OITO DECISÕES PARA A IGREJA NO CONTEXTO URBANO:
1. Decidir fazer uma séria pesquisa sócio-demográfica do contexto onde a igreja encontra-se inserida.
2. Decidir desenvolver um ministério centrado na comunidade, no ministério do leigo e nos dons do Espírito.
3. Decidir saturar a comunidade local com o Evangelho de Cristo.
4. Decisão de mover para fora das quatro paredes da igreja local. (abandonar a mentalidade de gueto)
5. Decisão de proclamar o evangelho pela voz e pela vida, testemunhando em palavras e em obras, na missão integral da Igreja.
6. Decisão de mover para frente, mas somente em unidade.
7. Decisão de jamais barganhar o evangelho da Graça, em nenhuma circunstância.
8. Decisão de executar seriamente a tarefa da grande comissão do Senhor: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...” (Mt 28:19).
PRINCÍPIOS RELEVANTES PARA FAZER MISSÕES E EVANGELISMO EM UM CONTEXTO URBANO
1. O reconhecimento de que o não cumprimento à Grande Comissão constitui-se num ato de desobediência a Deus (Mt 28:18-20);
2. A premente necessidade de contemplar que os campos estão “brancos para a ceifa” (Jo 4:35);
3. Ênfase em um ministério eclesiástico que priorize a tarefa de fazer novos discípulos (At 1:8);
4.
Multiplicação de líderes leigos que possam comunicar Cristo aos não salvos (At
8:1-4).
5. O Princípio da evangelização através do testemunho e do evangelismo pessoal : O índice de arrefecimento da fé entre os novos convertidos alcançados por evangelização em massa tende a ser 75%. Os esforços evangelísticos como grandes cruzadas, sem as raízes fincadas na igreja local, tende a ser movimentos com forte ênfase em decisões mais do que em discipulado.
6. O Princípio da Obediência: Um comum denominador na plantação de igrejas, é o inarredável compromisso de sermos a comunidade do compromisso com a Palavra.
7. O Princípio da pluralidade de lideranças locais: Nenhum homem é a expressão da mente de Deus... A pluralidade de líderes na Igreja local salvaguarda o ministro de toda e qualquer tendência de brincar de Deus sobre a comunidade.
8. O princípio de evitar Publicidade Sensacional: É importante que a igreja novamente imite o Senhor por aproximar do mundo evitando toda a publicidade sensacional.
9. O Princípio da Mobilidade: Nós precisamos enfrentar a verdade que Igrejas falham quando elas tornam-se prisioneiras de suas próprias estruturas e perdem sua mobilidade, confinando suas atividades dentro das paredes do santuário, sem visão evangelística e sem uma influência benfazeja dentro da sociedade.
10. O Princípio de evitar quaisquer tipos de Sincretismos na tarefa de plantação de novas igrejas: Entre os inimigos da igreja incluem-se: a crença que cada um já é um cristão mesmo sem ter nascido de novo, e o relativismo moral e religioso.
OS ELEMENTOS DA MISSÃO URBANA – MT. 9:35; 10:1 11.1.
O Contexto da Missão Urbana: Lc 4:43; 8:1; 14:21,23 11.2.
O Conteúdo da Missão urbana
Jesus percorria as cidades e povoados fazendo três coisas:
- Pregando (Kerigma ): Salvação
- Ensinando ( Didaskalia ): Educação
- Curando ( Diakonia ): Serviço
A Compaixão para a Missão Urbana (9:36)
Segundo esta passagem existem três característica do homem urbano:
- São pessoas aflitas: sentimento de angústia
- São pessoas exaustas: cansadas
- São pessoas desorientadas: sem rumo e direção
O Compromisso para a Missão Urbana – Mt 9:37,38
O Comissionamento para a Missão Urbana – Mt 9:37 – 10:1
PASTOREANDO A CIDADE
Roger Greenway sugere seis características que devemos ter no ministério urbano:
