terça-feira, 24 de março de 2020

INTRODUÇÃO A TEOLOGIA

INTRODUÇÃO A TEOLOGIA

A Teologia Sistemática é uma importante ferramenta em nos ajudar a compreender e ensinar a Bíblia de uma forma organizada.

A Bíblia é para o teólogo o que a natureza é para o homem de ciência. É sua fonte de fatos concretos.

É motivo de grande satisfação notarmos que as Escrituras contêm todos os fatos da teologia, admitindo verdades intuitivas, tanto intelectuais como morais, por causa da nossa constituição como seres racionais e morais.

DEFINIÇÃO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA

A palavra “teologia” é derivada dos termos gregos theos, que significa “Deus” e logos, que significa “palavra”, “discurso”, “tratado” ou “estudo”.

A Teologia pode então ser conceituada, do modo mais simples, como “a ciência do estudo de Deus”. O seu campo é estendido não apenas à pessoa de Deus, mas também às Suas obras, de forma que ela tem sido chamada de “o estudo de Deus e de sua relação para com o Universo”,

”Sistematizar”, por sua vez, é “reduzir diversos elementos a um sistema” ou “agrupar em um corpo de doutrina”.

Sistemático, portanto, é aquilo que segue um sistema, uma ordenação, um método.

Quando se aplica o adjetivo a essa disciplina da enciclopédia teológica não se quer dizer que outras disciplinas (como a exegese ou a teologia bíblica) não seguem qualquer sistema, mas que é a Teologia Sistemática que procura oferecer a verdade acerca de Deus e sua obra, apresentada na Bíblia, como um todo, como um sistema unificado.

Teologia Sistemática é qualquer estudo que responda à pergunta: “O que a Bíblia toda nos ensina hoje?” sobre qualquer assunto. (John Frame, Westminister Seminary, Escondido, Califórnia – EUA).

Essa definição índica que Teologia Sistemática envolve coletar e compreender todas as passagens relevantes na Bíblia sobre vários assuntos e então resumir seus ensinos claramente de modo que conheçamos aquilo que cremos sobre cada assunto.

OUTRAS DEFINIÇÕES DE TEOLOGIA

CHAFER: Teologia sistemática pode ser definida como a coleção, cientificamente arrumada, comparada, exibida e defendida de todos os fatos de toda e qualquer fonte referentes a Deus e às Suas obras. Ela é temática porque segue uma forma de tese humanamente idealizada, e apresenta e verifica a verdade como verdade (Lewis Sperry Chafer).

HODGE: A teologia sistemática tem por objetivo sistematizar os fatos da Bíblia, e averiguar os princípios ou verdades gerais que tais fatos envolvem (Charles Hodge).

THOMAS: A ciência é a expressão técnica das leis da natureza; a teologia é a expressão técnica da revelação de Deus. Faz parte da teologia examinar todos os fatos espirituais da revelação, calcular o seu valor e arranjá-los em um corpo de ensinamentos. A doutrina, assim, corresponde às generalizações da ciência (W. H. Griffith Thomas).

STRONG: A ciência de Deus e dos relacionamentos de Deus com o universo (A. H. Strong).

SHEDD: Uma ciência que se preocupa com o infinito e o finito, com Deus e o universo. O material, portanto, que abrange é mais vasto do que qualquer outra ciência. Também é a mais necessária de todas as ciências (W. G. T. Shedd).

OUTRAS ÁREAS DA TEOLOGIA

TEOLOGIA BÍBLICA: Investiga a verdade de Deus e o Seu universo no seu desenvolvimento divinamente ordenado e no seu ambiente histórico conforme nos apresentados diversos livros da Bíblia. A teologia bíblica é a exposição do conteúdo doutrinário e ético da Bíblia, conforme originalmente revelada. A teologia bíblica extrai o seu material exclusivamente da Bíblia, seu período compreende somente até o final da era apostólica.

TEOLOGIA DOGMÁTICA: É a sistematização e defesa das doutrinas expressas nos símbolos da Igreja. Assim temos "Dogmática Cristã", por H. Martensen, com uma exposição e defesa da doutrina luterana; "Teologia Dogmática", por Wm. G. T. Shedd, como uma exposição da Confissão de Westminster e de outros símbolos presbiterianos; e "Teologia Sistemática", por Louis Berkhof, como uma exposição da teologia reformada.

TEOLOGIA EXEGÉTICA: Estuda o Texto Sagrado e assuntos relacionados, através do estudo das línguas originais, da arqueologia bíblica, da hermenêutica bíblica e da teologia bíblica.

TEOLOGIA HISTÓRICA: Considera o desenvolvimento histórico da doutrina, mas também investiga as variações sectárias e heréticas da verdade. Ela abrange história bíblica, história da Igreja, história das missões, história da doutrina e história dos credos e confissões. A teologia histórica tem seu período compreendido desde a era apostólica até os dias atuais.

TEOLOGIA NATURAL: Estuda fatos que se referem a Deus e Seu universo que se encontra revelado na natureza.

TEOLOGIA PRÁTICA: Trata da aplicação da verdade aos corações dos homens trazidas pelos outros ramos da teologia, sobretudo a sistemática. Ela busca aplicar à vida prática os ensinamentos das outras teologias, para edificação, educação, e aprimoramento do serviço dos homens. Ela abrange os cursos de homilética, administração da igreja, liderança liturgia, educação cristã e missões.

OBJETIVO DA TEOLOGIA

“A coleção, o arranjológico, a comparação, a exposição e a defesa de todos os fatos de todas as fontes com respeito a Deus e Suas relações com o Universo”. (Paul Davidson, Vol. I, p. 2).

“O papel da Teologia como ciência não é criar fatos, mas descobri-los e apresentar a relação deles entre si. Os fatos com que lida a Teologia estão na Bíblia” (Paul Davidson, idem).

LIMITAÇÕES AO CONHECIMENTO TEOLÓGICO

Limitações da mente humana (Rm 11:33; II Pe 3:16);

Limitações da linguagem humana (II Co 12:4);

Restrições colocadas pelo próprio Deus (Dt 29:29; Pv 25:2; Mc 13:32; Jô 16:12; At 1:7).

