Os Pseudopígrafos
São os livros escritos sob um nome fictício. Para outros são os escritos judaicos, extra bíblicos, não inspirados do Antigo Testamento. São considerados de valor no estudo do cânon, e alguns estudiosos os incluem no mesmo grupo dos apócrifos. Dentre os pseudopígrafos destacam-se:
O Livro de Enoque. A crítica textual não tem condições de localizá-lo exatamente em determinada época, mas deve pertencer ao período de 200 a.C. e as primeiras décadas do primeiro século da nossa era.
A Assunção de Moisés. Deve ter sido publicado no tempo de Cristo e procura narrar a história do mundo, em forma de profecia, desde Moisés até ao tempo do autor.
Os Oráculos Sibilinos. São obras judaicas que, à imitação das profecias pagãs de Sibila, pretendem divulgar o pensamento hebraico entre os gentios.
O Livro dos Jubileus. É um comentário sobre Gênesis, frisando que a Lei foi observada desde os mais remotos tempos. Recebe este nome pelo fato de dividir a história em períodos jubileus, isto é, quarenta e nove anos (sete semanas de anos).
O livro dos Segredos de Enoque (2 Enoque). Descreve pormenorizadamente os sete céus e antecipa em mil anos o reinado de Deus na terra.
O Apocalipse de Baruque. Alguns o atribuem ao escriba de Jeremias. Foi escrito, segundo os críticos, nas últimas décadas do primeiro século da nossa era.
O Apocalipse de Abraão. É uma obra judaica com passos de literatura do cristianismo. Pertence ao século I da nossa era.
Os Salmos de Salomão. Coletânea de dezoito salmos, escrita por um fariseu, que viveu na segunda metade do primeiro século da era cristã. O estilo é bastante semelhante ao dos Salmos que temos na Bíblia.
A Carta de Aristéias. É interessante por informar-nos das supostas circunstâncias em que foi feita a tradução do Velho Testamento hebraico para o grego.
Macabeus, 3 e 4. No III encontramos uma tentativa de massacre dos judeus no reinado de Ptolomeu Filopator. O 4 é um tratado filosófico ilustrando a tese do autor no caso dos mártires macabeus. Embora haja referências a estes livros na Bíblia (2 Tm 3.8; Jd 9 e 14) não necessitamos aceitá-los como canônicos.
A literatura pseudopígrafa foi produzida entre 200 a.C., e 200 a.D. com o objetivo de encorajar e consolar a nação judaica durante as invasões dos sírios e romanos.
Os Rolos Do Mar Morto
No verão de 1947, tiveram início na Palestina, por obra de casual descoberta de um jovem beduíno, chamado Moâmede ad-Dib, encontros arqueológicos de excepcional importância: os chamados manuscritos do Deserto da Judéia, do Mar Morto ou ainda Manuscritos de Qunran. Ele tinha perdido uma cabra, por isso subiu penosamente a encosta, chamando pelo animal que continuava a elevar-se, a procura de alimento. Nesta sua busca ele deparou com uma cavidade, atirou para dentro dela uma pedra, apurando o ouvido para escutar a queda, a fim de determinar a sua profundidade. Qual não foi a sua surpresa, quando em vez do esperado ruído, seu ouvido percebeu um típico som de louça. Com esforço conseguiu olhar para dentro, notando com surpresa a existência de vários objetos cilíndricos, de grande tamanho. Amedrontado pela superstição, o moço fugiu rapidamente daquele sítio, e, à noite, comentou com um amigo a inusitada descoberta da caverna. No dia seguinte os dois se dirigem à gruta, e ao entrarem nela, encontram sete rolos. Levaram alguns para a tenda e ao desenrolarem ficaram surpresos com a sua extensão e por não entenderem nada do que neles estava escrito.
Os beduínos, indo regularmente a Belém para vender leite e queijo, certo dia, levaram também os pergaminhos, vendendo-os a um cristão sírio, dono de um armazém, conhecida pelo nome de Kando, que também por ignorar totalmente o valor deste achado, abandonou-os no chão da loja por vários dias, sendo estes pisados pelos que nela entravam. Certo dia, atentando melhor para aqueles pergaminhos, ocorreu-lhe a idéia de levá-los a Jerusalém para os vender no Convento Sírio de São Marcos. O superior do convento procura pessoas entendidas que estudassem os manuscritos, a fim de que ele pudesse ter uma idéia de seu real valor, assim sendo, um dos pergaminhos foi enviado ao Professor E. L. Sukenik, da Universidade Hebraica. Sukenik analisando-o, em profundidade, concluiu que o documento apresentava grande valor pelo seu conteúdo e considerável antiguidade.
A caverna na qual foram encontrados os manuscritos fica na região desolada e quente do Deserto de Judá dos dias bíblicos, cerca de doze quilômetros ao sul de Jericó, na altura do Uadi Qunran.
