quinta-feira, 13 de agosto de 2020

PNEUMATOLOGIA - DIVINDADE, SÍMBOLOS E NOMES DO ESPÍRITO SANTO / A OBRA DO ESPÍRITO SANTO


As Escrituras ensinam enfaticamente a Divindade do Espírito Santo. Não obstante, têm existido aqueles que negaram essa verdade. Ário, um Presbítero de Alexandria, do quarto séc. de nossa era, introduziu o ensino, sustentando que Deus é Uma Eterna Pessoa, que Ele criou Cristo, O qual por Sua vez criou o Espírito Santo, negando assim Sua Divindade. Esse ensino obteve grande aceitação nas igrejas, mas foi corrigido pelo credo NICENO, de 325 d.C. Daí que se usa em teologia a definição: Ariano, para descrever todos aqueles que negam a divindade de Cristo e do Espírito Santo.

Depois sendo formulado no credo de Constantinopla em 381. Em 589, o Sínodo de Toledo acrescentou a famosa cláusula Latina "FILIOQUE", que afirmava que o Espírito Santo procedia do Pai e do Filho. Jo 15:26 / Gl 4:6 / Rm 8:9 / Jo 16:7

a) SIGNIFICADO – Por Divindade do Espírito Santo se entende que Ele é Um com Deus, fazendo parte da Divindade, Co-igual, Co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Filho. Mt 28:19 / Jr 31:31–34 com Hb 10:15–17

b) SUA PROVA – As Escrituras ainda deixa mais clara a verdade da Divindade do Espírito Santo do que a Sua Personalidade. São abundantes as provas Bíblicas.

1) NOMES DIVINOS.

CHAMADO DEUS – At 5:3–4

CHAMADO SENHOR – 2ª Co 3:18

2) ATRIBUTOS DIVINOS

- ETERNIDADE – Hb 9:14

- ONIPRESENÇA – Sl 139:7–10

- ONIPOTÊNCIA – Lc 1:35

- ONISCIÊNCIA – 1ª Co 2:10–1

- VERDADE – 1ª Jo 5:6

- SANTIDADE – Jo 17:17

- VIDA – Rm 8:2

- SABEDORIA – Is 40:13

3) OBRAS DIVINAS.

CRIAÇÃO – Jó 33:4 / Sl 104:30

TRANSMISSÃO DE VIDA – Rm 8:11 / Jo 6:63 / Gn 2:7 / Jo 3:5–8 / Tt 3:5 / Tg 1:18

O Espírito Santo é o autor, tanto da vida física como da vida espiritual.

AUTORIDADE DA PROFECIA DIVINA – 2ª Pe 1:21 / 2º Lc 10:19

4) APLICAÇÃO DO A.T., (JEOVÁ / ESPÍRITO SANTO)

Is 60:8–10 compare com At 28:25–27 e Êx 16 :7 com Hb 3:7–0. Os profetas eram os mensageiros de Deus, eles profetizavam as palavras do Senhor, transmitiam Seus mandamentos, pronunciavam Suas ameaças e anunciavam Suas promessas, visto que falavam conforme eram movidos pelo Espírito Santo. Serviam de instrumentos usados por Deus porque eram também instrumentos usados pelo Espírito Santo. Por conseguinte, o Espírito há de ser Deus.

5) ASSOCIAÇÃO COM DEUS PAI E FILHO

- Comissão Apostólica – Mt 28:19

- Na Administração da Igreja – 1ª Co 12:4–6

- Na Benção Apostólica – 2ª Co 13:13

Declaração Doutrinária - De muitos modos inequívocos, Deus, em Sua Palavra, proclama distintamente que o Espírito Santo não é apenas uma pessoa, mas é uma Pessoa Divina.

OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO

1 – NOMES QUE DESCREVEM SUA PRÓPRIA PESSOA

a. ESPÍRITO – 1ª Co 2:10

O termo grego "PNEUMA", aplicado ao Espírito Santo, tanto envolve o pensamento de "fôlego" como o de "vento".

1. – Como fôlego – Jo 20:22 / Gn 2:7 / Sl 104:30 / Jó 33:4 / Ez 37:1–10

2. – Como vento – Jo 3:6 – 8 / At 2:1–4

O Espírito é como se fosse, em termos de comparação e não como realidade o hálito de Deus – a vida de Deus que dEle sai para vivificar.

VEJA OS SÍMBOLOS APLICADOS AO ESPÍRITO SANTO.