1. Aqueles que desejam servir na cidade devem aprender a amar a cidade.
2. Os trabalhadores cristãos devem conhecer a cidade
3. Os trabalhadores cristãos devem aprender a apreciar o corpo de Cristo existente na cidade.
4. Um trabalho bem sucedido implica em se condoer pela cidade.
5. Bons trabalhadores urbanos possuem uma paixão por evangelização profunda e genuína.
6. O trabalhador deve construir uma credibilidade genuína para ser eficaz no ministério urbano.
MOBILIZAÇÃO MISSIONARIA –
INTRODUÇÃO
A definição do que é a missão da igreja cristã é sem dúvida um dos pontos mais cruciais da teologia. Afinal, o que Deus requer que seu povo faça, exerça e realize no mundo a qual ela foi enviada? O que devemos entender por missão cristã? Quais são a natureza e os objetivos da missão da igreja? Perguntas como essas podem receber uma variedade de respostas a partir dos diversos pressupostos e compromissos teológicos. Diante disso, este estudo visa trazer uma breve reflexão sobre a missão da igreja cristã e sua relação com a responsabilidade social, demostrando, à luz das Sagradas Escrituras, que a missão cristã envolve várias dimensões.
A MISSÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
A Bíblia é um instrumento do plano de Deus no mundo e na história. É preciso que o povo de Deus sempre volte às Escrituras para reexaminar as bases da sua identidade e vocação, a fim de melhor realizá-las dentro do seu contexto específico e atual. Podemos verificar de forma mais detalhada e progressiva a ação de Deus, em tópicos que nos ajudarão também como ferramenta de informação à igreja.
UNIVERSALIDADE DO PLANO E DA MENSAGEM DE DEUS.
Desde os primeiros relatos bíblicos, podemos notar um ponto singular na ação de Deus, sua visão e atuação em sentido universal. Nesse aspecto destacamos: A Criação Deus criou o mundo e tudo o que nele há (Gn 1). Assim como dEle é tudo o que no mundo há (Sl 24.1).
Na criação, percebe-se que Ele propiciou o cenário para a ação de Seu plano missionário redentor: o mundo. A Formação do Homem Nesse espaço, além de formar o homem e a mulher de forma distinta, Deus também transferiu a eles um legado de Sua própria atuação, quando os comissionou a exercer o controle sobre as outras criaturas, além de ordenar-lhes que se multiplicassem e enchessem a terra, mostrando novamente o aspecto de pluralidade. Posteriormente, o homem passou a ser o alvo de Sua ação redentora.
Após a criação do mundo e a formação do homem, outro fato aconteceu, no qual podemos notar também o fator da universalidade da visão e ação de Deus.
Esse fato foi: A Queda Humana Ocasionou o distanciamento do plano e propósitos divinos. Temos nesse evento, o que se intitula o Proto 1 Evangelho: Gn 3:14 a 19 abrangendo três aspectos :
- Pecado: Separação de Deus por parte do homem;
- Consequências: Para a natureza, para o homem e para a serpente;
- Promessa da Redenção: Um da linhagem da mulher para esse resgate.
Após a queda, houve a constância do homem em distanciar-se dos planos e propósitos Divinos, o que o levou a estágios de piora, nos quais se Deus não interferisse, com certeza, culminariam no caos total.
A seguir, veremos em alguns eventos da História, a mão de Deus direcionando e preservando o homem, dando seguimento à Sua promessa.
Pactos
Em seguida houve um período na história em que Deus, mais uma vez, possibilitou uma nova caminhada ao homem, estabelecendo com ele alguns pactos, havendo, dessa forma, parceria entre Deus e o homem, no tocante a escolha de Deus em possibilitar ao homem essa participação na Sua missão.
Deus em Sua justiça e santidade conduziu e manteve Seu plano de redenção e preservação humana. Ao homem compete a obediência e a fidelidade aos Seus preceitos.
- Pacto com Noé – Gn. 6:9, 14; 7:1; 9:8, 15
- Pacto com Abraão – Gn 12 Isaque: Gn 26
- Pacto com Jacó – Gn 28.13-14
- Pacto com Moisés – Ex 3.6-21; Ex 24 O próximo tópico confirma a ação de Deus em Seu plano redentor.