Para chegarmos à organização que temos hoje, foram necessários anos de estudos e combate às heresias. Após a era apostólica (morte dos apóstolos) surgiram figuras de muita importância no cenário cristão, os apologistas, estudiosos cristãos que defendiam a fé diante das heresias que surgiam em sua época, como Justino Mártir, Tertuliano, Irineu entre outros (100 – 451 d.C.). Essa apologética contribuiu em muito para a organização das doutrinas bíblicas como as temos hoje.

A NATUREZA DA DOUTRINA

A doutrina cristã (a palavra "doutrina" significa "ensino" ou "instrução") pode definir-se assim : as verdades fundamentais da Bíblia dispostas em forma sistemática.

Este estudo chama-se comumente: "teologia", ou seja, "um tratado ou um discurso racional acerca de Deus". (Os dois termos serão usados alternadamente nesta seção.) A teologia ou a doutrina assim se descreve: a ciência que trata do nosso conhecimento de Deus e das suas relações para com o homem. Trata de tudo quanto se relaciona com Deus e com os propósitos divinos.

A Bíblia Sagrada dá grande relevância à doutrina, e afirma fornecer o material próprio para seu conteúdo.

- Ela é enfática em sua condenação contra o que é falso.

- Adverte contra as "doutrinas dos homens" (Cl 2.22);

- Contra a "doutrina dos fariseus" (Mt 16.12);

- Contra os "ensinos de demônios" (I Tm 4.1);

- Contra os que ensinam "doutrinas que são preceitos de homens" (Mc 7.7);

- Contra os que "são levados ao redor por todo vento de doutrina" (Ef 4.14).

No entanto, se por um lado a Bíblia condena o falso profeta, por outro exorta e recomenda a verdadeira doutrina.

Entre outras coisas " Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;" (II Tm 3:16).

Portanto, nas Escrituras a doutrina é reputada como "boa" (I Tm 4.6); "Sã" (I Timóteo 1.10); "Segundo a piedade" (I Tm 6.3); "De Deus" (Tt 2.10), e "De Cristo" (II Jo 9).

Para alguns cristãos, a palavra "doutrina" pode se mostrar um tanto ameaçadora. Ela evoca visões de crenças muito técnicas, difíceis e abstratas, talvez apresentadas de forma dogmática. Doutrina, entretanto, não é isso.

A doutrina cristã é apenas a declaração das crenças mais fundamentais do cristão: crenças sobre a natureza de Deus; sobre sua ação; sobre nós, que somos suas criaturas; e sobre o que Deus fez para nos trazer à comunhão com ele.

Longe de serem áridas ou abstratas, são as espécies mais importantes de verdades.

São declarações sobre as questões fundamentais da vida, ou seja, quem sou eu? Qual é o sentido último do universo? Para onde vou?

A doutrina cristã, portanto, constitui-se das respostas que o cristão dá àquelas perguntas que todos os seres humanos fazem.

A doutrina lida como verdades gerais ou atemporais sobre Deus e sobre o restante da realidade. Não é apenas um estudo de eventos históricos específicos tais como o que Deus fez, mas da própria natureza do Deus que atua na história.

Crenças doutrinárias corretas são essenciais no relacionamento entre o cristão e Deus.

Assim, por exemplo, o autor de Hebreus disse: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, portanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11.6).

Também importante para um relacionamento adequado com Deus é a crença na humanidade de Jesus; João escreveu: "Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus" (I João 4.2).

Paulo destacou a importância da crença na ressurreição de Cristo: "Se você confessar com a boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação" (Romanos 10.9,10).

DOUTRINA E DOGMA

Doutrina é a revelação da verdade como se encontra nas Escrituras; dogma é a declaração do homem acerca da verdade quando apresentada em um credo. Esperamos confiadamente que a teologia ou doutrina encontre o lugar que merece no pensamento e na educação religiosa.

TEOLOGIA E RELIGIÃO

Qual é a conexão entre a teologia e a religião ? Religião vem da palavra latina "ligare" que significa "ligar"; religião representa as atividades que "ligam" o homem a Deus numa determinada relação. A teologia é o conhecimento acerca de Deus. Assim a religião é a prática, enquanto a teologia é o conhecimento. A religião e a teologia devem coexistir na verdadeira experiência cristã; porém, na prática, às vezes, se acham distanciadas, de tal maneira que é possível ser teólogo sem ser verdadeiramente religioso, e por outro lado a pessoa pode ser verdadeiramente religiosa sem possuir um conhecimento sistemático doutrinário.

"Se conheces estas coisas, feliz serás se as observas", é a mensagem de Deus ao teólogo. "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2 Tim. 2:15), é a mensagem de Deus ao homem espiritual.

A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA

É comum em nossas igrejas, principalmente as pentecostais, existir um sentimento de negativismo em relação à teologia, certa vez ouvi um obreiro dizer o seguinte: “eu não compro uma Bíblia de estudo porque contém teologia de homens”, Bíblias de estudo à parte, esta opinião equivocada tem contribuído para que o ensino teológico seja colocado à margem, talvez por um desconhecimento da teologia e seus efeitos na vida cristã individual e da igreja.

A importância da teologia se dá em alguns aspectos :

SATISFAZ A MENTE HUMANA

Deus quando criou o homem, deu-lhe uma capacidade especial, o intelecto, a razão, ou raciocínio, é da mente humana querer entender o que está ao seu redor, o homem não concebe viver sem entender a vida, já dizia o filósofo Sócrates “uma vida sem reflexão não merece ser vivida”.

A teologia como ciência humana, vem para tentar preencher a lacuna do entendimento humano acerca de Deus, fundamentando-se no que Ele revelou em sua Palavra, a Bíblia, que é a fonte primária da teologia (Mateus 22.37).

AJUDA NA FORMAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO

A teologia injeta em nosso intelecto um conhecimento sobre Deus que influi no desenvolvimento do nosso caráter cristão, moldando a nossa mente para tornar-se parecida com a de Cristo, ter uma mente cristã é ver o mundo com a lente dos ensinamentos de Cristo. “Ter a mente cristã é compreender o mundo ao nosso redor, influenciados pela verdade de Deus, a ponto de, mesmo imperfeitamente, pensarmos os pensamentos de Deus a respeito de qualquer assunto: desde o salário digno de uma empregada doméstica que tem duas crianças para cuidar e alimentar até as implicações éticas da biogenética. Entre outras coisas, ter a mente cristã é também fazer a análise de um filme ou de uma de um conto seriado, à luz do ensino do evangelho.” (R. RAMOS, 2003, p. 20).