- Ele é comparado com ÁGUA – Jo 7:38 – 39 / Jo 4:14 – Referência. Que Ele vivifica

- Ele é comparado com ÓLEO – Lc 4:18 / At 10:38 / 2ª Co 1:21 / 1ª Jo 2:20 – Referência. Que Ele ilumina e prepara para o serviço de Deus.

- Ele é comparado com uma POMBA – Mt 3:16 / Mc 1:10 /

- Lc 3:22/ Jo 1:32 –Referência. A sua pureza.

- Ele é comparado com um SELO – 2ª Co 1:22 / Ef 1:13 e 4:30 – Referência. A sua garantia de nossa redenção.

- Ele é comparado com VESTIMENTA – Lc 24:49 – Cobrir de santidade.

- Ele é comparado a um PENHOR – 2ª Co 1:22 e 5:5 / Ef 1:14 – Ele nunca falha.

- Ele é comparado com FOGO – At 2:3 – Ele aquece nossos corações .

- Ele é comparado com um SERVO – Gn 24 – Está sempre pronto a nos servir.

ESPÍRITO SANTO – Lc 11:13 / Rm 1:4

O caráter moral essencial do Espírito é salientado nesse nome. Ele é SANTO (maior atributo de DEUS), em pessoa e caráter, e também é o autor direto da Santidade do homem. O nome Espírito Santo é tomado com toda freqüência, não por ser est e mais Santo que os demais da Divindade, mas porque oficialmente sua Obra é Santificar.

ESPÍRITO ETERNO – Hb 9:14

Assim como a eternidade é atributo ou característica da natureza de Deus, semelhantemente a eternidade é atributo do Espírito Santo como uma das distinções pessoais no Ser de Deus.

NOMES QUE DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM DEUS.

O ESPÍRITO DE DEUS – Is 11:2

O ESPÍRITO DO SENHOR JEOVÁ – Is 61:1

O ESPÍRITO DO DEUS VIVO – 2ª Co 3:3

NOMES QUE DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM O FILHO DE DEUS.

O ESPÍRITO DE CRISTO – Rm 8:9 / At 2:36

O ESPÍRITO DE SEU FILHO - Gl 4:6

O ESPÍRITO DE JESUS – At 16:6, 7 / At 1:1, 2 / Mt 28:19 / Fp 1:19 / At 2:32, 33 / Is 11:2 com Hb 1:9 - Esse nome identifica o Messias Divino com o homem Jesus, e mostra a relação que o Espírito Santo sustenta com Ele, conforme aqui identificado.

NOMES QUE DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM OS HOMENS.

ESPÍRITO PURIFICADOR – Is 4:4 / Mt 3:11; 

SANTO ESPÍRITO DA PROMESSA – Ef 1:13/ At 1:4, 5 / At 2:33

ESPÍRITO DA VERDADE – Jo 15:26 / 14:17 e 16:13 / 1ª Jo 4:6 e 5:6; d. ESPÍRITO DA VIDA – Rm 8:2

ESPÍRITO DA VIDA – Rm 8:2 ; f. ESPÍRITO DA GLÓRIA – 1ª Pe 4:13, 14 / Ef 3:16–19 / Rm 8:16–17

O CONSOLADOR – Jo 14:26 / Jo 15:26 e 16:7 comparar com 1ª Jo 2:2

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

Ao considerarmos a obra do Espírito Santo, precisamos lembrar a verdade que todas as pessoas da Divindade são ativas na obra de cada Pessoa individual. Alguns nos dizem que Deus Pai operou na Criação, que Deus Filho operou na Redenção e que Deus Espírito Santo opera na Salvação. Mas isso não é verdade, pois em cada manifestação das obras de Deus, a Trindade total se mostra ativa; o Pai é o Autor, o Filho é o Executor e o Espírito é o Ativador de cada ato. Por conseguinte, o Espírito Santo é Aquele que ativa e leva a término os atos iniciados.

EM RELAÇÃO AO UNIVERSO MATERIAL

a. NO TOCANTE À CRIAÇÃO – Sl 33:6 / Jó 33:4 

b. NO TOCANTE À RESTAURAÇÃO E PRESERVAÇÃO Gn 1:2 / Sl 104:29, 30 / Is 40:7

EM RELAÇÃO AOS HOMENS NÃO REGENERADOS

a. O ESPÍRITO LUTA COM ELES – Gn 6:3 / Mt 5:13–16

b. O ESPÍRITO TESTIFICA-LHES – Jo 15:26 / At 5:30–32

c. O ESPÍRITO CONVENCE-OS – Jo 16:8–11 Do Pecado, da Justiça e do Juízo. Nessa tríplice obra, o Espírito Santo glorifica a Cristo. Ele nos mostra que é pecado não confiar em Cristo, revela-nos a Justiça de Cristo e a obra vitoriosa de Cristo em relação a Satanás. Nossa tarefa consiste tão somente em pregar a palavra da verdade, dependendo do Espírito Santo para produzir convicção. (At 2:4 e 37)                            

