O Ministério e a Família
O cuidado do obreiro em suas relações familiares, bem como a importância das famílias para o crescimento da igreja.
FAMÍLIA: CASA DIVIDIDA X CASA UNIDA
Mt 12:25 - "Jesus porém, conhecendo seus pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá." Também em Lc 11:17
Uma família é constituída por pessoas diferentes, de distintas família, história, cultura, educação... tantos diferentes entre si; mas se unem e tornam-se uma só carne Gn 2:24. As diferenças geram conflitos, isto é natural, mas também completam um ao outro, construindo uma nova geração.
O textos em I Tm 3.12 e Tt 1.6 nos advertem da necessidade de termos nossa família estruturada na sã doutrina, vivendo na prática diária do lar a autenticidade destes ensinos. Ainda em Romanos Paulo nos alerta sobre o perigo de pregar sem praticar, de apontar e julgar sem consertar-se e arrepender-se igualmente.
Antes de assumirmos o grande privilégio de sermos ministros do Senhor, devemos reconhecer a responsabilidade de viver antes de pregar, lembrando que o exemplo é a mais poderosa ferramenta de ensino que temos.
Não há espaço melhor para exercitarmos nosso cristianismo do que na família. Já em I Pe 3.7 o apóstolo nos diz que se não vivermos a vida comum do lar com entendimento nossas orações são interrompidas. A forma como tratamos o cônjuge, os filhos, familiares, como lidamos com os conflitos domésticos e administramos nossa rotina interessa muito para Deus, e interfere diretamente em nosso relacionamento com Ele. As situações mais variadas do dia a dia nos dão a oportunidade de exercitar os frutos do Espírito com aquelas pessoas que nos conhecem na intimidade, como realmente somos.
A divisão no lar (visão dividida), vem contra o propósito de Deus estabelecido para a família (união). Uma só carne! Em toda Escritura o próprio Senhor Jesus faz menções a respeito de que o Seu desejo é que estejamos em união, assim como a Trindade Jo 17:11-24
Várias são as situações onde a divisão no lar torna-se empecilho para a comunhão com Deus, com nossa família e irmãos, interferindo diretamente e de maneira negativa no ministério que o Senhor nos concedeu. Finanças, educação dos filhos, provisão financeira no lar, amizades, entre muitos outros. O Espírito Santo pode ministrar a você as áreas específicas que devem ser mais trabalhadas em seu caso, mas existem duas que gostaria de mencionar em mais profundidade.
FALTA DE COMUNHÃO COM DEUS NO CASAMENTO
O ministério será exercido com muito mais prazer e eficácia quando compartilhado pelo casal, e quando a comunhão destes com Deus estiver sadia.
O primeiro e maior exemplo de derrota em um ministério dado a família vemos em Adão e Eva. Tinham tudo para dar certo. Feitos um para o outro por Deus. Receberam as ordens diretamente do próprio Deus, com o qual tinham a liberdade de falar diariamente. Tinham tudo...
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Comunhão íntima e diária com Ele
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Perfeitos, criados pelo próprio Deus um para o outro
- Moravam em um jardim plantado pelo próprio Deus
- Todas as necessidades (físicas, materiais, espirituais, emocionais, etc) supridas
- Se amavam (esta sim, disse Adão), íntimos, sem máscaras
- Tinham atividades para realizar, ocupações (lavrar e guardar)
- Não havia dor, doença ou morte, etc O MELHOR LUGAR DE DEUS!
Qual item você julgaria que faltava pra você ter o casamento perfeito, ministério próspero? Casa, saúde, provisão?
Ilusão... a ideia de que o gramado do outro é sempre mais verde Satanás tenta nos impelir para fazer-nos dividir a visão, como fez com Adão e Eva no jardim!
Eles tiveram uma tragédia em um casamento que julgaríamos infalível. Criado para ser eterno. Estavam insatisfeitos? Desprezaram o primeiro item... Comunhão com Deus.
PORQUÊ A ÁRVORE?
- LIMITES - relacionamentos e pessoas precisam de limites. Relacionamentos sem limites não são saudáveis!...e quando são violados...dividem A VISÃO.
Quando passamos a ouvir outros (A SERPENTE?) para nos dar a direção, além de Deus, perdemos a comunhão com Ele e estamos nos dirigindo ao pecado. Perdemos a visão, dividimos a visão. A PERDA DESTE ITEM INUTILIZA TODOS OS OUTROS ACESSÓRIOS.