Os sete rolos retirados desta gruta eram bem diferentes, pois dois eram manuscritos do livro de Isaías, um completo e outro incompleto, um manual de Disciplina da Seita, uma coleção de Salmos e Ações de Graça, uma ordem de batalha para uma guerra apocalíptica entre os Filhos da Luz e os Filhos das Trevas, um Comentário ao livro de Habacuque. Todo este material foi publicado por Sukenik e pelos americanos. Além dos manuscritos já citados ainda foram encontrados documentos os mais diversos conto contratos de casamento, cartas do líder judeu Bar Cocheba, um hinário de mais ou menos quarenta salmos, cópias dos apócrifos de Eclesiástico e Tobias, além de trechos de pseudepígrafos como o de Enoque.
A gruta em que aqueles pastores entraram, e que marcou o início de uma fase histórica da arqueologia, recebeu o n.º 1. Não longe dela, encontrou-se, em fins de 1951, a gruta a que se deu o n.º 2. Continha fragmentos dos Salmos, os livros de Isaías, do Êxodo, de Rute, um documento litúrgico e o livro apócrifo dos Jubileus, que é uma paráfrase do Gênesis, selecionados pelos fariseus. Descobriu-se, depois, a gruta n.º 3, onde se encontraram 2 rolos de chapas de cobre, com textos gravados.
A gruta que deu colheita mais rica foi a de n.º 4. Continha 380 manuscritos, dos quais mais ou menos uma centena são de ordem bíblica. Seguiram-se as de n.º 5 e 6, que deram manuscritos de pouca importância bíblica e histórica. Em fins de 1955, revistaram-se as grutas que receberam os nos 7, 8, 9 e 10, todas contendo ora pergaminhos, ora papiros, tudo de pouca importância. Logo após, nos últimos dias de 1955, encontram-se outras duas séries de grutas, uma à margem do Uadi Murabaat, e outra à margem do Uadi Mird, sempre nos arredores do Mar Morto.
Os dois rolos de chapa de cobre mediam mais ou menos 2 metros de comprimento e uns 30 centímetros de largura. Durante 3 anos estudos foram feitos para que os rolos fossem abertos sem se estragar a escrita. Foi preparada uma máquina especial pelo Departamento de Tecnologia de Manchester, Inglaterra, para cortar o rolo, trabalho este levado a efeito no dia 16 de janeiro de 1956. Estes rolos podem ser vistos no Museu de Amã. Na escrita de um deles estava a relação de uns 60 esconderijos, nos quais, se encontrariam depósitos de ouro, prata ou caixas de incenso.
Três sociedades científicas: Departamento Arqueológico da Jordânia, Escola Bíblica e Arqueológica Francesa de Jerusalém (Santo Estêvão) e o Museu Arqueológico Palestinense têm inventariado as riquezas destas grutas. Os fragmentos de manuscritos descobertos nas onze cavernas de Qunran são cerca de 600 e um quarto destes fragmentos contém textos bíblicos; com exceção do livro de Ester, todos os livros do Velho Testamento se acham ali representados. Os mais numerosos são dos livros de Isaías, de Deuteronômio e dos Salmos.
Quem Guardou Estes Manuscritos
Uma pergunta que vem à mente de todos é esta: quem foram as pessoas que moravam nesta região e copiaram os manuscritos encontrados nas grutas? Segundo a opinião dos eruditos seus habitantes pertenciam à seita judaica dos essênios, os quais ocuparam esta região entre 185 a.C. e 68 a.D.
Havia entre os judeus no tempo de Cristo as seguintes seitas: Os fariseus – legalistas e separados, observadores de tradições antigas, eram muito religiosos; os saduceus – conhecidos por sua oposição aos fariseus e por negarem a ressurreição. Eram incrédulos e livres pensadores; os essênios – muitas etimologias têm sido apresentadas para explicar a origem deste nome. The Interpreter's Dictionary of the Bible, cita pelo menos dez entre palavras gregas e hebraicas, salientando que os eruditos não têm nenhuma uniformidade em seus pontos de vista. Os essênios eram pessoas que estavam decepcionadas com a corrupção reinante em seus dias, por isso abandonaram a sociedade e se refugiaram em mosteiros para se dedicarem a uma vida de oração e ao estudo da palavra de Deus.
Origem Da Comunidade Essênica De Khirbet Qumran
Para o mosteiro de Khirbet Qumran podemos indicar diversos períodos de construção, como atestam as escavações realizadas entre 1951 e 1956. A primeira construção monástica, edificada em pedra, data do tempo do sumo sacerdote João Hircano (134-104 a.C.), da dinastia macabeu - asmonéia. Antes dessa época, os hassideus (essênios) tiveram que contentar-se com abrigos encontrados ao acaso. Uma figura característica que se encontra sempre de novo nos textos de Qumran é o anônimo 'mestre de nossa justiça', a quem a comunidade de Qumran deve a sua clara diferenciação dos outros grupos religiosos, antes de mais nada do culto e da hierarquia de Jerusalém, e que de várias maneiras, deu também impulso às normas de vida de Qumran.