EM RELAÇÃO AOS CRENTES

O ESPÍRITO REGENERA – Jo 3:3–6 / Tt 3:5/ Jo 6:63 / 1ª Pe 1:23 / Ef 5:25, 26 / 1ª Co 2:4 comparar com 1ª Co 3:6. Assim como Jesus foi gerado pelo Espírito Santo, semelhantemente todo homem, para que se torne filho de Deus, precisa ser gerado pelo Espírito Santo.

ELE BATIZA NO CORPO DE CRISTO

Aqui necessitamos estudar duas exposições ou compreensão sobre o assunto. A primeira, podemos chamar de batismo corporativo que afirma que o batismo do espírito Santo acontece no ato da regeneração e não como uma experiência posterior: se expressa mais ou menos assim: – Jo 1:32–34 / 1ª Co 12:12– 13 / At 1:5. O batismo do Espírito Santo é aquele ato que tem lugar por ocasião da conversão (Jo 3:5-7 / Rm 8:9), mediante o qual a pessoa se torna membro do Corpo de Cristo (2ª Co 5:17 / Ef 1:13-14). Essa obra tem sido realizada na vida de cada crente, embora nem sempre seja reconhecida. O batismo do Espírito Santo não é algo a ser conquistado pelo crente após a regeneração; antes, já foi obtido por ocasião da regeneração (1ª Co 3:16). O batismo do Espírito Santo teve início no dia de Pentecostes (At 2:1-3), mas se estende através dos séculos e prosseguirá até que o último membro tenha sido acrescentado à igreja. (Ef 4:4).

A outra postura teológica é aquela que afirma que o batismo do Espírito Santo acontece como uma experiência posterior na vida do crente, e que tem como sinal o falar em línguas.

a. ELE HABITA NO CRENTE – 1ª Co 6:15-19 / 3:16 / Rm 8:9

b. ELE SELA – Ef 1:13, 14 / 4:30

c. ELE PROPORCIONA SEGURANÇA – Rm 8:14, 16 / 1ª Co 1:22

d. ELE FORTALECE – Ef 3:16

e. ELE ENCHE O CRENTE – Ef 5:18-20 / At 4:8, 31 / 2:4 / 6:3 / 7:54-55 / 9:17, 20 / 13:9-10, 52 / Lc 1:15, 41, 67-68 / 4:1 / Jo 7:38-39.

f. ELE LIBERTA / GUIA / ORIENTA EM SEGURANÇA – At 8:27-29

g. ELE EQUIPA PARA O TRABALHO (Ilumina/Instrui/Capacita) – 1ª Co 2:12–14 / Sl 36:9 / Jo 16:13-14 / 1ª Co 12:11 / 1ª Tm 1:5

h. ELE PRODUZ O FRUTO DA GRAÇA CRISTà– Gl 5:22-23 / Rm 14:17 / 15:13 / 5:5 / Gl 2:20.

i. ELE POSSIBILITA TODAS AS FORMAS DE COMUNHÃO COM DEUS (Oração/Adoração e louvor/Agradecimentos) –Jd 20/ Ef 6:8 / Rm 8:26-27 / Fp 3:3 / At 2:11 / Ef 5:18-20.

j. ELE VIVIFICA O CORPO DO CRENTE – Rm 8:11, 13.

EM RELAÇÃO A JESUS CRISTO

CONCEBIDO PELO ESPÍRITO SANTO – Lc 1:35 / Mt 1:20. O Espírito Santo produziu o corpo humano do Filho de Deus mediante um ato criador. O Filho de Deus chamou esse corpo de preparado (Hb 10:5). Era impossível que Aquele que é absolutamente santo, se revestisse de um corpo que tivesse vindo ao mundo por geração natural. Se este tivesse sido o caso, teria Ele possuído um corpo maculado com a mancha do pecado.

UNGIDO COM O ESPÍRITO SANTO – At 10:38 / Is 61:1 / Lc 4:14, 18 / Is 11:2 / Mt 12:17-18.

GUIADO PELO ESPÍRITO SANTO – Mt 4:4

CHEIO DO ESPÍRITO SANTO – Lc 4:1 / Jo 3:34.

