois a pregação do Evangelho é a prioridade da igreja de Cristo.

- Ensinar acerca da importância dos dons espirituais, dando lugar para a sua livre operação na igreja. Não devemos ser imitadores da operação do Espírito Santo em nossos cultos.

VI - ÉTICA DA APARÊNCIA E DO VESTUÁRIO:

6.1 Cuidados na apresentação pessoal do obreiro: Lembrar de José. Como este se apresentou a Faraó? (Gênesis 41:14)

- Roupas que combinem (listrado com xadrez NÃO).

- Gravata com terno.

- Gravata torta ou por cima da camisa.

- Evitar roupas berrantes (CHEGUEI).

- Camisa fora da calça não!

- A roupa deve estar sempre limpa e passada.

6.2 Outros cuidados necessários (I Co 6:19,20):

- Ter sempre os sapatos limpos (passar uma graxinha).

- Manter a barba aparada (não esquecer quem usa bigode).

- Ter o cabelo aparado e penteado. Unhas limpas e aparadas.

- Tomar banho diariamente (usar perfume/desodorante).

- Se tem mau hálito, fazer tratamento.

VII CUIDADOS NO CONTEXTO DA ÉTICA 

(I Timóteo 4:16) :

- Cuidado com a saúde. Ela é patrimônio que Deus nos dá. Sentimos o seu valor quando a perdemos.

- Descanso físico horário para dormir. O tempo básico recomendado pelos médicos é de 6 a 8 horas.

- Evitar alimentos prejudiciais. Prefira o uso de frutas e verduras.

- Usar medicamentos recomendados pelo médico. Fazer exames periódicos.

- Não descuidar da saúde como um todo. Fazer exercícios físicos regularmente.

- Cuidado com a exaltação:

- A popularidade é uma faca de dois gumes.

- Nunca diga sou o melhor pregador.

- Evite achar que ora mais que os companheiros.

- Não se ache o mais capacitados. Tudo vem do SENHOR.

- Cuidado com o sexo oposto:

- Não faça demonstrações absurdas de afeto.

- Evite muita liberdade, como apertos de mão prolongados.

- Tem obreiros que colocam um olhão nas irmãs...

- Como devemos tratar as irmãs? Resposta: I Timóteo 5:2.

- Cuidado, pois as tentações existem. O obreiro também é tentado. I Coríntios 10:13.

Que este estudo seja de bom proveito.

Deus abençoe a todos! Amém!



O Ministério e a Família

O cuidado do obreiro em suas relações familiares, bem como a importância das famílias para o crescimento da igreja.

FAMÍLIA: CASA DIVIDIDA X CASA UNIDA

Mateus 12:25 - "Jesus porém, conhecendo seus pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá." Também em Lucas 11:17

Uma família é constituída por pessoas diferentes, de distintas família, história, cultura, educação... tantos diferentes entre si; mas se unem e tornam-se uma só carne Gênesis 2:24. As diferenças geram conflitos, isto é natural, mas também completam um ao outro, construindo uma nova geração.

O textos em I Timóteo 3.12 e Tito 1.6 nos advertem da necessidade de termos nossa família estruturada na sã doutrina, vivendo na prática diária do lar a autenticidade destes ensinos. Ainda em Romanos Paulo nos alerta sobre o perigo de pregar sem praticar, de apontar e julgar sem consertar-se e arrepender-se igualmente.

Antes de assumirmos o grande privilégio de sermos ministros do Senhor, devemos reconhecer a responsabilidade de viver antes de pregar, lembrando que o exemplo é a mais poderosa ferramenta de ensino que temos.

Não há espaço melhor para exercitarmos nosso cristianismo do que na família. Já em I Pedro 3.7 o apóstolo nos diz que se não vivermos a vida comum do lar com entendimento nossas orações são interrompidas. A forma como tratamos o cônjuge, os filhos, familiares, como lidamos com os conflitos domésticos e administramos nossa rotina interessa muito para Deus, e interfere diretamente em nosso relacionamento com Ele. As situações mais variadas do dia a dia nos dão a oportunidade de exercitar os frutos do Espírito com aquelas pessoas que nos conhecem na intimidade, como realmente somos.

A divisão no lar (visão dividida), vem contra o propósito de Deus estabelecido para a família (união). Uma só carne! Em toda Escritura o próprio Senhor Jesus faz menções a respeito de que o Seu desejo é que estejamos em união, assim como a Trindade João 17:11-24

Várias são as situações onde a divisão no lar torna-se empecilho para a comunhão com Deus, com nossa família e irmãos, interferindo diretamente e de maneira negativa no ministério que o Senhor nos concedeu. Finanças, educação dos filhos, provisão financeira no lar, amizades, entre muitos outros. O Espírito Santo pode ministrar a você as áreas específicas que devem ser mais trabalhadas em seu caso, mas existem duas que gostaria de mencionar em mais profundidade.