Antes da primeira revolta judaica, por causa do avanço da décima legião sob o comando de Vespasiano, os manuscritos da biblioteca do mosteiro foram colocados a salvo (por volta do ano 68 d.C.). O próprio mosteiro foi destruído pelos romanos.
Durante a segunda revolta judaica (132-135), o lugar das ruínas e arredores constituíram um ponto de apoio para os combatentes da resistência judaica que se encontraram em torno de Bar Kokba, Com efeito, numa gruta ao sul de Qumran, foram encontrados, além de apetrechos sacrificais, vestes e moedas, também manuscritos da época entre 88 e 135 d.C., entre os quais uma carta de Bar Kokba."
Valor Dos Rolos Do Mar Morto
Embora o valor desta descoberta ainda não possa ser avaliado em toda a sua plenitude, há certos fatos já conhecidos que são os seguintes: Estes manuscritos são pelo menos 1000 anos mais velhos do que o mais antigo manuscrito hebraico que possuímos – O Códice Petropolitano escrito em 912 a.D; os manuscritos de Qumran são mais antigos do que os mais velhos fragmentos da Septuaginta existentes, quanto à história da evolução da escrita, fornecendo, portanto precioso material à Paleografia. Estes manuscritos foram copiados entre os séculos III a.C. e o primeiro século a.D.; antes desta descoberta pouco se sabia a respeito do judaísmo pré-cristão. Através do Manual de Disciplina conhecemos hoje muito dos seus costumes e maneira de viver; estes manuscritos vieram desfazer afirmações infundadas, concernentes ao trabalho dos copistas pré-massoréticos e ainda de que a Bíblia Hebraica de hoje fora organizada e emendada pelos massoretas.
Os estudantes da Bíblia não puseram tanto em dúvida as mudanças no texto quando foram acrescentadas as vogais e a pontuação para formar o texto Massorético, séculos depois de Cristo, pois sabiam que os copistas depois daquele tempo, preservaram com cuidado extremo cada jota e til do texto. Alguns críticos opinavam que os mais antigos copistas por não serem tão escrupulosos trataram o texto com mais liberdade, portanto havia diferenças consideráveis em nossa Bíblia.
Quando o texto hebraico de hoje foi comparado com os manuscritos de Qumran verificou-se surpreendente identidade de conteúdo. Os rolos do Mar Morto comprovam a validade do texto hebraico, tão cuidadosamente transmitido através dos séculos. O descobrimento destes rolos e de outros manuscritos mostrou a fragilidade dos argumentos da Alta Crítica, comprovando que o trabalho dos copistas e tradutores por dois mil anos não mudou a Palavra de Deus. Eles comprovaram que a maioria das variações de um manuscrito para outro são simplesmente questões de letras, palavras ou frases que não modificam suficientemente o sentido para influenciar alguma doutrina importante.
Fragmentos De Papiros Em Qumran
Numa das cavernas de Qumran foram encontrados muitos fragmentos de papiros e entre estes, o papirólogo espanhol, José O'Callaghn descobriu um trecho do Evangelho de São Marcos – correspondente aos versículos 52 e 53, do capítulo 6. Após este encontro, em março de 1972, o erudito espanhol, recorrendo a métodos técnicos, conclui que se trata de um manuscrito do ano 50 a.D. A história nos confirma que o General Vespasiano, no ano 68 a.D, tomou posse do mosteiro essênio de Qumran, ocasião em que seus habitantes esconderam os rolos nas cavernas, pensando em regressar mais tarde para recuperá-los.
Conclusões
Todo o cuidado e todos os avanços feitos pela ciência têm sido utilizados, quer na determinação das datas deste valioso material, quer na sua leitura e conservação. Assim foi descoberto um método com base na ciência atômica, para determinar a idade do material orgânico. Foi usando esse método, com o isótopo, "Carbono 14", que o Instituto Nuclear da Universidade de Chicago pode confirmar com precisão a opinião dos arqueólogos, segundo a qual o pano que envolvia os rolos, descobertos em 1947, datava do I século da era cristã. No Museu de Jerusalém, onde se encontra boa parte do material descoberto, documentos, à primeira vista ilegíveis, são decifrados graças à fotografia infravermelha que traz à luz, letras que normalmente não podem ser distinguidas pelos olhos humanos. Inegavelmente, esta foi a descoberta arqueológica mais sensacional dos últimos tempos, porque veio provar a autenticidade da Bíblia e a sua maravilhosa conservação através dos séculos.
Traduções da Bíblia
ANTIGUIDADE
A Bíblia tem sido traduzida em muitos idiomas a partir do hebraico e do grego.
TARGUNS
Algumas das primeiras traduções da Torá judaica começaram durante o primeiro exílio na Babilônia, quando o aramaico passou a ser a língua dos judeus. Com a maioria das pessoas falando aramaico e não compreendendo hebraico, os Targumim foram criados para permitir que a pessoa comum compreendesse a Torá quando era lida nas antigas sinagogas.