SERVE PARA PUREZA E DEFESA DO CRISTIANISMO

Ao longo da história da Igreja, surgiram, e ainda surgem muitas teorias, doutrinas, correntes, heresias e afins. Para que a igreja esteja preparada para combater isso e manter uma doutrina bíblica pura, sua teologia precisa estar fundamenta da Bíblia, alguns movimentos religiosos têm sua doutrina fundamentada em teorias que foram combatidas ainda pelos pais da Igreja, a doutrina da trindade é um exemplo disso.

CONTRIBUI PARA O AVANÇO DO EVANGELHO

A Igreja avança de forma sadia quando compreende o significado do evangelho, sendo capaz de dar uma explicação inteligível da verdade a outrem. Os líderes da Igreja têm a responsabilidade de cuidar do desenvolvimento do rebanho (Efésios 4.11-14).

FUNDAMENTA A PRÁTICA CRISTÃ

Para o cristão é imprescindível entender as escrituras para por em prática os seus mandamentos, a qualidade da nossa espiritualidade é proporcional à qualidade do nosso entendimento da Bíblia.

QUESTIONÁRIO:

1) O QUE É TEOLOGIA?

2) POR QUE A TEOLOGIA SISTEMÁTICA É UMA FERRAMENTA IMPORTANTE?

3) O QUE A BÍBLIA É PARA UM TEÓLOGO?

4) O QUE É SISTEMÁTICO?

5) O QUE É TEOLOGIA SISTEMÁTICA?

6) O QUE É TEOLOGIA BÍBLICA?

7) O QUE É TEOLOGIA DOGMÁTICA?

8) O QUE É TEOLOGIA EXEGÉTICA?

9) O QUE É TEOLOGIA HISTÓRICA?

10) O QUE É TEOLOGIA NATURAL?

11) O QUE É TEOLOGIA PRÁTICA ?

12) QUAL O OBJETIVO DA TEOLOGIA?

13) QUAIS AS LIMITAÇÕES AO CONHECIMENTO TEOLÓGICO?

14) COMO PODEMOS CHAMAR OS HOMENS DE DEUS QUE DEFENDIAM A FÉ CRISTÃ DIANTE DAS HERESIAS QUE SURGIAM EM SUA ÉPOCA?

15) QUE IMPORTÂNCIA TIVERAM OS APOLOGISTAS QUE SURGIRAM APÓS A MORTE DOS APÓSTOLOS?

16) O QUE SIGNIFICA A PALAVRA DOUTRINA?

17) DÊ UMA DEFINIÇÃO DE DOUTRINA

18) ONDE SE ENCONTRA O MATERIAL DE DOUTRINA CRISTÃ?

19) CITE NA BÍBLIA CINCO REPUTAÇÕES DA DOUTRINA CRISTÃ.

20) FALE COM SUAS PALAVRAS DA IMPORTÂNCIA DE DOUTRINAS CORRETAS PARA O NOSSO RELACIONAMENTO COM DEUS.

21) QUAL A DIFERENÇA ENTRE DOUTRINA E DOGMA?

22) O QUE É RELIGIÃO?

23) QUAL A RELAÇÃO ENTRE A TEOLOGIA E A RELIGIÃO?

24) QUAL A MENSAGEM DE DEUS AO HOMEM ESPIRITUAL EM II TIMÓTEO 2:15?

25) CITE CINCO ASPECTOS QUE REVELAM A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA.

26) QUAL A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA NA FORMAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO?

27) QUAL A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA NA DEFESA DO EVANGELHO?

28) COMO A TEOLOGIA PODE CONTRIBUIR PARA O CRESCIMENTO DO EVANGELHO?

29) QUAL A IMPORTÂNCIA DA TEOLOGIA PARA A QUALIDADE DE NOSSA VIDA ESPIRITUAL?

INTRODUÇÃO A TEOLOGIA II

CONCEITOS E DEFINIÇÕES

 Junção de duas palavras gregas theos (Deus) e logia (estudo). A teologia cristã é a "interpretação racional da fé cristã". Entendemos que:

Teologia é inteligível-pode ser compreendida pela mente humana. Teologia requer explicação -envolve análise dos textos bíblicos e sistematização das ideias.Teologia é baseada na Bíblia - A Bíblia é a base e a fonte da Teologia.

DIVISÃO DA TEOLOGIA

A proposta do curso não é esgotar o assunto. Para facilitar o estudo, dividiu-se em diferentes módulos, procurando aprofundar os assuntos. O termo sistemática é usada por que pressupõe um sistema, uma organização.

A maioria dos livros de Teologia Sistemática usa subtemas, usando como base os termos gregos clássicos, como:

Teologia própria - Estudo sobre Deus-Pai (também chamada de Teontologia)

Cristologia-Estudo sobre Jesus

Pnematologia - Estudo sobre o Espírito Santo

Bibliologia - Estudo sobre as Escrituras

Antropologia - Estudo sobre o Homem (Ser Humano)

Hamartiologia - Estudo sobre o Pecado

Soteoriologia - Estudo sobre a Salvação

Angeologia - Estudos sobre anjos

Demonologia - Estudos sobre Satanás e seus demônios

Eclesiologia - Estudo sobre a Igreja

Escatologia - Estudo sobre as últimas coisas

PRESSUPOSTOS

A. INTERPRETAÇÃO SIMPLES E NORMAL-

Deus se comunica de modo simples. Quando a Bíblia é lida, devemos interpretá-la desse modo e não procurar centenas de mensagens escondidas e obscuras por trás dos textos. Deus usou a linguagem humana para se comunicar com os seres humanos.

B. PRIORIDADE DO NOVO TESTAMENTO-

A revelação de Deus foi progressiva. Damos prioridade ao Novo Testamento, pois nele foi completada a revelação. No NT Jesus Cristo é apresentado como cumprimento do AT. À luz dele podemos ser muito enriquecidos com as revelações mais antigas.