DISSE JESUS: SEM MIM, NADA PODEIS FAZER Jo 15.5!
Como ministros do Senhor devemos reconhecer que não estamos imunes às setas de Satanás para dividir nosso lar, e a brecha sempre terá início na quebra da primeira aliança a comunhão com Deus. Daí para frente ele encontra respaldo para atacar nossos filhos, as finanças, a sexualidade, as emoções, etc.
VAMOS VIVER O QUE PREGAMOS! PREGAR COM NOSSA VIDA! E ISTO COMEÇA NA FAMÍLIA...UNIDA EM DEUS E COM DEUS.
FALTA DE PERDÃO NO CASAMENTO
Mt 6.14,15. "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas"
Não é possível imaginar um ministério eficaz e genuíno onde não houver a prática do perdão. O perdão reúne, restaura, edifica. A falta dele destrói, separa e mata. Cônjuges feridos, filhos marcados, famílias divididas precisam ser restauradas para poderem ministrar sobre as outras. Não estaremos imunes aos problemas, conflitos e tragédias em nosso lar, mas a sabedoria de Deus deve ser nossa bússola na condução destes.
Antes de subir ao púlpito, diariamente devemos examinar nosso comportamento e sempre que preciso, devemos pedir ou liberar perdão para que sejamos canais livres para o Espírito Santo de Deus.
Rm 11:12:18 "No que depender de nós, busquemos a pacificação"!
Sempre! Na verdade muitas ofensas e provas que passamos na família e no ministério nos trazem grandes ensinamentos, e aos poucos somos forjados obreiros de valor - Rm 5:1-5
O que ocorre na família, é que pela liberdade que temos uns com os outros, e pela ausência das máscaras de comportamento que muitas vezes vestimos ao sair de casa, ofendemos mais e descontamos mais em quem merecia nada menos que o melhor de nós!
Se precisássemos listar as pessoas mais importantes da nossa vida além de Deus, certamente estariam ali o cônjuge, os filhos, parentes próximos. E justamente para eles sobram normalmente as palavras mais duras, o mau humor, a pouca dedicação. O perdão sincero e comprometido com o arrependimento nos permite superar mesmo as situações mais delicadas.
Que saibamos valorizá-los enquanto estamos com eles. Ec 9.10 nos alerta. Tudo que pudermos fazer, façamos hoje. Na sepultura não há mais oportunidade para o perdão.
CORAÇÕES SARADOS, SEM IRA NEM RAÍZES DE AMARGURA, SÃO TERRA FÉRTIL PARA A OPERAÇÃO DE DEUS.
CORAÇÕES PERDOADOS E PERDOADORES SÃO INSTRUMENTOS HÁBEIS PARA MINISTRAR A GRAÇA SALVADORA DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!
TEOLOGIA MINISTERIAL - INTEGRIDADE
MINISTERIAL
significa a qualidade de alguém ou algo a ser íntegro, de conduta reta, pessoa de honra, ética, educada, brioso.
São exemplos de integridade moral e corporal : a vida íntegra, a integridade física, dos bens sociais e individuais, integridade da honra e da fama, a integridade da intimidade pessoal, do nome, da imagem e dos sentimentos.
É indiscutível a admissão da existência de determinados bens da personalidade e sua integridade, portanto, esta coaduna com o respeito, e este com a moral, e, quem tem moral, é íntegro. É sinônimo de honestidade, retidão, imparcialidade.
QUANDO O CARÁTER FALA MAIS ALTO!
1 INTRODUÇÃO
A maior carência e crise da espiritualidade atual, não é de milagres, recursos financeiros, ou de preparo, e sim de ministros que tenham a marca indelével da integridade em seu caráter!
A integridade aponta para: retidão, honradez, pureza, inocência, castidade, moralidade e virtuosidade. Devemos atentar que a integridade do obreiro é medida pelo comportamento que ele demonstra em circunstâncias adversas, sem perder o equilíbrio emocional.
Os princípios básicos da integridade e honestidade dependem de um compromisso com Deus e Sua Palavra.
2 INTEGRIDADE
- No Antigo Testamento
“E Daniel assentou no seu coração não se contaminar...” (Dn 1.5-8).
Se observarmos com cuidado este posicionamento de fé em Daniel, veremos que o servo de Deus tinha uma identidade a preservar, e a sua história glorificou a Deus.