REALIZOU SEU MINISTÉRIO NO PODER DO ESPÍRITO SANTO – Lc 4:18-19 / Is 61:1 / Lc 4:14

OFERECEU-SE EM SACRIFÍCIO PELO ESPÍRITO SANTO – Hb 9:14

RESSUSCITOU PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO – Rm 8:11 / Rm 1:4

DEU MANDAMENTOS AOS SEUS, PELO ESPÍRITO SANTO – At 1:1, 2

DOADOR DO ESPÍRITO SANTO – At 2:33. Jesus Cristo viveu toda a sua vida terrena dependendo inteiramente do Espírito Santo e a Ele sujeito.

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO EM RELAÇÃO ÀS ESCRITURAS

a. SEU AUTOR – 2ª Pe 1:20-21 / 2ª Tm 3:16 / 2ª Pe 3:15-16/ Jo 16:13. As escrituras referem-se ao Espírito Santo como o Agente Divino da comunicação da verdade de Deus aos homens.

b. SEU INTÉRPRETE – Ef 1:17 / 1ª Co 2:9-14 / Jo 16:14-16. A importância do homem para interpretar a verdade já revelada é tão característica como sua incapacidade de comunicar a revelação sem o concurso do Espírito Santo. As Escrituras foram dadas pelo Espírito Santo, e sua verdadeira interpretação só é possível por meio de Sua iluminação.

Deus, através de seu Espírito, venha a iluminar teu coração, com o propósito de que possas desfrutar de toda a Suficiência DEle em sua vida, que recebeste desde o momento de sua regeneração.

O Dom De Línguas – Postura Teológica 1

Como podemos perceber estamos enumerando as diversas posturas teológicas em relação aos dons espirituais – O que significa que há mais de uma postura, e como faculdade estamos obrigados a dar a conhecer de forma sistemática, sem entrar em discussão sobre o assunto as várias e diversificadas doutrinas.

1- O que era ou em que consistia este dom. O dom de línguas consistia em falar uma língua a qual era completamente desconhecida para aquele que falava. Havia conteúdo e um significado real nas palavras proferidas, e não meras palavras e frases sem nexo. No dia de Pentecostes, "cada um os ouvia falar na sua própria língua" [literalmente‘dialeto’] (At 2:6) Além disto, enquanto Pedro explicava este milagre para a multidão, ele iguala o dom de línguas ao dom de profecias ao citar a profecia de Joel: "E também do meu espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão" (v.18).

Novamente, 1ª Co 14:5 iguala o dom de profecia ao de línguas se houver intérprete, pois "o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação".

1ª Co 12:30 refuta a ideia popular de que todo convertido falava em línguas. Mesmo em Corinto, Paulo pergunta; "falam todos diversas línguas? Interpretam todos?".

A idéia moderna de que há outro tipo de dom de línguas, ou a língua dos anjos, é simplesmente estranha as Escrituras e deve ser rejeitada. O dom que alguns dizem possuir, não é o verdadeiro dom de línguas, porém uma imitação aprendida de cor, para simplesmente parecer tão espiritual como quem fala.

2- Seu Propósito. Um dos propósitos deste dom era mostrar ao Judeu que Deus estava julgando a sua nação. "De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis (judeus) –" (1ª Co 14:22). Pois, Paulo fala da infidelidade dos judeus. Desde o tempo de Abraão, Deus tem falado para eles em Hebraico; mas agora, após a vinda de Cristo, Deus estava falando com eles em outras línguas, para mostrar ao Judeu que o privilégio que eles tinham como nação chegara ao fim, pois os gentios também seriam participantes da aliança da graça. O fim da nação judaica ocorreu no ano 70 D.C, quando Jerusalém foi destruída.

Um outro propósito para o dom de línguas, quando acompanhado do dom de interpretação, era o de edificar os convertidos no ajuntamento local. A interpretação de línguas, assim como o dom de profecia, eles serviram de forma direta para que a igreja recebesse "parcelas" da verdade. "Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos" (1ª Co 13:9). Deus concedeu estes dons quando a igreja estava no estágio de menino, e precisava se alimentar com alimento adequado. Assim também hoje, quando uma Igreja está no estágio de “menino”, ou seja, lhe falta amadurecimento, se torna necessária a intervenção divina para guia-los “a toda verdade”.

O fato de encontrarmos em 1ª Co 14, um guia para o uso dos dons na igreja, significa que eles permaneceriam para sempre. Além disso, essa orientação nem mesmo é seguida por aqueles que dizem possuir este dom hoje. Há necessidade de outra pessoa ser um interprete, e não mais que três em cada culto, e também não deveriam fazê-lo de forma simultânea, mas um após o outro.

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