C. LEGITIMIDADE DAS ESCRITURAS-

A Bíblia deve ser utilizada de maneira correta. Devemos procurar o que ela realmente quer ensinar e nunca usá-la fora de contexto ou alterando seu sentido. A experiência pessoal não deve se sobrepujar às Escrituras.

D. PRESSUPOSTOS PESSOAIS -

O estudante de Teologia deve:

CRER - Sem fé é impossível o estudante aprender as verdades de Deus e vê-las transformar sua vida (1 Co 2.10-16).

PENSAR - A fé é racional, portanto o estudante deve ter métodos de estudo, fazer uma avaliação crítica das evidências e combinar os diversos ensinos como um todo.

DEPENDER - A dependência do Espírito Santo para a compreensão da Teologia é algo fundamental e obrigatório (Jo 16.12-15). Uma revelação pessoal não pode ser base para formulação de teologia.

ADORAR - O estudo e o conhecimento cada vez mais profundo de Deus devem levar o estudante a uma posição de adoração a Deus por reconhecer cada vez mais que Deus é digno de tal adoração.

TEOLOGIA BÍBLICA

Nem todo mundo que faz teologia usa como base a Bíblia. Por isso existem tantas "teologias". Os cristãos dos segmentos católicos e ortodoxos utilizam pressupostos de uma tradição. Os dogmas são infiltrados, se equiparam e por vezes sobrepassam as Escrituras.

Pode-se dividir a teologia em diferentes tipos:

Por época (patrística, medieval, reformada, contemporânea)

Por ponto de vista (teologia calvinista, teologia arminiana, teologia católica)

Por ênfase (teologia histórica, teologia bíblica, teologia sistemática).

Nossa abordagem é dedutiva, ou seja, usa como base o que a Bíblia tem a dizer a respeito de um determinado assunto. Ele é essencialmente bíblica. Difere-se portanto das abordagens da Teologia histórica, que se concentra no que os cristãos de diferentes períodos entenderam sobre determinadas questões. Também não é a Teologia filosófica, que usa instrumentos e métodos da filosofia, usando pouco ou nada do que a Bíblia diz a respeito daquele assunto.

Para a elaboração de uma Teologia bíblica, é importante lembrar que ela foi escrita ao longo de aproximadamente 2 mil anos, por 40 autores diferentes.

Existem características próprias de cada grupo de livros. Por isso, é possível estabelecer uma teologia distinta dentro de parâmetros claros. Ou seja, no estabelecimento de uma doutrina não se pode apanhar um versículo isolado, nem ignorar-se o seu contexto histórico.

Existem também recursos de linguagem que foram preservados. Por exemplo, alegorias, símiles, metáforas etc.

Cremos que a Bíblia é a revelação da vontade de Deus. Contudo, existem muitos autores de Teologias Sistemáticas que não creem assim.

Ao longo deste curso veremos mais detalhadamente por que isso é fundamental na teologia. Por ora, deixa-se claro que a abordagem deste material é protestante, (evangélica), baseada nos fundamentos bíblicos.

ANTIGO TESTAMENTO

Formado por 39 livros escritos originalmente em hebraico, é um relato histórico da obra de Deus na terra antes do nascimento de Jesus. Divide-se em 3 partes principais: História, Poesia e Profecia.

OS LIVROS HISTÓRICOS: Começam com os 5 livros de Moisés, chamado o Pentateuco. O Pentateuco é chamado pelos judeus de Torah, que consideram a sua Lei.

OS LIVROS POÉTICOS: Os 5 livros poéticos foram escritos em formatos de orações e louvor a Deus (os Salmos), princípios de sabedoria (Provérbios e Eclesiastes), um poema de amor (Cântico dos Cânticos) e um testemunho de fé (Jó).

OS LIVROS PROFÉTICOS: Como o nome indica, revelam profecias. Isaías, Jeremias, Daniel e Ezequiel escreveram livros mais longos, por isso são chamados profetas maiores. De Oseias a Malaquias são chamados profetas menores, por que os livros são mais curtos.

NOVO TESTAMENTO

Seus 27 livros escritos foram escritos em grego num espaço de cerca de 50 anos. Pode ser dividido em 4 partes: Evangelhos, as Epístolas e Profecia.

OS EVANGELHOS: Os quatro primeiros livros do Novo Testamento são os Evangelhos, que contam a biografia (nascimento, vida, morte e ressurreição) de Jesus. Mateus, Marcos, Lucas e João tem abordagens diferentes sobre o mesmo tema.

HISTÓRICO: O livro de Atos é onde estão registrados os primórdios da igreja e a obra dos discípulos de Jesus. A maior parte fala sobre as viagens do apóstolo Paulo.

AS EPÍSTOLAS: São cartas que os apóstolos escreveram para instruir e encorajar os primeiros cristãos. A maioria delas o autor é Paulo. Nas outras, o autor se identifica, com exceção de Hebreus.

O LIVRO PROFÉTICO: Apocalipse quer dizer "revelação". É um livro profético que mostra a vitória final de Jesus.

segunda-feira, 23 de março de 2020

DIACONIA RESGATE

DIACONIA I

Introdução

Testemunha-se hoje um renovado interesse pela Diaconia Cristã e suas implicações para a igreja e a sociedade. A responsabilidade social está em voga nas diferentes áreas da sociedade, inclusive na iniciativa privada. Empresas descobrem os aspectos sociais de sua atuação junto a seus funcionários e à comunidade.

Cresce no meio cristão a consciência de que a diaconia é crucial para a fé, a vida e a missão da igreja. Muitas vezes um tema negligenciado e mal compreendido no pensamento e na prática cristã, o serviço cristão cada vez mais tem sido entendido como inseparável da essência da igreja, a continuação no mundo da vida de ADORAÇÃO da comunidade.

Por esta razão, a diaconia deve ser legitimada não somente como uma função cristã, mas como o MODO DE SER da igreja.

Muitas igrejas, no entanto, não consideram este tema como prioritário em sua agenda. Uma boa ilustração dessa atitude pode ser vista no empobrecimento do ofício do diaconato em nossas comunidades. Em muitas igrejas, os diáconos limitam-se a atividades tais como auxiliar a manutenção da ordem durante os cultos e recolher as contribuições dos fiéis sem qualquer reflexão bíblico-teológica sobre seu papel no culto.