(Targum (do Hebraico תרגום , no plural targumim) é o nome dado às traduções, paráfrases e comentários em aramaico da Bíblia hebraica (Tanakh) escritas e compiladas em Israel e Babilônia, da época do Segundo Templo até o início da Idade Média, utilizadas para facilitar o entendimento aos judeus que não falavam o hebraico como língua mãe, e sim o aramaico) aramaico, escrito conforme o Texto Massorético da Bíblia Hebraica, e todas as traduções medievais e modernas judaicas são baseados nos mesmos.
Textos Massoréticos
O termo massoreta significa “guardiões da tradição”. Os massoretas foram um grupo de rabinos (mestres da lei judaica) que tiveram o cuidado de pegar os textos hebraicos do Antigo Testamento das Escrituras e inserir vogais. Iniciaram este trabalho em 500 d.C. e continuaram por cerca de 1.000 anos. Já no ano 900 d.C., o termo “massorético” passou a ser usado para designar o texto do Antigo Testamento produzido por este grupo.
No alfabeto hebraico não havia vogais. E, ao ler um texto, a interpretação das palavras ficava confusa, principalmente para quem não tinha grande habilidade no hebraico. Os massoretas fizeram este árduo trabalho, lendo e interpretando o texto, e inserindo vogais nos mesmos, para que a leitura se fizesse mais prática e fácil para as pessoas.
Após o cativeiro babilônico os judeus perderam a habilidade de falar o hebraico. Passaram a falar o aramaico. E, com o tempo, o hebraico foi se tornando um idioma morto. Com isso, houve um receio dos judeus de que a língua morresse e os escritos passassem a serem lidos de forma errada. Este também foi um dos motivos que levou os massoretas a fazerem este trabalho importante e conversarem a leitura correta dos textos do Antigo Testamento.
O movimento mais conhecido de tradução dos livros da Bíblia apareceu no século III a.C.
A maioria dos Tanaques ( Bíblia Hebraica que é a Coleção canônica dos textos Israelita, que é a fonte do cânone Cristão do Antigo Testamento. Esta coleção é composta de textos no Hebraico Bíblico, com exceção de dois livros, o de Daniel e o de Esdras, que contêm trechos no Aramaico Bíblico. O texto tradicional usado é chamado de texto Massorético.) existia em hebraico, mas muitos reuniram-se no Egito onde Alexandre O Grande tinha fundado a cidade de Alexandria que ostenta o seu nome.
De uma vez, um terço da população da cidade era judeu. No entanto, não foram encontradas grandes traduções gregas (como a maioria dos judeus continua a falar o aramaico uns aos outros) até Ptolomeu II Filadelfo contratar um grande grupo de judeus (entre 15 e 72 de acordo com diferentes fontes) que tivesse uma capacidade fluente tanto em Koiné quanto em hebraico. Estas pessoas produziram a tradução agora conhecida como a Septuaginta
A Septuaginta
Septuaginta é o nome da versão da Bíblia hebraica traduzida em etapas para o grego koiné (é a forma popular do grego que emergiu na pós- Antiguidade Clássica (c.300 a.C - AD 300) , entre o século III a.C. e o século I a.C., em Alexandria. Dentre outras tantas, é a mais antiga tradução da bíblia hebraica para o grego, língua franca do Mediterrâneo oriental pelo tempo de Alexandre O Grande.
A Septuaginta tem seu nome vindo do latim Interpretatio septuaginta virorum (em grego: ἡ μετάφρασις τῶν ἑβδομήκοντα, transl. hē metáphrasis tōn hebdomēkonta), "tradução dos setenta intérpretes".
A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta e dois rabinos (seis de cada uma das doze tribos) trabalharam nela e, segundo a tradição, teriam completado a tradução em setenta e dois dias.
A Septuaginta, desde o século I, é a versão clássica da Bíblia hebraica para os cristãos de língua grega e foi usada como base para diversas traduções da Bíblia.
A Septuaginta inclui alguns livros não encontrados na bíblia hebraica. Muitas bíblias da Reforma Protestante seguem o cânone judaico e excluem estes livros adicionais. Entretanto, católicos romanos incluem alguns destes livros em seu cânon e as Igrejas ortodoxas usam todos os livros conforme a Septuaginta.
A Septuaginta foi tida em alta conta nos tempos antigos. Fílon de Alexandria considerava-a divinamente inspirada. Além das traduções latinas antigas, a Septuaginta também foi a base para as versões em eslavo eclesiástico, para a Héxapla de Orígenes (parte) e para as versões armênia, georgiana e copta do Antigo testamento. De grande significado para muitos cristãos e estudiosos da Bíblia, é citada no Novo Testamento e pelos Padres da Igreja. Muito embora judeus não usassem a Septuaginta desde o século II, recentes estudos acadêmicos trouxeram um novo interesse sobre o tema nos estudos judaicos. Alguns dos pergaminhos do Mar Morto sugerem que o texto hebraico pode ter tido outras fontes que não apenas aquelas que formaram o texto massorético. Em vários casos, estes novos textos encontrados estão de acordo com a LXX. Os mais antigos códices da LXX (Vaticanus e Sinaiticus) datam do século IV.