FALTA DE COMUNHÃO COM DEUS NO CASAMENTO

O ministério será exercido com muito mais prazer e eficácia quando compartilhado pelo casal, e quando a comunhão destes com Deus estiver sadia.

O primeiro e maior exemplo de derrota em um ministério dado a família vemos em Adão e Eva. Tinham tudo para dar certo. Feitos um para o outro por Deus. Receberam as ordens diretamente do próprio Deus, com o qual tinham a liberdade de falar diariamente. Tinham tudo...

- Comunhão íntima e diária com Ele

- Perfeitos, criados pelo próprio Deus um para o outro

- Moravam em um jardim plantado pelo próprio Deus

- Todas as necessidades (físicas, materiais, espirituais, emocionais, etc) supridas

- Se amavam (esta sim, disse Adão), íntimos, sem máscaras

- Tinham atividades para realizar, ocupações (lavrar e guardar)

- Não havia dor, doença ou morte, etc O MELHOR LUGAR DE DEUS!!

Qual item você julgaria que faltava pra você ter o casamento perfeito, ministério próspero?? Casa, saúde, provisão??

Ilusão... a ideia de que o gramado do outro é sempre mais verde Satanás tenta nos impelir para fazer-nos dividir a visão, como fez com Adão e Eva no jardim!

Eles tiveram uma tragédia em um casamento que julgaríamos infalível. Criado para ser eterno. Estavam insatisfeitos? Desprezaram o primeiro item... Comunhão com Deus.

PORQUÊ A ÁRVORE??

LIMITES - relacionamentos e pessoas precisam de limites. Relacionamentos sem limites não são saudáveis!...e quando são violados...dividem A VISÃO.

Quando passamos a ouvir outros (A SERPENTE ?) para nos dar a direção, além de Deus, perdemos a comunhão com Ele e estamos nos dirigindo ao pecado. Perdemos a visão, dividimos a visão. A PERDA DESTE ITEM INUTILIZA TODOS OS OUTROS ACESSÓRIOS.

DISSE JESUS: SEM MIM, NADA PODEIS FAZER João 15.5!!

Como ministros do Senhor devemos reconhecer que não estamos imunes às setas de Satanás para dividir nosso lar, e a brecha sempre terá início na quebra da primeira aliança a comunhão com Deus. Daí para frente ele encontra respaldo para atacar nossos filhos, as finanças, a sexualidade, as emoções, etc.

VAMOS VIVER O QUE PREGAMOS! PREGAR COM NOSSA VIDA! E ISTO COMEÇA NA FAMÍLIA... UNIDA EM DEUS E COM DEUS.

FALTA DE PERDÃO NO CASAMENTO

Mateus 6.14,15. "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas"

Não é possível imaginar um ministério eficaz e genuíno onde não houver a prática do perdão. O perdão reúne, restaura, edifica. A falta dele destrói, separa e mata. Cônjuges feridos, filhos marcados, famílias divididas precisam ser restauradas para poderem ministrar sobre as outras. Não estaremos imunes aos problemas, conflitos e tragédias em nosso lar, mas a sabedoria de Deus deve ser nossa bússola na condução destes.

Antes de subir ao púlpito, diariamente devemos examinar nosso comportamento e sempre que preciso, devemos pedir ou liberar perdão para que sejamos canais livres para o Espírito Santo de Deus.

Romanos 11:12:18 "No que depender de nós, busquemos a pacificação"!

Sempre! Na verdade muitas ofensas e provas que passamos na família e no ministério nos trazem grandes ensinamentos, e aos poucos somos forjados obreiros de valor - Romanos 5:1-5

O que ocorre na família, é que pela liberdade que temos uns com os outros, e pela ausência das máscaras de comportamento que muitas vezes vestimos ao sair de casa, ofendemos mais e descontamos mais em quem merecia nada menos que o melhor de nós!

Se precisássemos listar as pessoas mais importantes da nossa vida além de Deus, certamente estariam ali o cônjuge, os filhos, parentes próximos. E justamente para eles sobram normalmente as palavras mais duras, o mau humor, a pouca dedicação. O perdão sincero e comprometido com o arrependimento nos permite superar mesmo as situações mais delicadas.

Que saibamos valorizá-los enquanto estamos com eles. Eclesiastes 9.10 nos alerta. Tudo que pudermos fazer, façamos hoje. Na sepultura não há mais oportunidade para o perdão.

CORAÇÕES SARADOS, SEM IRA NEM RAÍZES DE AMARGURA, SÃO TERRA FÉRTIL PARA A OPERAÇÃO DE DEUS.

CORAÇÕES PERDOADOS E PERDOADORES SÃO INSTRUMENTOS HÁBEIS PARA MINISTRAR A GRAÇA SALVADORA DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!


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