Todavia, por ser um conceito central nas Escrituras, na Ética e na Teologia, a Diaconia Cristã deve ter alta prioridade na vida e no testemunho da igreja. Os diáconos, na igreja do primeiro século, eram oficiais responsáveis pela assistência social aos pobres além de versados na fé cristã.

Definições

A palavra diácono vem da palavra grega diákonos, (δια´Κoνoς), que é encontrada cerca de 30 vezes no Novo Testamento. Diákono significa: servo, serviçal, garçom, atendente ou servente. É uma palavra composta que também significa “fazer a poeira subir”.

A imagem é de alguém que está se movendo tão rapidamente para cumprir suas obrigações, que seus pés, quando passa, fazem a poeira levantar e rodopiar. Havia tanto para os diáconos fazerem que eles não podiam parar, nem conversar trivialidades, nem se demorar muito em suas funções.

Palavras semelhantes são diakonia (ministério ou diaconato) e diakoneo (servir ou ministrar). A mesma palavra descreve empregados e obreiros voluntários. A ênfase bíblico-teológica, no entanto, não está na posição ou cargo hierárquico da pessoa, mas em relação ao seu TRABALHO. O sentido da palavra na Bíblia inclui: servos domésticos (Jo 2:5-9), e governantes (Rm 13:4), além do uso mais comum de servos de Cristo e da Igreja. Jesus usou a palavra para descrever seus discípulos, um em relação ao outro (Mt 23:11). Paulo usou a mesma palavra freqüentemente para descrever evangelistas ou pregadores da palavra (1 Co 3:5; Ef 6:21). Estes termos, no uso geral, descrevem tanto homens como mulheres (Lc 10:40; Rm 16:1). Todos os cristãos devem servir uns aos outros (1 Pe 4:10).

A palavra: servo, “doulos” (δoυλoς), inclui o sentido de ESCRAVO. Conforme a afirmação de Paulo em Romanos 1:1, é aquele que não tem direitos, não dispõe de sua pessoa, nem bens, está obrigado a servir.

Jesus empreende nova compreensão às relações de serviço no Reino de Deus: “Já não vos chamo servos, ‘doulos’ (δoυλoς), porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, ‘fhilous’ (Φι´λoυς) porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.” (Jo 15:15)

Não é que Paulo tentasse revogar a percepção de Cristo quanto ao assunto, mas trata-se do apóstolo dramatizar e salientar ainda mais sua SUBMISSÃO a Cristo, o que deveria ser nossa disposição voluntária à soberania e ao governo de Cristo.

A palavra : diácono empresta leveza ao tema, pois se tem em mente o servir com prazer, zelosa e diligentemente; ajudar seu superior na execução de trabalhos. Nesse sentido o servo considera-se um INSTRUMENTO e dá toda a glória a seu Senhor.

Cada discípulo de Cristo foi feito para servir!

O Novo Testamento apresenta o ministério do serviço como uma marca de toda a igreja, isto é, como uma conduta normal para todos os discípulos (Mt 20: 26-28; Lc 22: 26-27). Em um sentido amplo, vemos no Novo Testamento a palavra “diakonos” e suas variantes serem, mais de 100 vezes, aplicadas. Refere-se a quem serve os convidados (João 2:5-9), servos do rei (Mt 22:13), ministro de Satanás (II Co 11:15), ministro de Deus (II Co 6:4), ministro de Cristo (II Co 11:23) e à autoridade (Rm 13:4).

No sentido restrito e específico, porém, vemos em Atos 6:1-6 a palavra “diakonos” aplicada a homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, que receberam o ofício de servir à mesa como deliberação dos apóstolos após a discórdia entre helenistas e hebreus quanto a distribuição diária de alimentos às VIÚVAS gregas na comunidade cristã.

Bem, todo crente foi salvo para servir, não para ser SERVIDO. Portanto, no sentido teológico, todo crente deve ser um serviçal, “diakonos” de Deus, de sua igreja local e de cada um dos seus irmãos individualmente.

Toda organização tem pessoas que trabalham nos bastidores. Esta é a função do diácono na igreja. Ele trabalha nos bastidores para servir e ministrar às necessidades das pessoas. A palavra diaconato descreve o serviço do grupo de diáconos e diaconisas dentro de uma igreja.

Um bom cristão é essencialmente antes de tudo um bom diácono!

Qualidades do Diáconos

"Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus." I Tm 3:8-13

Caráter: I Tm 3:8. Respeitável, de uma só palavra, não inclinado a muito vinho, não cobiçoso de sórdida GANÂNCIA.

: I Tm 3:9. Deve conservar o MISTÉRIO da fé com a consciência limpa. Não necessariamente ser apto para o ensino, mas deve entender e sustentar sua fé e a doutrina.

Relações Familiares: I Tm 3:12. As mesmas expectativas que o presbítero deve satisfazer. Deve ser esposo de uma só mulher e governar bem os filhos. Isso gera CONFIANÇA na igreja, uma vez que o diácono cuida das coisas da igreja.

Reputação: At 6:3. Conhecido como alguém cheio do Espírito Santo e de SABEDORIA.

Questão de Gênero

I Tm 3:11. As mulheres são elegíveis para esse ofício. Elas devem ter qualificações inerentes. Não devem ser maledicentes porque boa parte do seu serviço inclui VISITAÇÃO.

Por causa do grande número de mulheres convertidas (At 5:14; 17:4), as mulheres atuavam na área de visitação, discipulado e auxiliavam no batismo. Em Rm 16:1-2, lemos que Paulo elogiou Febe por ser uma ajudadora no serviço da igreja de Cencréia. Outra abordagem possível é a de que esta passagem refere-se às esposas dos diáconos.

Em Rm 12:8 e I Tm 3:4-5 encontramos outras qualidades desejadas ao diácono comuns aos demais ministros.

A Instituição do Diaconato

Examinemos At 6:1-6:

"Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra. O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos."