Outras traduções
A Vulgata Latina
Vulgata é a forma latina abreviada de vulgata editio ou vulgata versio ou vulgata lectio, respectivamente "edição, tradução ou leitura de divulgação popular" - a versão mais difundida (ou mais aceita como autêntica) de um texto.
No sentido corrente, Vulgata é a tradução para o latim da Bíblia, escrita entre fins do século IV início do século V, por São Jerônimo (Jerônimo de Estridão, foi um sacerdote cristão, destacado como teólogo e historiador e considerado confessor e Doutor da Igreja pela Igreja Católica.), a pedido do Papa Dâmaso I, que foi usada pela Igreja Cristã e ainda é muito respeitada.
Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da língua grega. Foi nesta língua que foi escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Cartas aos Romanos, de São Paulo, bem como muitos escritos cristãos de séculos seguintes.
No século IV, a situação já havia mudado, e é então que o importante biblista São Jerônimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para o latim e revê a Vetus Latina (Vetus Latina foi o nome comumente dado aos textos bíblicos traduzidos para o latim antes da tradução de São Jerônimo, conhecida como Vulgata. Vetus Latina é uma expressão em latim que significa "Latim Antigo").
A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Velho Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecida como Septuaginta.
No Novo Testamento, São Jerônimo selecionou e revisou textos.
Chama-se, pois, Vulgata a esta versão latina da Bíblia que foi usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos, e ainda hoje é fonte para diversas traduções.
PESHITA
A Peshita é a versão siríaca do Antigo Testamento hebraico e também do Novo Testamento. O termo Peshita significa simples, comum. Foi feita por eruditos do hebraico, que provavelmente eram cristãos, e fizeram esta tradução para os cristãos da Síria. No Novo Testamento, são excluídos desta tradução os seguintes livros: II Pedro, II e III João, Judas e Apocalipse. Alguns acreditam que a tradução foi feita por Jerônimo.
É tida como uma versão importante e como um trabalho muito bem feito. Hoje existem mais de 300 manuscritos desta versão, um número bem significativo.
Traduções cristãs também tendem a ser desenvolvidas com base no
hebraico, embora algumas denominações prefiram a Septuaginta (ou citem escritos
variantes de ambos).
Traduções bíblicas incorporando a crítica textual moderna geralmente começam com o Texto Massorético (Texto massorético ou masorético é o texto hebraico da Bíblia utilizado com a versão universal da Tanakh para o judaísmo moderno, e também como fonte de tradução para o Antigo Testamento da Bíblia cristã, inicialmente pelos protestantes e, modernamente, também por tradutores católicos), mas também levam em conta todas variáveis de todas as versões antigas. O texto original do Novo Testamento cristão está em grego koiné e quase todas as traduções são baseadas mediante o texto grego.
IDADE MÉDIA
Durante a Idade Média, a tradução, sobretudo do Antigo Testamento foi desencorajada. No entanto, existem alguns fragmentos de antigas traduções inglesas.
O Papa Inocêncio III, em 1199 proibiu versões da Bíblia sem autorização como uma reação para as heresias do Catarismo e Valdenses. Os sínodos de Toulouse e de Tarragona (1234) baniu a posse de tais escritos.
A mais notável tradução da Bíblia para o inglês médio é a Bíblia de Wycliffe (1383), baseada na Vulgata, foi proibida pelo Sínodo de Oxford em 1408. Uma Bíblia hussita húngara surgiu em meados do século XV e, em 1478, uma tradução catalã no dialeto da Comunidade Valenciana.
Período das reformas e pré-moderno
TRADUÇÃO DE LUTERO
Em 1521, Martinho Lutero foi posto sob o banimento do Império, e ele retirou-se para o de Castelo Wartburg. Durante o seu tempo ali, traduziu o Novo Testamento do grego para o alemão. Ele foi impresso em setembro de 1522. A primeira Bíblia completa neerlandesa, foi parcialmente baseada em porções das traduções de Lutero existentes, foi impressa na Antuérpia em 1526 por Jacob Van Liesvelt.
Martinho Lutero é considerado o principal dos reformadores. Ele estava no lugar certo e na hora certa. Se tivesse vivido nos séculos XIII ou XIV, provavelmente teria morrido como mártir. Tendo vivido, porém, no século XVI, usufruiu da imprensa recém inventada por Guttemberg e aproveitou-se dos diversos movimentos de “pré-reforma” feitos por grupos anteriores. Foi um grande teólogo e escritor. Lutou contra a corrupção da igreja e não negou a sua fé. É um dos responsáveis pela nossa liberdade de expressão religiosa, conquistada em grande parte pelos reformadores.