A integridade é provida de uma convicção cujo fundamento é a fé; sem ela não há realização que perdure.
- No Novo Testamento
* Parábola do Mordomo Infiel (Lc 16).
3 CARACTERES DA INTEGRIDADE
- HONESTIDADE
- LEALDADE
- TRANSPARÊNCIA
- SUBMISSÃO À AUTORIDADE
- FRANQUEZA
- DECISÃO E NÃO EMOÇÃO
* Resiliência.
* Resolução.
A integridade do obreiro vai gerando lealdade a Deus e aos seus superiores. Com a lealdade vem a estabilidade, que inclui a disposição de aceitar responsabilidade, tomar iniciativa e perseverar numa tarefa até que ela seja completada.
4 ÁREAS DE EXPRESSÃO PRÁTICA DA INTEGRIDADE
- ESPIRITUALIDADE:
Nas disciplinas espirituais.
INTEGRIDADE PESSOAL
De suprema importância é a integridade pessoal. Talvez nenhum outro texto das Escrituras tenha resumido de forma tão sucinta e ainda bem compreensiva como a integridade pessoal deva ser mantida do que At 24.16.
Paulo disse a Felix:
“Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens”.
Este texto revela que no coração da integridade está a determinação de viver de maneira confortável na presença de Deus com uma consciência pura.
Manter uma consciência livre de ofensas nas câmaras secretas de nossos pensamentos, nas águas sombrias de nossas motivações, em nossas imaginações e fantasias.
Isso significa poder sair de frente de nossos computadores ou TVs com uma consciência saudável e sem condenação. Se a consciência for violada correrá rapidamente à fonte aberta para o pecado e a impureza. Devemos resolver com o salmista:
“[...] em minha casa viverei de coração íntegro. Repudiarei todo o mal [...]” Salmos 101.2-3
Este homem conhece a ideia de se arrancar um olho e a impiedosa amputação de uma mão ofensora. Qualquer coisa que manche a sua consciência e perturbe o seu andar confortável com Deus deve ser retirado de sua vida rapidamente.
- SEXUAL:
Matrimonial, familiar.
INTEGRIDADE DOMÉSTICA
O apóstolo afirma que sem uma boa dose de integridade doméstica, nenhum homem deve ser feito bispo na casa de Deus (I Tm 3.4-5). Um obreiro deve ter uma conduta de forma a ter o controle da consciência dos membros de sua família através da integridade consistente de sua vida. Nossa esposa e filhos deveriam ser capazes de dizer a si mesmos e aos outros: “meu esposo, meu pai é íntegro”.
- FINANCEIRA:
Profissional e nas finanças.
- EMOCIONAL:
No domínio próprio e da personalidade.
- SOCIAL:
Glorificando a Deus em meu meio social.
5 INTEGRIDADE MINISTERIAL
“A vida de um obreiro é a vida de seu ministério”. Este provérbio é tão verdadeiro hoje quanto sempre foi. De fato, integridade ministerial é um elemento indispensável para que se sustente qualquer credibilidade entre um povo com discernimento com o qual tenhamos intimidade pastoral. Tal intimidade nos deixa vulnerável para sermos conhecidos por quem e o que nós realmente somos em relação à verdade salvadora na qual trafegamos. Em um relacionamento de obreiro e a obra de Deus, pela descrição bíblica, no qual intimidade mútua é essencial (Jo 10.14), integridade consistente e compreensiva é um imperativo para qualquer um que deseja ter um ministério que seja atrativo e de credibilidade.
Existe a integridade ministerial. Ela se relaciona com as duas maiores áreas: o chamado e a responsabilidade ministerial, especialmente para aqueles “cujo trabalho é a pregação e o ensino” (I Tm 5.17). Se quisermos manter integridade em nossas pregações precisaremos pagar o preço conectado com qualquer esforço sincero de cumprir a determinação de 2 Tm 2.15: “procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade”.
EXEMPLOS DE CARÁTER ÍNTEGRO
- Neemias
- Daniel
- Jó 7
A CONFIANÇA DE DEUS EM NOSSA INTEGRIDADE
“Julga-me, Senhor, segundo a minha retidão, e segundo a integridade que há em mim” (Sl 7.8).
Até que ponto Deus pode confiar em nossa integridade? Como tem sido o nosso testemunho em relação à corrupção reinante no mundo atual? Que conclusão os nossos irmãos da igreja ou nossos amigos incrédulos tiram das nossas atitudes?