Alguns estudiosos da Bíblia estabelecem uma relação entre o “hazzan” da sinagoga judaica e o serviço cristão do diácono na igreja nascente. O “hazzan” abria e fechava as portas da sinagoga, mantinha-a limpa e distribuía os livros para leitura. Jesus provavelmente passou o rolo do livro de Isaías para um diácono depois que acabou de lê-lo (Lc 4:20).

Outros estudiosos do Novo Testamento dão atenção considerável à escolha dos sete (At 6:1-6); vêem aquele ato como um precursor histórico de uma estrutura mais desenvolvida (Fm 1:1; I Tm 3:8-13 – duas referências específicas ao “ofício” de diácono).

Cada apóstolo já estava sobrecarregado com várias responsabilidades. Por isso propuseram uma DIVISÃO do trabalho para assegurar assistência às viúvas gregas que, na distribuição diária que a igreja fazia de alimentos estavam sendo preteridas.

Sete homens de etnia grega, já que a queixa partia das viúvas gregas, homens de boa REPUTAÇÃO, cheios do Espírito de Deus e de sabedoria (At 6:3), se destacaram na congregação de Jerusalém, para executar essa função. Alguns lembram que o diaconato não devia ser relacionado somente a caridade, pois os diáconos escolhidos eram homens de ESTATURA espiritual.

Estevão, por exemplo, “cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6:8), foi o primeiro mártir da igreja. Epafras, gigante da oração, fiel guerreiro e trabalhador (Cl 4:12).

Filipe, apontado como um dos sete, os evangelizava a respeito do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo e os batizava (At 8:12), vinte anos depois de escolhido, ainda é mencionado como o evangelista e diácono (At 21:8).

Timóteo (I Tm 4:6), Tíquico (Cl 4:7), Paulo (I Co 3:5) e o próprio Cristo (Rm 15:8) são o exemplo de que a diaconia não se refere a uma posição hierárquica, mas a uma CONDIÇÃO aquele que almeja ser digno de levar a Mensagem do Reino de Deus.

O Novo Testamento enfatiza a compaixão pelas necessidades físicas e espirituais dos indivíduos bem como o quanto devemos nos doar para satisfazer essas necessidades. Deus nos capacita para o serviço com vários dons espirituais. Quando realizamos esse serviço, em última análise, ministramos ao próprio CRISTO (Mt 25:45).

Jesus equipara o ministério diaconal como uma função suprema daqueles que servem ao Reino de Deus. Alimentar os famintos, saciar os sedentos, acolher aos necessitados, vestir os que estão despidos, visitar os enfermos e encarcerados (Mt 25: 31-46), são as prerrogativas daqueles que ouvirão o “… vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”. (Mt 25:34)

Em I Tm 3:8-13 são dadas instruções sobre as qualificações da função de diácono, a maioria delas se relaciona ao CARÁTER e comportamento pessoais. Um diácono deve falar a verdade, ser marido de uma só mulher, não ser dado a muito vinho, e ser um pai responsável. Ou seja, são pessoas profundamente comprometidas com uma DISCIPLINA pessoal, são fiéis e frutíferas.

A diaconia bíblica não se caracteriza por PODER e proeminência, mas por serviço ao próximo, por cuidados pastorais. Não obstante, a conseqüência natural do trabalho diaconal feito com zelo e dedicação é a admiração e, sobretudo, intrepidez na fé. (I Tm 3:13)

O Diácono e sua Atuação na Igreja

Eleição dos Diáconos – É necessário um período de experiência (I Tm 3:10). A eleição formal é feita pela igreja e sancionada pelo corpo de pastores ou presbíteros (At 6:1-6). Na igreja do primeiro século sempre havia pluralidade de diáconos (At 6:1-6; Fp 1:1).

O mandato dos Diáconos – A duração do mandato não é especifica na Bíblia e pode ser regulamentada pela assembléia de membros da igreja desde que autenticado pelo Espírito Santo. O diácono é um cargo ministerial local e não vitalício, ou seja, em uma eventual mudança de congregação o diácono pode ou não ser reconhecido como tal na outra igreja ou poderá ser exonerado de sua função.

O Número de diáconos – O número de diáconos em exercício na igreja deve ser proporcional ao número de membros. Uma equivalência próxima a cinco por cento dos membros seria um número adequado, isso claro depende da atuação social da igreja junto à comunidade. O estabelecimento de um número proporcional evitaria as figuras DECORATIVAS no diaconato.

A dignidade dos Diáconos – O próprio titulo implica em grande honra. Serviço conferido a anjos (Mt 4:11), como aquele do próprio Senhor (Mt 20:28). O candidato ao diaconato deve ser provado antes da chancela de seu cargo na igreja. De forma prática ele deve ser observado antes mesmo de sua indicação. Estão entre os requisitos para exercer a função: a cordialidade, a presteza, a iniciativa, a organização, a prudência, o discernimento espiritual e a alegria necessária a todo trabalho VOLUNTÁRIO.

As Funções dos Diáconos – Cabe ao diácono, em geral, funções executivas e administrativas que cercam a vida e a realidade da igreja. Não obstante, ele não está isento de sua missão primeira que é o SACERDÓCIO universal de todo cristão.

- Auxiliar na introdução dos visitantes ao templo e na ordem do ambiente;

- Guardar a porta e perceber o fluxo externo à igreja durante os cultos para evitar a invasão por animais e pessoas mal intencionadas;

- Aproximar-se de pessoas no interior do templo em situação de vulnerabilidade, (emoção extrema, possessão, desequilíbrio);

- Auxiliar na ministração e distribuição dos elementos da ceia;

- Distribuir, a critério da junta diaconal e do Conselho Gestor, a beneficência ou os auxílios aos necessitados da igreja;

- Visitas juntamente com o pastor ou a critério deste a hospitais, prisões e velórios; - Prestar relatórios ao pastor a respeito das necessidades comunicadas pelos membros da igreja;

- Providenciar a manutenção de equipamentos ou das dependências da igreja quando necessário

A recompensa dos Diáconos

– Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na FÉ em Cristo Jesus. (I Tm 3:13)

QUALIFICAÇÕES DO DIÁCONO

Em geral, as qualificações dos diáconos para sua função incluem as exigências para as funções ministeriais dos demais ministros, além de suas especificidades. A seguir apresenta-se um quadro com estas referências.