O nosso hábito de consultar a Bíblia e lê-la em nossos cultos é um costume herdado da reforma, o qual Lutero tem grande parte.
Uma das grandes obras de Lutero é a sua tradução da Bíblia para o idioma alemão. Lutero não foi a primeira pessoa a traduzir a Bíblia para o alemão, pois já existiam versões baseadas na Vulgata. Ele, porém, buscou uma tradução de melhor qualidade, mais adequada a língua do povo e também baseada no grego e no hebraico, não no latim. Lutero primeiro traduziu o Novo Testamento, terminando-o em 1522, e em 1532 publica o Antigo Testamento. Além disso, ele ficou por cerca de 12 anos trabalhando no aperfeiçoamento da tradução, mesmo após o término do trabalho.
A tradução de Lutero, além de dar acesso ao povo às Escrituras, contribuiu para o desenvolvimento do idioma alemão e se tornou base para as seguintes traduções: sueca, holandesa, finlandesa, dinamarquesa e outras.
Além da tradução da Bíblia para o alemão, Lutero escreveu livros teológicos e compôs algumas músicas, sendo a mais conhecida delas “Castelo Forte”.
A tradução do novo testamento de Tyndale (1526, revista em 1534, 1535 e 1536) e sua tradução do Pentateuco (1530, 1534) e do Livro de Jonas foram respondidas com pesadas sanções dada a convicção generalizada que Tyndale tinha "mudado" a Bíblia enquanto tentava traduzi-la.
A primeira Bíblia francesa completa foi uma tradução por Jacques Lefévre d'Étaples, publicada em 1530 na Antuérpia. A Bíblia Froschauer de 1531 e a Bíblia Luther de 1534 (ambas aparecendo em partes durante a Década de 1520) foram parte importante da Reforma Protestante.
As primeiras traduções em inglês do Livro dos Salmos (1530), Livro de Isaías (1531), Livro dos Provérbios (1533), Eclesiastes (1533), Livro de Jeremias (1534) e Lamentações (1534), foram executados pelo tradutor protestante George Joye na Antuérpia. Em 1535 Myles Coverdale publicou a primeira Bíblia em Inglês completa também na Antuérpia;
Em 1584, tanto o Antigo quanto o Novo Testamento foram traduzidos para o esloveno pelo escritor protestante e teólogo Jurij Dalmatin. Os eslovenos, assim, passaram a ser a 12ª nação no mundo, com uma Bíblia completa em sua língua.
A atividade missionária da ordem jesuíta levou a um grande número de traduções no século XVII para as línguas do Novo Mundo.
THE KING JAMES VERSION
A versão do Rei Tiago (The King James Version) foi feita no ano de 1611, por influência dos puritanos (grupo de protestantes ingleses radicais) e patrocinada pelo Rei Tiago, que subiu ao trono da Inglaterra em 1603. Esta versão é baseada na tradução de William Tyndale, esta feita a partir dos originais hebraicos e gregos. Foi proposta por um homem chamado John Reynolds, da universidade de Oxford, que deseja ver uma tradução da Bíblia bem feita para o inglês.
A reforma protestante, com sua pregação de que o povo deveria ter acesso às Escrituras, criou uma demanda por bíblias muito grande. Homens como Lutero, Calvino, John Huss, Savonarola, Knox e outros acenderam uma chama nos corações do povo europeu que a corrupção do clero havia apagado. Desde o século XII grupos protestantes como os petrobrussianos, os valdenses e os albigenses vinham se opondo à atitude da igreja de omitir as Escrituras do povo e pregar doutrinas que eram (e ainda são) baseadas na tradição.
A Versão do Rei Tiago (assim chamada por nós) foi feita por um grupo de 47 pessoas, as quais foram divididas em 6 grupos, sendo 3 responsáveis pela tradução do Velho Testamento, dois pelo Novo Testamento e um pelos livros apócrifos. O trabalho foi terminado depois de 4 anos e dedicado ao Rei Tiago. Com o passar dos anos, esta versão se tornou a mais popular tradução de língua inglesa. Alguns séculos depois a King Version sofreu revisões, o que no começo não foi aceito, mas acabou sendo feito devido à necessidade de atualização pelo desenvolvimento e mudança do idioma e da descoberta de manuscritos mais antigos. A publicação da revisão se deu na metade do século XX.
VERSÃO DE ANTÔNIO PEREIRA DE FIGUEIREDO
Antônio Pereira de Figueiredo foi um padre nascido em Portugal, no ano de 1725. Neste momento, a igreja católica queria mais uma tradução de Bíblia para o seu povo, sentimento bem diferente ao da Idade Média. Antes de sua tradução, D. Diniz, rei de Portugal (127-1325 d.C.) traduziu os 20 primeiros capítulos de Gênesis para o Português, utilizando a Vulgata como base. D. João I (1385-1433 d.C.), mandou traduziu os evangelhos, atos e as epístolas paulinas, utilizando também a Vulgata.