A NACIONALIDADE E RELIGIOSIDADE DE ISRAEL
Verificamos outro fato novo. A ação de Deus foi de forma mais ampla, agora não só através da vocação de indivíduos, mas também, na formação de um povo, que seria Seu representante e a manifestação visível de Sua presença diante das nações.
Consequentemente esse povo seria proclamador da justiça e regeneração divina.
PERÍODOS: PATRIARCAL, MOSAICO, REIS E PROFÉTICOS.
Na formação de uma nação proclamadora às nações, revelando novamente o aspecto universal da missão de Deus, podemos notar um desenvolvimento caracterizado por períodos:
Patriarcal
Quando Deus chamou Abraão, o possibilitou a formar uma família, da qual constituiria Sua nação eleita. Assim, o vocacionou para ser abençoado e abençoar as nações, ou seja, as famílias da terra. (Gn 12.3).
- Tipologia do sacrifício de Jesus em Isaque - Gn 22;
- Fé de Abrão, não no previsível, mas no impossível – Gn 15.4; 18.10, 13 e 4; 1
- A preservação e condução de Deus até Jacó no Egito – Gn 28 a 50 e Ex 12.37;
- Extensão da missão aos descendentes - Gn 22.17 – 18.
- Decadência Espiritual – Gn. 6: 3-9.
Nesse período, Deus está sempre em relacionamento com o homem, bem como, agindo para o cumprimento de Seu propósito e de Suas promessas. Através desse relacionamento, também, fortaleceu a fé do agente vocacionado – Abraão.
Mosaico
Mais uma vez, vemos a vocação divina a um indivíduo para o cumprimento de Seu propósito e resgate da nação que estava se formando:
- Israel, promovendo outras ações em favor deles, como bênção:
- Provisão de um libertador, enviado em Seu nome; Ex 3.10
- Favorecimento da nação de Israel com experiências e livramentos especiais, característicos do relacionamento de Deus para com esse povo – Ex: 3.6-21.
O fator de escolha para eleger essa nação, implícito na missão:
O amor – Dt 7 – 9.
A eleição de um povo, o estabelecimento de uma comunicação com ele, o fortalecimento de seu caráter e a promoção de formação em nação sob Seus preceitos e propósitos, revelam o caráter de intimidade de Deus para com o homem. Também, no relacionamento mantido durante a peregrinação no deserto, perpetuando Sua ação, tanto na vida do povo, quanto através dele para proclamação de Sua Glória.
Reis
O período constituído pelos reinados na nação de Israel mostra-nos claramente a inclinação da maioria dos reis e do povo em não andar sob a prerrogativa divina e peculiaridade que Deus lhes proporcionara, enquanto povo escolhido Seu. Neste período a nação israelita insistia em equiparar-se a outros povos, demonstrando a incapacidade humana de viver na total dependência de Deus, e cumprir Seus desígnios em ser luz e justiça para as nações. Neste ponto, então, vemos que:
A vocação não era tão compreendida pelo povo de Israel, pelo menos em ser peculiar e no cumprimento do propósito divino;
O direcionamento de Deus constante ao povo, na maioria das vezes focando a inclinação de não serem tementes a Ele e infiéis aos Seus propósitos, apesar de ser a nação eleita;
A corrupção e favorecimento da desmoralização do povo entre si e diante de outros povos. Apesar disso, notamos a existência da devoção no povo e o temor na proclamação em forma de cultos, referindo-se a glorificação de Deus pelos povos e em toda a terra. Podemos verificar isso nos Salmos. Mesmo nesse cenário, percebemos a fidelidade de Deus na permanência de Seu relacionamento não desamparando o homem em seus próprios desejos e inclinações. Proféticos Ressaltamos nessa fase da história, a figura do profeta, “enviado de Deus” aos “enviados de Deus às nações” tanto para mostrar-lhes o quanto se distanciavam de Seu propósito, quanto para manifestar Seu juízo, também, para com os outros povos.