A maior fonte de poder espiritual que podemos demonstrar a todos que nos conhecem é uma vida de íntimo relacionamento com Deus. Seu ensino nos diz :
“Sede santos, porque Eu sou santo” (I Pe 1.16).
E como podemos ser santos como o Senhor?
Buscando experimentar uma vida de comunhão com Sua Palavra e de oração diante de Seu altar.
Seremos então perfeitos?
Claro que não, mas estaremos dizendo ao Senhor que confiamos nele para
moldar o nosso caráter e nos fazer viver de uma maneira íntegra que glorifique
sempre o Seu santo nome.
Todos nós devemos buscar e viver uma vida de integridade a cada dia.
A palavra “integridade” vem de “íntegro”, que quer dizer “inteiro”.
Não podemos servir a dois senhores (Mt 6:24a).
Nosso coração precisa ser íntegro, inteiro para Deus.
Integridade não é o que você aparenta manter quando todos te observam. É quem você é quando ninguém está olhando. É um nível de moralidade excelente, sem importar-se com o que está acontecendo ao seu redor. É um alto padrão de honestidade, veracidade, decência e honra que jamais é quebrado. É fazer ao outro aquilo que gostaria que lhe fizessem (Mt 7.12).
O íntegro não muda a sua palavra, mesmo que isso lhe custe. Não usa jogo de palavras, não fala com meias verdades e não deixa dúvidas no ar de maneira que ninguém nunca sabe qual é sua posição, pelo contrário, seu sim é sim, seu não é não (Mt 5.37). Seu objetivo é agradar a Deus e fazer o que é certo. Uma pessoa pode ser muito estimada pelos homens, mas abominável aos olhos de Deus (Lc 16.15).
RESULTADOS DO SER ÍNTEGRO
A integridade nos faz caminhar em segurança.
“Quem anda em integridade, anda seguro; mas o que perverte seus caminhos ficará conhecido” (Pv 10.9).
A integridade nos leva a presença de Deus.
“Quanto a mim, tu me sustentas na minha sinceridade, e me puseste diante da tua face para sempre” (Sl 41.12).
A integridade atrai bênçãos para nós e nossa descendência.
“O justo anda na sua integridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele” (Pv 20.7).
Temos caminhado em integridade? Será que podemos fazer a oração que Davi fez no Sl 7.8, pedindo que Deus que nos julgue segundo a nossa integridade?
Deus quer realizar um milagre em nossa vida a cada dia. Precisamos ter uma nova experiência com o Senhor todos os dias e orarmos pedindo a Ele que transforme o nosso coração e aperfeiçoe nosso caráter para que sejamos mais parecidos com Jesus!
Que estejamos prontos a ser bênção para a nossa igreja como para nossos amigos não cristãos. Agindo assim, estaremos glorificando o nome do Senhor e iluminando o caminho de muitos.
“Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; e escudo para os que caminham em integridade” (Pv 2.7)
“Abomináveis para o Senhor são os perversos de coração, mas os que andam em integridade são o seu prazer” (Pv 11.20).
A INTEGRIDADE E NOSSA UNIDADE
Integridade é fazer escolhas que não causam “rachaduras” nem destroem a nossa unidade como pessoas. É um compromisso interior que se manifesta em atitudes e ações. Pessoas com baixo grau de autoestima ou falta de respeito próprio não têm o senso de integridade e não pensam que suas ações possam afetar outras pessoas. A unidade que nos é dada por meio de nossa redenção (a ação do Senhor Jesus em nos livrar do pecado e nos fazer novas criaturas) nos garante um pouco de senso de integridade.
Quando o Senhor Jesus nos perdoa e nos restaura, somos feitos íntegros nele. “O justo anda na sua integridade, felizes lhes são os filhos depois dele” (Pv 20.7).
Dando nome às nossas ações
O primeiro passo em direção à integridade nos leva a reconhecermos nossas fraquezas, as áreas frágeis em nosso caráter, e que necessitam de nosso redobrado cuidado. Em sua carta à Igreja de Corinto, o apóstolo Paulo já disse que somos fortes quando reconhecemos onde somos fracos (II Cor 12.1-10). Precisamos aprender a dar o nome certo a determinadas ações: pecado, iniquidade, mal.
Muitas vezes usamos de eufemismo e aparecem outras palavras como: erro, lapso moral, má escolha. Precisamos fazer da verdade a nossa aliada a fim de alcançarmos a integridade.