O padre Figueiredo não tinha conhecimento das línguas originais da Bíblia, o hebraico, o aramaico e o grego. Por isso, não poderia fazer uma tradução baseada nas línguas originais. Este fato levou-lhe a basear sua tradução de Bíblia para o português na Vulgata Latina (tradução feita por Jerônimo no século IV). O trabalho de tradução e revisão levou cerca de 18 anos. O Novo Testamento foi publicado no ano de 1778 e o Antigo Testamento nos anos de 1783 e 1790.
Alguns eruditos apresentam falhas na tradução de Figueiredo que são comuns em traduções de tradução. Se em uma tradução já ocorrem vários erros, imaginem em uma tradução de outra tradução ! Além disso, a versão de Figueiredo é tida como tendenciosa em certas partes. Em I Pe 5:5, que na versão de Almeida diz “Sede sujeitos aos mais velhos”, Figueiredo traduziu por “apoiando honra aos padres”. Ele também traduz a expressão “sacerdotes”, em Jo 11:57, por pontífice. Embora para alguns isto tenha a intenção de facilitar a leitura, para quem tem um certo conhecimento da Teologia isto soa como algo tendencioso. Jamais pode-se traduzir o termo grego “presbyteros” por padres, como ele o fez. Anula a idéia dos textos originais e traz engano ao leitor.
VERSÃO DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA
João Ferreira de Almeida nasceu na cidade de Torres de Tavares, em Portugal, em cerca do ano 1628. Se converteu do Catolicismo ao Protestantismo aos 14 anos de idade, quando saiu de Portugal e foi viver na Malásia.
Aos 16 anos, em 1644, iniciou o processo de tradução da Bíblia para a língua portuguesa. Porém, não se baseou em manuscritos gregos e hebraicos, mas sim em uma versão espanhola e traduções latina, francesa e italiana. Nesta época Almeida não conhecia o grego e o hebraico. Esta tradução não foi da Bíblia inteira, mas dos evangelhos e das epístolas do Novo Testamento. Este trabalho levou aproximadamente 1 ano. Almeida também trabalhou na tradução de outros livros para a língua portuguesa e se opôs a algumas idéias do romanismo.
Tendo terminado o Novo Testamento, foram feitas revisões e correções, o que levou cerca de 10 anos. A tradução do Novo Testamento foi concluída em 1676, continuação daquilo que fez em sua juventude. O Novo Testamento foi revisado por ele após ter aprendido o grego, tendo como base o Textus Receptus, produzido por Erasmo no século XVI. A partir de 1681 começou a trabalhar na tradução do Antigo Testamento. Almeida faleceu entre 8 e 10 de outubro de 1691, tendo traduzido o Antigo Testamento até Ezequiel 48:21.
Para enriquecer o nosso texto, a Sociedade Bíblica do Brasil, em seu site, diz sobre esta tradução : “Os princípios que regem a tradução de Almeida são os da equivalência formal, que procura seguir a ordem das palavras que pertencem à mesma categoria gramatical do original. A linguagem utilizada é clássica e erudita. Em outras palavras, Almeida procurou reproduzir no texto traduzido os aspectos formais do texto bíblico em suas línguas originais – hebraico, aramaico e grego – tanto no que se refere ao vocabulário quanto à estrutura e aos demais aspectos gramaticais”.
OUTRAS TRADUÇÕES EM PORTUGUÊS
O povo brasileiro tem sido privilegiado na quantidade e na qualidade das traduções da Bíblia. Não só na variedade da linguagem, como também nas Bíblias de estudo, concordâncias, dicionários, mapas, comentários, etc. Uma pena que, com tamanho privilégio, as pessoas não aproveitam.
O site da Sociedade Bíblica do Brasil, nos fornece um interessante quadro, comparando três versículos de três traduções desta instituição, a ARC (Almeida Revista e Corrigida), a ARA (Almeida Revista e Atualizada) e a NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje).
A ARC é uma versão antiga, feita numa linguagem rebuscada. Lá o leitor pode verificar que são utilizadas palavras como “undécimo” e “duodécimo”, ao invés de “décimo primeiro” e “décimo segundo”. Derradeiro é empregado em lugar de último. É comum as pessoas não entenderem o que lêem nesta versão, pois muitas palavras utilizadas na ARC não são usadas no dia-a-dia. Temos que levar em conta que a versão original de Almeida utilizava uma linguagem difícil. Entretanto, esta tradução, a ARC, é de grande importância para o público evangélico brasileiro.
A ARA mudou alguns termos, mas é bastante semelhante à ARC. A palavra “caridade”, por exemplo, é substituída por “amor”. A NTLH, porém, é bem diferente das duas versões e utiliza uma linguagem bem mais popular, o que, naturalmente, facilita a leitura da Bíblia para o grande público, que não está acostumado a ler textos difíceis.