Mesmo assim, Deus continua estabelecendo Seu relacionamento e anunciando Seu propósito de redenção, agora, também, para com Israel, apesar de ser Seu escolhido como instrumento de proclamação. As mensagens desses períodos são variadas e diferenciadas em suas características:
- Jonas e Amós: A proclamação da mensagem para outros povos, pois são iguais diante de Deus e serão julgados da mesma forma - Jim 4.11; AM 9. 7,11,12
- Miquéias, Isaias, Sofonias: Confrontação da situação de Israel em relação à sua vocação missionária: Ser luz entre as nações - Mq 1.2; Is 49.6, 26; Is 55.4,5; Sf 3.20
- Jeremias e Habacuque: São profetas às nações mostrando-lhes o conhecimento de Deus e que o justo viverá pela fé, sendo a terra coberta do conhecimento de Deus – Jr 1: 5, 31:10; Hb 2:4
- Daniel,
Ezequiel, Obadias: Durante o exílio do povo de Israel, Deus manifesta que Seu
reino seria implantado na terra. Para testemunho de todos os povos, para
remissão e restauração de Israel. Deus fará Sua voz ouvida entre todas as
nações Dn 2.44; Ez 36.22,23; Ob 1.15
- Ageu, Zacarias, Malaquias, Joel: Deus demonstra seu plano redentor para toda a humanidade, com a promessa de derramamento do Espírito e a manifestação do poder e da presença constante de Deus vivificando a fé sobre toda a carne, humanidade, nações, povos, etnias - Ag 2. 5-7; Zc 8. 22, 23; Ml 1.1; Jl. 2. 27, 28.
Após esse período no decorrer da história consta um período de silêncio das manifestações proféticas, chamado de período Inter bíblico, porém, Deus ainda continuou operando para a concretização da vinda do Messias, O enviado de Deus, sendo o próprio Deus para o cumprimento de Sua missão, pois na plenitude dos tempos Jesus, O Messias, O Redentor veio a este mundo. Este novo período de revelação da parte de Deus está registrado no Novo Testamento, onde podemos verificar a continuidade da realização da missão de Deus.
A MISSÃO NO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento registra a sequência da ação missionária de Deus com o envio de Jesus ao mundo, para cumprir no tempo e espaço mais uma parte do Seu plano redentor.
Como vimos no Antigo Testamento, Deus vocaciona homens como associados seus em Sua Missão (Missio Dei). Porém Ele não fica desassociado dela em nenhum momento. Ele é quem realiza e capacita homens para o cumprimento da missão, e é parte integrante da Missão em Seu ser, que por amor promoveu este plano redentor e enviou a Jesus - O enviado em excelência = O próprio Deus. Assim podemos ver alguns pontos importantes da ação missionária.
JESUS E A MISSÃO
O aspecto universal continua presente e identificado no ministério de Jesus. Isso está registrado desde o relato de sua genealogia (Mt 1), o que nos faz perceber esta constância no plano de Deus relatados desde a história da criação, portanto, não se limitando apenas a Israel, mas também às nações.
No evangelho de Mateus, Jesus é mostrado como o Messias (enviado), porém é em Lucas que o vemos como Missionário de Deus. Lucas apresenta o ministério de Jesus em termos geográficos, sociais e culturais. Mostra também, questões da tradição que foram rompidas por Jesus e que se fazem necessárias à Missão.
Barreiras Geográficas
Jesus iniciou Seu ministério em Cafarnaum e prosseguiu, pregando, ensinando e curando com autoridade em vários lugares, sem medir esforços para isso:
- Seguiu de cidade em cidade e povoados - Lc 4. 42-44; 5.12; 7.1; 8.1 e 26
- Ensinou aos discípulos, ordenando-lhes que fossem a toda parte – Mc 16.15; Mt 28.19
Ele mesmo deu o exemplo, cruzando fronteiras, anunciando e conclamando a todos a assumirem a nova vida nEle.
Barreiras Sociais
Assim, como Jesus rompeu barreiras geográficas indo a toda parte, e vilarejos, e provavelmente a lugares não tão privilegiados de sua época, também rompeu barreiras sociais, não desprezando ninguém. Vejamos alguns exemplos:
- Manteve contato e se relacionou com pessoas não privilegiadas e excluídas de sua época.