(Em relação a Deus)

- Apegados à palavra, fiel - I Tm 3:9; Tt 1:9

- Justos e piedosos - Tt 1:8

- Aptos para ensinar - I Tm 3:2; 5:17; Tt 1:9

- Irrepreensíveis - I Tm 3:2-9; Tt 1:6

- Não sejam neófitos - I Tm 3:6

- Amigos do bem - Tt 1:8

- Experimentados I Tm 3:10

(Em relação aos outros)

- De uma só palavra - I Tm 3:8

- Respeitáveis - I Tm 3:2-8

- Hospitaleiros - I Tm 3:2; Tito 1:8

- Inimigos de contendas - I Tm 3:3

- Não violentos, porém cordial I Tm 3:3; Tt 1:7

- Tenham bom testemunho dos de fora - I Tm 3:7

- Não arrogantes Tt 1:7

- Não cobiçosos de sórdida ganância - I Tm 3:8; Tt 1:7

(Em relação a si mesmo)

- Que tenham domínio de si - Tt 1:8

- Temperantes - I Tm 3:2,8; Tt 1:7

- Não avarentos - I Tm 3:3

- Sóbrios - I Tm 3:2; Tt 1:8

- Não irascíveis - Tt 1:7

- Não dados ao vinho I Tm 3:3,8; Tt 1:7

(Em relação à família)

- Esposos de uma só mulher - I Tm 3:2,12; Tt 1:6

- Que governem bem a sua própria casa - I Tm 3:4,12; Tt 1:6

- Que tenham filhos obedientes - I Tm 3:4,5,12; Tt 1:6 

A Diaconia de Cristo

"Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai". Fp 2:5-11

Como foi dito no princípio, a diaconia deve ser legitimada não somente como uma função cristã, mas como o modo de ser da igreja. Deus foi o primeiro diácono ao se esvaziar de sua inteira completude para que houvesse a CRIAÇÃO. Jesus Cristo se esvaziou de sua glória para que houvesse SALVAÇÃO. O Espírito Santo se esvazia no derramamento e plenitude de sua ação dentro de nós para que haja SANTIFICAÇÃO.

Qual, portanto, deve ser o papel do cristão e da igreja diante do exemplo trinitário de esvaziamento e serviço?

Ninguém pode entrar inteiro em uma relação. A vida cristã é baseada em comunhão e relacionamentos. Cabe a cada um de nós crentes no Senhor Jesus a tarefa de nos esvaziar através do serviço, da cumplicidade, do amor para que haja COMUNHÃO.

A comunhão e o amor dos crentes é o que mostrará o amor de Deus à humanidade. A diaconia é o amor em ação. Um profundo compromisso com as necessidades uns dos outros mostra um alto nível de autenticidade do cristianismo vivido entre nós.

Sobretudo, a diaconia é um ato de doação e partilha, de prazer e alegria.  É um ato da Graça Divina a ser refletido na vida dos cristãos. A diaconia como doação e partilha é o ato/efeito de se esvaziar da necessidade do TER através do serviço para se alcançar o SER. O ser cheio de graça “karis” (χα′ρις), alegria, riso, gozo, satisfação, contentamento. É o transcender por meio do sentir-se útil ao Reino de Deus.

A graça deve ser a tônica de todo serviço cristão!

A diaconia de Jesus é um ato de grande nobreza, ato sublime e singelo de submissão e serviço. É o Criador que cinge os lombos com uma toalha e lava os pés de sua criação mesmo diante da iminente TRAIÇÃO. (Jo 13:4,5) É ato de humildade, identificação, é a ENCARNAÇÃO levada às últimas conseqüências.

O nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo representam a diaconia do próprio Deus que trabalha em favor da REDENÇÃO da humanidade. Que dá o exemplo de iniciativa diante do necessitado, do pobre, cego e nu. É ato de pura misericórdia e amor.

Diante dessa perspectiva o Ministério Resgate propõe um norte para a ação diaconal da igreja. CRESCER PARA SERVIR deve ser nossa meta/alvo. Crescer na graça e no conhecimento do Filho de Deus pra servir à nossa comunidade e às pessoas que necessitem de nosso serviço.

Um serviço que não se dá somente dentro da vida litúrgica ou do culto de nossa igreja, mas principalmente na história de nossas relações de forma concreta, plausível, honesta e intensa.

Conclusão:

"Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros". Fp 2:3,4

O diácono, além de um ministro espiritual, ministra também a respeito das questões materiais. Ele deve lembrar-se de que Cristo é o Dono da Igreja, mas que deu o exemplo de ser o primeiro e maior diácono de todos.

Há diferenças fundamentais entre as funções do pastor e as funções do diácono, mas as exigências para o serviço são as mesmas, assim também como a recompensa.

O diácono deve ser examinado e aprovado pela igreja e seus líderes, é respeitado pela igreja como homem honesto, um bom administrador, um bom crente.

É austero, sincero, amigo, prestativo, serve com alegria porque sabe a quem está servindo. Está preocupado com a glória de Cristo através do bom desempenho de seu serviço na igreja e na comunidade.

O diácono não pertence a uma hierarquia funcional inferior, mas à luz da teologia bíblica pertence a mais excelente classe diante de Deus: aqueles que servem. Ele não é empregado da igreja, mas a serve com zelo, temor e gratidão.

Sejamos, portanto diáconos uns dos outros!

DIACONIA II 

O MODELO DO CRISTO SERVO

A verdadeira vocação ministerial do servir a Igreja à partir do modelo de Cristo.

INTRODUÇÃO:

A VISÃO DE ISAÍAS - Is 6:1-8

1 - A visão ocorreu no ano em que morreu o Rei Uzias, (742 a.c.). Este Rei era também conhecido por Azarias, 2 Rs 14.21, "E todo o povo de Judá tomou a Azarias, que já era de dezesseis anos, e o fizeram rei em lugar de Amazias, seu pai".

2. O Reino próspero de Uzias (52 anos), produziu em Judá um espírito de segurança e de estabilidade. Talvez a experiência da morte do Rei, produziu um senso de vazio ao profeta Isaías, o que o levou ao Templo em Busca de consolo.