A NVI (Nova Versão Internacional) também tem sido uma tradução amplamente divulgada no Brasil. Sua linguagem acessível tem contribuído para que os brasileiros que lêem as Escrituras a procurem. Vejamos um versículo: “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas…” (Mt 7:15). O leitor atento observa que, diferentemente das outras versões, que utilizam a palavra “vós”, a NVI usa “vocês”. Mais um: “…para não dizer que você me deve a própria vida” (Fm 19). Na ARA, o texto fica assim: “Eu, Paulo, de meu próprio punho o escrevo, eu o pagarei, para não te dizer que ainda a ti mesmo a mim te deves”. Com certeza o versículo fica muito mais claro na NVI. A NVI costuma utilizar notas de rodapé quando insere no texto bíblicos versículos que costumam não estar nos manuscritos mais antigos ou até mesmo dizendo que há divergências de expressões nos textos gregos, quando é o caso. Além disso, as medidas e pesos estão convertidos na nossa forma de uso. Isso a fez substituir côvados por metros ou centímetros e talentos por quilos.
Temos também a Bíblia Ecumênica, uma boa tradução católica. Utiliza uma linguagem mais fácil, mas não muito informal. O versículo de Filemon 19 fica assim nesta versão: “Eu não preciso recordar-te que tu também tens comigo uma dívida, que és tu mesmo”. Na NVI o pronome de tratamento empregado é “você”, enquanto na Bíblia Ecumênica permanece o “tu”. De qualquer forma, o versículo fica mais fácil de entender nestas duas versões do que na ARC ou na ARA. Um versículo polêmico fica assim na B.E.: “Saudai Andrônico e Júnias, meus parentes e meus companheiros de cativeiro. Eles são apóstolos eminentes e pertenceram a Cristo mesmo antes de mim” (Rm 16:7). Vejamos como fica na ARA: “Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e meus companheiros de prisão, os quais são bem conceituados entre os apóstolos, e que estavam em Cristo antes de mim”. Qual a diferença? Na Bíblia Ecumênica, claramente Andrônico e Júnias são chamados de apóstolos. Tal tradução, se estiver correta, revolucionaria a idéia sobre o ministério feminino de liderança, já que Júnias, uma mulher, é tratada como apóstola. A ARA, porém, dá uma idéia totalmente diferente, como se ela fosse bem conceituada entre os apóstolos, não fazendo parte deles.
O seguinte versículo é omitido na Bíblia Ecumênica: “Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; então o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse” (Jo 5:4). Na realidade, tal versículo não se encontra nos manuscritos mais antigos e, provavelmente, a atitude de omiti-lo é correta, talvez representando o texto original.
Esforços de tradução na modernidade
A Bíblia continua a ser o livro mais traduzido no mundo. Os números seguintes são aproximados. Em 2005, pelo menos um livro da Bíblia foi traduzido em 2400 dos 6900 idiomas listados pela SIL, incluindo 680 línguas na África, seguida a 590 na Ásia, 420 na Oceania, 420 na América Latina e das Caraíbas, 210 na Europa, e 75 na América do Norte. A Sociedade da Bíblia Unida atualmente assiste na tradução da Bíblia em mais de 600 projetos. A Bíblia está disponível em todo ou em parte, a cerca de 98 por cento da população do mundo em uma linguagem em que eles são fluentes.
A Sociedade Bíblica Unida anunciou em 31 de dezembro de 2007 A Bíblia, com material deuterocanônica estava disponível em 123 idiomas. O Tanaque e o Novo Testamento estavam disponíveis em 438 línguas. O Novo Testamento estava disponível em 1168 línguas, e porções da Bíblia estavam disponíveis em 848 línguas, para um total de 2454 línguas.
Em 1999, os tradutores da Bíblia Wycliffe anunciaram a "Visão 2025". Este projeto pretende ver a tradução da Bíblia começar em 2025 em todas as línguas restantes da comunidade que precisa dele. Eles estimam que atualmente 2251 idiomas, representando 193 milhões de pessoas, precisam de uma tradução da Bíblia.
Abordagens modernas
Uma variedade de lingüística, filológica e ideológica de abordagens da tradução têm sido utilizadas, incluindo:
- Tradução de equivalência dinâmica
- Equivalência formal (semelhante à tradução literal)
- Idiomática, ou por paráfrase, como usado por Kenneth Taylor
Uma grande parte do debate ocorre sobre qual a abordagem com maior precisão comunica a mensagem da bíblica desejada nos textos originais nas línguas desejadas. Apesar destes debates, no entanto, muitos que estudam a Bíblia intelectualmente ou de forma devocional acham que utilizar mais de uma tradução é útil na interpretação e aplicação do que eles leem. Por exemplo, uma tradução literal pode ser muito útil para cada palavra ou estudo de tópico, ao mesmo tempo que uma paráfrase pode ser empregada para achar o significado original de uma passagem.
Além da linguística, há
também questões teológicas que permeiam as traduções bíblicas.
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