- Ministrou à classe religiosa e pessoas de destaque da época, não agiu em privilégio de grupo algum em detrimento de outro.
- Não se importou com os estigmas sociais e hipócritas que impedem muitos de agirem e alcançarem seus semelhantes.
- Atendeu a todos com o mesmo valor e como alvo do amor de Deus, pois foi para esses que veio.
Pessoas contatadas por Jesus e suas diferenças sociais.
- Despatriados e aflitos; Pecadores; Enfermos;
- Pobres; Ricos; Humildes; Líderes Religiosos; Posição social inferior / superior.
- Lc 5.27-32; 7.36, 41-43; 11.5-8 - Lc 11.37; 12. 13-21; 14.1 e 18;
- Lc 15.8-10; Lc 16.1-13; - Lc 16.19-31; Lc 18.1-8; Lc 19.1-10
Barreiras Culturais
Há outro tipo de barreira a romper, que o mestre Jesus também rompeu em seu ministério – a questão cultural e, consequentemente, os preconceitos com aqueles que não são da mesma nação, linhagem, cultura, enfim, o preconceito em ver e tratar os outros como superiores e/ou inferiores. Jesus não apenas lidou com eles, mas também os citou em seu discurso para confrontar aqueles que não conseguiam perceber ou se desvencilhar desses preconceitos:
- Os samaritanos (Lc 17.11-19), - O centurião romano (Lc 7.9).
- Gentios, leprosos, pecadores (Lc 10.29-37)
Barreiras Ideológicas E Religiosas.
Jesus além de cumprir Sua missão, reconhecê-la e anunciá-la, também denunciava a falta de visão e confrontava a religiosidade da época, exercitada apenas por tradições e normativas impostas no decorrer dos anos e por gerações.
- Lc 4.18,19 - Lc 4.43,44
Com certeza, ainda hoje muitas pessoas ficam presas nessa forma de religiosidade, crendo que estão certas. Ele rompeu a ideologia e religiosidade da tradição, enfatizando a prática da fé em Deus movida pela intenção do coração em relação a Deus e ao próximo. Podemos constatar que Jesus veio confirmar a ação de Deus no Antigo Testamento dando continuidade a Sua presença, Sua ação e também a comissão na Missão no Novo Testamento.
OS DISCÍPULOS
Além de continuar Sua missão, Jesus a declarava, praticava, discipulava e comissionava seus seguidores a fazerem o mesmo. De certa forma, Ele repete o processo do Antigo Testamento: Com Sua manifestação pessoal, com a vocação de alguns indivíduos - os Seus discípulos.
Depois formou um grupo decorrente dos testemunhos destes – a Igreja, para proclamação. Nota-se que é contínua tanto a Sua presença, quanto Sua ação.
- Chamado: Mt 4.18; 9:9; 10.1-4; Mc 1.16-20; Lc 5.1-11; Jo 1.39-42
- Ensino: Mt 4.23 a Mt 28.17; Mc 1.21 a 16.13; Lc 4.16 a 24:43; Jô 1.43 a 21.14
- Treinamento: Mt 4.23 a Mt 28.17; Mc 1.21 a 16.13; Lc 4.16 a 24.43; Jô 1.43 a 21.14
- Envio: Mt 10.5-15; 28.19-20; Mc 16.15-18; Lc 24.44-49
Os discípulos tiveram um treinamento de excelência, direto da fonte pessoal de Deus - Jesus. Eles ouviram, viram, e agiram com Jesus. É certo que muitas coisas não foram a princípio tão compreensíveis aos seus entendimentos e corações, mas no devido tempo, Jesus lhes esclareceu, e eles assumiram que eram perpetuadores da missão de Jesus e de Sua proclamação.
É também notório que Deus trabalhou em cada um deles, especificamente, em suas potencialidades e personalidades, assim como faz conosco hoje - Suas testemunhas.
ATOS DO ESPÍRITO SANTO
Com a morte de Jesus, os discípulos ainda perplexos e atônitos com os acontecimentos, apresentaram uma mistura de sentimentos: medo, insegurança, desconfiança, frustração, tristeza, ficaram reunidos.