A Palavra de Deus nos garante em 1 Jo 1.19 que:
“Se confessarmos os nossos pecados, Ele (Jesus) é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.
Deus quer que reconheçamos os nossos pecados, não para permanecermos com eles, mas para sermos limpos e livres de sua presença.
Os inimigos da nossa integridade
As aflições prolongadas que tentam nos desanimar.
Em Gênesis vemos José sendo vendido como escravo por seus irmãos aos 17 anos de idade, e somente nos seus 30 anos foi ele apresentado ao Faraó, tendo sua vida transformada. Foram longos 13 anos de altos e baixos (mais baixos que altos). Mas, por todo esse tempo, José manteve ante seus olhos a lente da fidelidade de Deus, o que lhe capacitou ver, além das circunstâncias, a boa mão do Senhor sobre ele.
As lembranças desagradáveis do passado
— Você e eu escolhemos o que nos transforma em reféns. Escolhemos quem vai nos manter imobilizados sob seu domínio. Quase sempre podemos decidir quem e o que nos vai abater. Não há certamente ninguém que não tenha um depósito de lembranças penosas que poderiam absolutamente derrotá-lo. Mas elas não precisam fazer isso. Você talvez precise de ajuda para transformar o ferimento em uma cicatriz inofensiva. É possível que precise de um amigo, um parceiro ou até um conselheiro profissional que o ajude no processo de livrar-se desses grilhões.
Aprenda essa maravilhosa lição : não é necessário que sejamos derrotados pelas más lembranças. Desembarace-se deste peso e olhe firmemente para Jesus.
INTEGRIDADE E LEGALISMO
Integridade é não viver no legalismo. Uma prática muito comum na vida de muitos cristãos é a de impor certas condutas, ou forçar certas atitudes, não levando em consideração o que está por dentro, no coração. No capítulo 2 da Carta aos Gálatas, Paulo fala de sua experiência quando foi a Jerusalém para expor o Evangelho que pregava para os outros apóstolos. Havia certa discussão a respeito da circuncisão a qual alguns afirmavam que os gentios convertidos precisavam fazê-la.
A circuncisão em si não era um ato incorreto ou pecaminoso, mas a forma imposta era legalista. Quando se impõe certas opiniões ou doutrinas que tiram a liberdade que se tem em Cristo, isso é legalismo. E quando se anula a graça que foi recebida de Cristo que foi a justificação. O cristão é justificado somente pela fé e não pelas obras da lei. E aqueles que vivem em Cristo, a vida já não tem mais valor e ele não tem medo de viver com sinceridade. O apóstolo Pedro viveu um momento de hipocrisia quando não quis sentar mais com os gentios quando Tiago chegou.
A hipocrisia ou falsidade faz pessoas legalistas, que olham somente para a lei, não olhando para o amor. Quando se rejeita as pessoas por elas serem quem são, é afirmado o legalismo. O remédio para o legalismo é o amor, mas não o amor fingido, mas o amor que age com a verdade. Quando Paulo encontrou Pedro o resistiu face a face, ou seja, tratou-o com a verdade. Não é necessário temer falar a verdade em Cristo, pois é através dela que se pode vencer o legalismo.
CONCLUSÃO
Ser inteiro significa ser honesto, imparcial, reto.
Integridade é ser inteiro pra Deus, ter uma vida total de entrega e saber sua identidade.
A integridade tem seu fundamento na fé, pois o cristão não tem em si próprio o alicerce para uma vida reta perante o Senhor.
Somente através do sacrifício de Cristo, o cristão pela fé tem acesso à vida de integridade.
Em Rm 5.1 lemos:
“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”.
A paz que se tem com Deus através da fé é a certeza que a integridade do cristão não é por si próprio. Viva a integridade incessantemente! Com integridade não se brinca.
Um ser humano íntegro não se vende por situações momentâneas,
prejudicando alguém por motivo fútil e incoerente. Qualquer declínio na
integridade acarreta consequências dolorosas em qualquer área da vida. Quando
mais houver integridade mais haverá sucesso. A ausência da integridade só
acarreta dor em frustração, em decepção. Em prejuízos emocionais e espirituais.
É possível manter-se íntegro diante da corrupção.
José foi incorruptível ao preferir a prisão à liberdade do pecado.
João Batista preferiu perder a cabeça, a perder sua honra e sua integridade.
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