3. No Templo, Isaías teve uma grande visão de Deus, que culminou com sua chamada profética. Vamos percorrer as fases desta visão e aplicá-la aos nossos dias :

I - A VISÃO DA SANTIDADE DE DEUS

"Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória". Is 6:2,3

1. Estes seres (Serafins) não aparecem em nenhum outro lugar nas Escrituras. Parece que são uma classe especial de anjos, como o são os Querubins.

2. Eles declaram que Deus é Santo por três vezes. Temos aqui uma grande revelação do caráter de Deus, a sua santidade. A ideia básica de Santidade é "separação", ou seja Deus está separado e acima de sua criação.

3. Em várias outras ocasiões em sua profecia, Isaías chama Deus de "O Santo de Israel":

"Ai, nação pecadora, povo carregado de iniquidade, descendência de malfeitores, filhos corruptores; deixaram ao Senhor, blasfemaram o Santo de Israel, voltaram para trás". Is 1:4

"E dizem: Avie-se, e acabe a sua obra, para que a vejamos; e aproxime-se e venha o conselho do Santo de Israel, para que o conheçamos". Is 5:19

4. Tal aspecto do caráter de Deus, O coloca acima de sua criação, separado das coisas criadas:

"Deus falou na sua santidade; eu me regozijarei, repartirei a Siquém e medirei o vale de Sucote". Sl 60:6

"O teu caminho, ó Deus, está no santuário. Quem é Deus tão grande como o nosso Deus ?" Sl 77:13

5. Quando Isaías viu a santidade de Deus, ele pode ver que precisava também santificar-se para ser usado no ministério profético. 

II - VISÃO DA GLÓRIA DE DEUS

"E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória". Is 6:3

1. No texto são os Serafins que estão proclamando a "Glória de Deus". Veja a expressão : "Toda a terra está cheia de sua glória". Isaías podia perceber uma pequena demonstração desta glória ali dentro do Templo. O termo "Glória de Deus", vem do termo hebraico "Shekiná". Este termo descreve a "refulgente", a "magnitude" da manifestação divina.

2. A Glória de Deus, é manifestada:

a. Na Criação, "Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" Sl 19:1

b. No seu Julgamento, "E eu porei a minha glória entre os gentios e todos os gentios verão o meu juízo, que eu tiver executado, e a minha mão, que sobre elas tiver descarregado". Ez 39.21,

c. Na Redenção, "E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo : Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens". Lc 2:13,14

3. Deus manifestou sua glória a servos especiais:

a. Moisés:

"E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe. E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima. E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui. E disse: Não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa". Êx 3:1-5

b. Salomão:

"E acabando Salomão de orar, desceu o fogo do céu, e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu a casa. E os sacerdotes não podiam entrar na casa do Senhor, porque a glória do Senhor tinha enchido a casa do Senhor. E todos os filhos de Israel vendo descer o fogo, e a glória do Senhor sobre a casa, encurvaram-se com o rosto em terra sobre o pavimento, e adoraram e louvaram ao Senhor, dizendo: Porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre". II Cr 7:1-3

c. A João:

"Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmírna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia. E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo; E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas. E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece. E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último". Ap 1:10-17

4. Deus quer manifestar sua glória em nós, hoje!

III - A VISÃO DO PECADO

"Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos". Is 6:5

1. Quando alguém contempla a glória de Deus e tem uma percepção de sua santidade, acaba vendo sua miserabilidade. Seu pecado aflora. Sua vida fica nua e patente aos olhos de Deus

"E disse mais : Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá". Êx 33.20

2. Abraão, quando estava diante do Senhor, reconheceu a si mesmo, como sendo pó e cinza:

"E respondeu Abraão dizendo: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza". Gn 18:27

3. Jó descreve a sua profunda consciência de culpa quando reconheceu a santidade e majestade de Deus:

"Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza". Jó 42:5

4. Deus quer mostrar a você nesta noite a sua glória. Prepare-se, pois seu corpo mortal não poderá resistir.

IV - A VISÃO DA PURIFICAÇÃO

"Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e expiado o teu pecado". Is 6:6,7

1 - Isaías não foi expulso da presença do Senhor em função de sua natureza pecaminosa. A mesma visão que lhe intensificou o sentido do seu estado pecaminoso, lhe deu a certeza de sua iniquidade extirpada. Seu Pecado foi purificado.

2. Um daqueles Serafins tomou uma brasa viva do Altar e tocou nos seus lábios impuros, purificando-os com o fogo. O fogo é descrito na Palavra de Deus, como elemento purificador :

"Toda a coisa que pode resistir ao fogo, fareis passar pelo fogo, para que fique limpa, todavia se purificará com a água da purificação; mas tudo que não pode resistir ao fogo, fareis passar pela água". Nm 31:23

"Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele vem, diz o Senhor dos Exércitos. Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao Senhor trarão oferta em justiça". Mt 3:1-3

3. Para ser totalmente limpo, é preciso passar pelo batismo de fogo (por isso a exigência do batismo para o ministro)

"E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo". Mt 3:11

V- A VISÃO DO SERVIÇO

"Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim". Is 6:8

1. Devemos notar que o preparo para o serviço do Senhor, passa por várias fases em nossa vida cristã. Primeiro precisamos estar com o Senhor, contemplar sua glória e santidade. Depois passamos pela fase do reconhecimento de que somos pecadores e precisamos ser tratados ao nível de nossos pecados. Depois vem o serviço.

2. Deus não "empurra" ninguém para a sua obra. Ele Chama: "A quem enviarei?". Sua chamada espera uma respostas: "Eis-me aqui, envia-me a mim". Porém o Senhor exige que aqueles que se engajam em sua obra, o façam com todo desprendimento possível:

"E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no. E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes; E chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no". Mt 4:18-22

"E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na recebedoria um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu". Mt 9:

"E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores. E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai. Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus. Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa. E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus". Lc 9:57-62

CONCLUSÃO

1. Deus quer lhe usar no seu serviço. Porém Ele não lhe usará na posição em que você está. É preciso que você:

a. Tenha um encontro com Deus no seu Altar e contemple sua glória e majestade,

b. Seu pecado precisa ser exposto diante dele, para ser purificado,

c. Agora você está pronto.

2. Entregue-se a Deus e esteja disposto a trabalhar para o seu serviço.

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