A ação de Deus é maravilhosa em socorrê-los neste momento, o que destaca mais um sinal da presença de Deus com Seus filhos no exercício da missão, juntamente com Sua própria ação na missão.
Ele os confortou, orientou e acentuou a comissão dada anteriormente.
Nessa etapa da Missão, a presença da Trindade com Seus vocacionados é manifestada em outra pessoa da trindade – o Espírito Santo, enviado pelo Pai e pelo Filho. Sua presença contínua na missão.
Os discípulos, então, saem e iniciam a nova etapa de seus ministérios e proclamação - a Igreja da época, pela ação do Espírito Santo, resplandecendo e anunciando a todos os povos a mensagem de Jesus, o evangelho das boas novas, cumprindo assim o propósito universal da missão de Deus.
- Jo 14.16; 16.7-14; Lc 24.49; At 1.3-8 Assim, podemos notar no Livro de Atos que:
- A Igreja começou com 11 discípulos – At 1.13
- Depois seu crescimento alcançou 3.000 e em seguida mais 5.000 novos convertidos – At 2.41 e 4.4
- Pedro e os outros discípulos testemunham com ousadia, mesmo com possibilidade de perseguição – At 3.11 e 4.21.
- Os cristãos convertidos tinham um estilo de vida novo e atraente, contrário ao comportamento costumeiro (religiosidade) e doavam de si e de seus bens (Barnabé) – At. 4.32 e 5.16
- É iniciada perseguição e registram-se mártires do evangelho (dispersão dos crentes) – At. 5.17 e 7.60
- O evangelho alcança os gentios – At 8.1
- O evangelho se espalha por toda Judéia e Samaria (preconceito), estabelecendo igrejas – At 11.29
- Surge o primeiro envio de missionários: Antioquia – At 13.4
- Os apóstolos reconhecem o ministério junto aos gentios - At 13.3
- O Espírito direciona o local de envio – At 13.2; 18.21
O Espírito Santo promove, capacita e concede o poder para realização do trabalho missionário, é que vemos também no próximo tópico.
ESTRATÉGIA DE PAULO
Um dos Apóstolos mais destacados do Novo Testamento é o Apóstolo Paulo, o que não desmerece a ação dos outros, mesmo porque a ação deles estava condicionada à presença de Deus, através do Espírito Santo. Não é escolha de cada um, mas de Deus. Porém, cada um na área e local que Deus lhes comissionava e capacitava, como também o faz hoje.
Ao apóstolo Paulo, deu-se o mesmo procedimento. Deus trabalhou em sua vida, seu potencial e características para uma vocação específica: Apóstolo aos gentios.
Características
Do Ministério De Paulo:
- Um evangelista e formador de Igrejas.
- As Igrejas eram formadas e entregues a lideranças locais.
- Fazia parceria com companheiros que ele enviava a fortalecer e pastorear o rebanho.
- Retornava de tempo em tempo confirmando a fé, e outras vezes por cartas.
- Prestava contas à Igreja de Antioquia e aos Presbíteros.
- At 13.4; 15.36; 18.24
ESTRATÉGIA MISSIONÁRIA DA IGREJA NO NOVO TESTAMENTO
Movida pelo Espírito Santo, a Igreja do Novo Testamento enviou seus primeiros missionários, isso após jejum, oração e confirmação dos dons daqueles homens. Homens que já atuavam na igreja local e estavam entre os mais preparados. (At 13.1-3).
Características Do Envio Da Igreja:
- Não procuraram retê-los entre seus líderes, mas os abençoaram a sair.
- Eram conclamados a investir e apoiar o trabalho missionário com orações, súplicas e donativos (parceria).
- Eram
testemunhas onde estavam e os missionários animavam-se com as notícias e frutos
deles.
- Tinham problemas e dificuldades e eram instruídos na palavra (Cartas Apostólicas).
- Fp. 4.10-19; Ef 6.18-20
A igreja tinha a visão de cumprir a missão com urgência, pois esperava enfaticamente à volta de Jesus, assim podemos focar o próximo tópico.
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